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Taxa zero para Bots e hoje é replicada com BTPs

Pela primeira vez, o Tesouro italiano coloca títulos de 25 meses com rendimentos negativos e hoje tem leilão de BTP - Os mercados olham para o Fed mas poucos acreditam no aumento da taxa - Euro salva-se contra o dólar - Grécia pede um referendo mas a Europa responde: não há tempo – Cuidado com as contas Eni e FCA e a assembleia Mediaset – colapso do Twitter (-XNUMX%).

Taxa zero para Bots e hoje é replicada com BTPs

Bolsas em substituição aguardam as decisões do Fed e o anúncio dos dados do PIB dos EUA no primeiro trimestre (esperado +1%) que antecederá a conferência de imprensa de Janet Yellen. Entretanto, o New York Times revela que o banco central já tinha decidido aumentar as taxas entre junho e outubro, mas o abrandamento da economia convenceu a Fed a adiar a operação. 

Enquanto aguardam os anúncios de Washington, a corrida das bolsas asiáticas desacelera (índice Ásia-Pacífico -0,6%). As bolsas de valores chinesas também fazem uma pausa: Xangai -0,8%, Hong Kong -0,5%. No entanto, o clima mantém-se positivo: já se espalhou a notícia de que o Banco Popular da China, para estimular a retoma da economia, se prepara para lançar um Qe ao estilo do BCE, que prevê a compra de obrigações e outros ativos empresariais. Tóquio fechou para férias, aguardando a reunião do banco central de quinta-feira: o Boj deve confirmar a política de ajuda robusta à economia. 

ALÇA DE OMBRO TWITTER (-24%). APENAS 25% ACREDITAM EM AUMENTOS

Wall Street absorveu os dados surpreendentemente negativos sobre a confiança do consumidor sem trauma óbvio: Dow Jones +0,4%, S&P +0,28%. Apenas o Nasdaq caiu 0,1%. A lista tecnológica pesa ainda a pancada do Twitter (-24%) depois das contas trimestrais que confirmaram o abrandamento do ritmo de crescimento dos utilizadores da rede social. 

Apesar dos excelentes resultados, a Apple registrou uma perda de 1,6% no final. Em vez disso, o Dow foi apoiado pela IBM +1,9%, que anunciou um forte aumento (+18%) no dividendo trimestral. Apenas um em cada quatro analistas agora espera um aumento dos juros antes do final do ano.

EUROS AO RESGATE, CÂMBIOS DA UE EM BAIXO

Ontem foi um dia de quedas nas tabelas de preços do Velho Continente. Em Milão, o índice Ftse Mib fechou a sessão com queda de 1,15%, para 23.532 pontos. As perdas em Frankfurt (-1,89%) e Paris (-1,81%) foram mais pesadas. Londres cai 1,03%. Madri mais estável (-0,28%). Além da influência da crise grega, a queda se deve à valorização do euro, que subiu para 1,10 ante o dólar. 

TAXA ZERO PARA BOTS, HOJE É REPLICADO COM BTPs

A notícia mais significativa do dia vem do mercado de dívida: o Tesouro italiano colocou 6,5 bilhões de BOTs sem juros de 6 meses. Durante o leilão, foi atingida uma mínima de -0,11%. Em novembro de 2011, pelo mesmo prazo, o ministério teve que pagar uma taxa de juros de 6,504%. Em dezembro de 2014, no último leilão antes do anúncio oficial do Qe (que ocorreu em 22 de janeiro), os BOTs de 6 meses ainda foram colocados com um rendimento próximo a 0,3%. 

O leilão de títulos de médio-longo prazo está sendo realizado hoje neste esquema: 4 bilhões do novo BTP de 5 anos, 1,5 a 2 bilhões do 10 BTP e 1,75-2,25 bilhões de Ccteu. As taxas devem se mover pouco ou subir ligeiramente: ontem no mercado cinza o BTp de 5 anos negociou em torno de 0,62%: um nível superior a um punhado de pontos-base em relação ao leilão de março (0,55%). 

Já o BTP de 1,34 anos manteve-se fixo em torno de XNUMX%: o patamar de hoje no mercado secundário é o mesmo do leilão do final do mês passado. Poucas surpresas devem vir da demanda, esperada como sempre nos últimos meses, em níveis sustentados.

TSIPRAS PEDE REFERENDO. EUROPA: SEM TEMPO

Enquanto isso, os investidores continuam monitorando a situação em Atenas. "Sem mais ajuda, a Grécia não sobreviverá, esta é a realidade", disse o presidente do Eurogrupo, Jeroem Dijsselbloem, em entrevista à televisão. O político holandês julgou favoravelmente a remodelação da equipa que vai negociar com os credores (após a nomeação do ministro Varoufakis) mas alertou para o risco do referendo que Alexis Tsipras poderia pedir pedir aprovação popular a uma mudança de rumo no que diz respeito ao programa eleitoral: não há tempo, adverte o chefe da delegação da UE. E não há dinheiro. 

No entanto, o mercado aposta em um resultado positivo. Ontem houve o quinto aumento consecutivo do Piraeus Bank (+3%). Em cinco pregões, a ação dobrou de cotação, enquanto a Bolsa de Valores de Atenas se movimenta ligeiramente acima da paridade. 

ANTECIPADO APENAS O SEGURO ADMINISTRADO, MAL

Ontem foi um dia de quedas acentuadas ontem na Piazza Affari para todos os setores. A exceção foram as poupanças administradas com bons resultados dos fundos (51,8 bilhões desde o início do ano). Em março, as entradas líquidas atingiram 22,7 mil milhões de euros, mais uma vez face aos 20 mil milhões registados em fevereiro, que por sua vez duplicaram o saldo de janeiro (+9,1 mil milhões).

Mediolanum (+2,5%), Azimut (+0,7%) e Anima (+3,9%) avançam. Por outro lado, o setor segurador continua pressionado (Stoxx europeu -2,2%): o Axa francês regista uma quebra de 3,6%. Generali cai 1,8%, UnipolSai -1,6%. Os bancos também estão em baixa. Intesa perde 2,1% para 3,09 euros: os analistas do Deutsche Bank cortaram o julgamento sobre as ações para Hold da Buy. MontePaschi -1%, Unicredit -0,7%. As reduções de Ubi (-3,2%) e Popolare dell'Emilia (-2,6%) foram mais pesadas.

ESPERANDO ENI, SARAS -4,5% RETIRADA DO PAPEL RUSSO

Destaque para as contas trimestrais da Eni hoje. Ontem inalterado. A teleconferência com os analistas será realizada à tarde. Ontem o setor registrou os bons resultados da Total (+1%), que anunciou resultados acima do esperado graças à recuperação da rentabilidade no refino.

Enquanto isso, o dinheiro da Saipem (+0,25%) foi recompensado por uma atualização (para impedir a venda com preço-alvo subindo de 12,9 euros para 8 euros) pela Société Générale. Banca Akros, Ubs, Exane Bnp Paribas, Kepler Cheuvreux e Equita Sim também aumentaram seus preços-alvo após contas acima do esperado

Pelo contrário, um dia negro para Saras (-4,55%). Começando de forma acentuada (máxima de 1,91 euros), a ação inverteu a tendência marcando uma mínima de 1,6710 euros. Este é o efeito das comunicações na reunião: o gerente geral Dario Scaffardi informou que a empresa decidiu, em acordo com a Rosneft, arquivar o projeto de joint venture comercial. 

Enquanto isso, o CEO Massimo Moratti explicou que “no momento há um equilíbrio com a Rosneft que funciona. A estrutura é estável. Não sei se querem aumentar a cota”. Atualmente os russos estão em 21%. Os dois irmãos Marco e Massimo Moratti têm um total de 50,1%. Apesar da queda de ontem, a ação mantém valorização de 115% desde o início de 2015.

FCA DE TRAVAGEM. BOM PRÍSMIANO

As perdas mais consistentes afetaram o setor industrial. Revés para a Fiat Chrysler (ontem -3%), aguardando as contas trimestrais. A Cnh Industrial também caiu (-2,6%). Dia difícil para Finmeccanica (-2,3%) e StM (-3,7%). A Buzzi foi contra a tendência, subindo 1%: a Morgan Stanley aumentou o preço-alvo de 14,5 para 16,5 euros. 

Prysmian +1,2%: Equita Sim aumentou o peso da ação em sua carteira principal em 50 pontos base. A ação também se beneficia dos bons resultados da concorrente francesa Nexans, que ganha 12% na Bolsa de Paris.

MEDIASET AINDA LIGADO. VOOS IMOBILIÁRIOS 

A Mediaset continua positiva, que após +8,23% na segunda-feira marcou +0,56% sob a pressão de um possível acordo com a Vivendi. Hoje vai rolar o encontro da empresa de origem Fininvest. Os editoriais foram bem: Rcs +2,81%, L'Espresso +1,67%. Cairo Communications +0,86%. 

De destacar o salto da Salini Impregilo (+2,8%). A Equita Sim promove o acordo anunciado ontem para um projeto de água em Papua Nova Guiné. Por fim, houve um boom de títulos no setor imobiliário: Aedes +28,6%, Gabetti +10,7%, Prelios +10%, Risanamento +5,2%.

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