Quase o dobro das demissões: de 1.700 para 3000. Se os sindicatos aceitassem, a Telecom estaria pronta para recuar na cisão dos call centers. Tudo para ser administrado com amortecedores como a solidariedade. É a proposta que a empresa, segundo informa a Radiocor, apresentou aos sindicatos durante reuniões informais e que amanhã trará à mesa reunida no Ministério do Desenvolvimento Econômico.
Em essência, a empresa, ao optar por manter os call centers dentro do perímetro corporativo, conforme exigido pelas siglas, elevaria o número de desligamentos dos 1.700 anunciados para 3.000, ou seja, acrescentaria 1.300 trabalhadores dos cerca de 10 empregados no call centros. Aliás, para a empresa, a desistência do projeto spin-off passa pela recuperação dos custos adicionais que a divisão representa para o grupo face à média do mercado. Com as taças paradas, ou seja, sem a intervenção do Governo, a solidariedade defensiva já não está disponível para a Telecom que esgotou os ciclos atualmente possíveis com o concluído em abril. Fistel Cisl, Uilcom Uil e Ugl estão prontos para enfrentar a proposta da Telecom, enquanto a CGIL é contra.