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Região do Lazio, ataque hacker com chantagem: segurança nacional em risco

Reservas de vacinas em andamento, mas por enquanto a Região garante privacidade e emissão de certidões. Os piratas exigiram um resgate em Bitcoins. Ataque da Alemanha. Os dados de Mattarella e Draghi estão na mira: a segurança nacional está em perigo

Região do Lazio, ataque hacker com chantagem: segurança nacional em risco

Ataque sem precedentes a um site institucional italiano. E não um site secundário, já que é o portal da Região do Lácio que gerencia a reserva de vacinas e, acima de tudo, detém milhões de dados preciosos sobre cidadãos vacinados e passes verdes. O ataque hacker teria começado na Alemanha (mas suspeita-se que o movimento No Vax esteja por trás disso) e um resgate foi pedido para impedir o ato de pirataria de computadores, a ser pago em Bitcoin. “Foi uma operação planeada e coordenada, e receio que ainda demore dias até que o problema seja resolvido”, explica o vereador regional Alessio D’Amato, que no entanto tranquiliza: “Por enquanto, os dados dos utentes sobre as vacinações estão seguros”.

A maior preocupação, porém, está ligada justamente à privacidade: o cérebro eletrônico da Região gerencia i dados sensíveis de 5,8 milhões de pessoas, incluindo os da classe dominante que se vacinaram em Roma, do chefe de Estado Sergio Mattarella ao primeiro-ministro Mario Draghi. aqui porque Agora, a segurança nacional está em risco. O ataque foi lançado na madrugada de domingo, 1º de agosto, e colocou de joelhos a plataforma que gerencia as vacinas e que foi a primeira a atingir a marca de 70% ontem. Um pesadelo cibernético mas com consequências muito reais: desde a reserva de vacinas - pelo menos 10 mil por dia - até ao registo das administrações que têm ocorrido, com riscos para a libertação dos novos Passes Verdes. No entanto, levará muito tempo e muitas análises para fazer um balanço definitivo dos danos. Especialistas em segurança não descartam que os hackers estivessem dentro do sistema há dias, mas em silêncio.

Eles podem estar esperando o momento certo para acionar o ransomware. O Ced, o grande cérebro da Região, foi desativado por questões de segurança. O vírus é um dos ransomwares mais ferozes, o Cryptolocker, e foi “injetado” por hackers que roubaram as credenciais de login de um perfil da Lazio Crea, empresa que criou o sistema da Região Lazio. Em poucos instantes, o Cryptolocker tomou posse dos computadores, invadindo os usuários mais sensíveis, inclusive o do vereador regional de saúde Alessio D'Amato. As consequências rapidamente se espalharam para o mundo real: da manhã longas filas se formaram em frente aos principais hubs, como o Eur Cloud. O que até ontem era feito com um clique, ontem foi feito com caneta e papel, transcrição à mão dos dados de dezenas de milhares de vacinações em pastas de papel.

Dados que depois, garante a Região do Lácio, serão transferidos para o registro nacional de vacinação, a fim de evitar atrasos na emissão de Passes Verdes (o que geralmente leva cerca de 24-48 horas após a vacinação). “Desde esta noite – escreveu o presidente da Região Nicola Zingaretti no Facebook – um ataque hacker muito pesado está em andamento contra os sistemas de computador da LazioCrea que gerenciam as reservas de vacinas. Fato gravíssimo, bloqueia um serviço fundamental. Pedimos desculpas aos cidadãos pelas inevitáveis ​​ineficiências. Relatamos o ataque às autoridades e agradeço a todos os funcionários que trabalham desde ontem à noite para defender a fábrica e voltar à normalidade. Apesar disso, porém, chegamos a 70% da população adulta do Lazio vacinada”.

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