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Revisão de gastos: cortes chegando para saúde, estados e províncias

Reunião do Governo hoje, reuniões com sindicatos e parceiros sociais amanhã - Um corte de 1-2 mil milhões nos cuidados de saúde está a caminho - Machado atinge os funcionários públicos: cerca de 10 trabalhadores para despedimento em 2012 e outros 80-90 até 2014 – Reduzir para metade o províncias e teto de três pessoas para os conselhos de empresas públicas não listadas.

Revisão de gastos: cortes chegando para saúde, estados e províncias

Dia decisivo para a revisão de gastos. Há três novos alvos na mira: saúde, estados e províncias. Uma cúpula do governo está marcada no Palazzo Chigi para avaliar a extensão dos cortes a serem incluídos no próximo decreto. Os últimos rumores falam de um provisão de 7-8 bilhões, mas o Executivo está numa encruzilhada: a intervenção pode chegar aos 10 mil milhões, ou ser reduzida para 5-6 mil milhões, com uma segunda tranche adiada para o outono.

Premier e Tesouro pressionam pela primeira hipótese, mas a resistência dos ministérios aos cortes lineares sugere a divisão em dois pacotes. Amanhã o governo se reunirá com os sindicatos e parceiros sociais. Depois destas nomeações, que prometem faíscas, o texto chegará pouco antes do Conselho de Ministros para aprovação.  

O plano de cortes na despesa pública deverá permitir adiar o aumento do IVA previsto para Outubro para 2013 e reduzir a sua dimensão. Se funcionar, no próximo ano as taxas de 10% e 21% podem subir apenas um ponto em vez de dois. Outros objetivos são o financiamento de trabalhadores isentos e auxílio a áreas de terremoto, além de despesas obrigatórias como missões internacionais. 

Vamos ver em detalhes quais são os principais capítulos do próximo decreto.

ASSISTÊNCIA MÉDICA

O plano do comissário extraordinário Enrico Bondi para a racionalização das compras de bens e serviços prevê um corte na saúde de 1-2 bilhões. Cortes que se concentrarão principalmente nos gastos farmacêuticos. A essas medidas se somará o pacote do ministro da Saúde, Renato Balduzzi, com a redução de despesas do convênio do especialista e de outros contratos. 

FUNCIONÁRIOS DO GOVERNO

O que assusta os sindicatos nesta frente não é tanto a possível intervenção nos vales-refeição (reduzidos para 7 euros) e no décimo terceiro mês (adiado para janeiro), mas sim a hipótese de uma redução acentuada da força de trabalho. Ao todo, cerca de 10 mil trabalhadores estariam envolvidos em 2012 e outros 80-90 mil até 2014: 20% para gerentes, 10% para empregados de segundo escalão e 5% para os que exercem outras funções.

Os trabalhadores estatais redundantes não substituíveis podem ser despedidos por dois anos, com 80% do seu salário. Talvez os de sessenta anos possam se aposentar com as regras antigas, derrogando a reforma de Fornero.

PROVÍNCIAS E EMPRESAS PÚBLICAS

Arquivada a velha questão da extinção das Províncias, o Executivo já havia planejado reduzi-las. As administrações em causa, depois de terem digerido o halving, no entanto, pediram que o Governo também pusesse a mão à miríade de empresas e entidades controladas por Regiões e Municípios (mais de 3 mil, segundo algumas estimativas).

A par do plafond de três pessoas para os Conselhos de empresas públicas não cotadas (incluindo Spas como Poste e Fs), haverá assim também uma redução significativa das entidades controladas pelas autarquias locais, que custariam cerca de 7 mil milhões por ano. 

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