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Prometeia: lucro volta para o sistema bancário em 2015, mas Roe ainda é baixo

PROMETEIA BANKING DAY – Depois do prejuízo de 6,8 mil milhões em 2014, 2015 parece ser o ano do regresso ao lucro do sistema bancário: 3,8 mil milhões de euros é o lucro total estimado pelo centro de investigação de Bolonha – Em 2015 -2017 50 mil milhões de euros de ajustes de empréstimos – The Bad Bank serve para empurrar Roe: dívidas incobráveis ​​são um fardo

Prometeia: lucro volta para o sistema bancário em 2015, mas Roe ainda é baixo

O sistema bancário voltará a lucrar em 2015? Talvez seja a hora certa. Após quatro anos de prejuízos, a Prometeia prevê fechar o corrente ano para o sistema com lucros globais de 3,8 mil milhões de euros. Uma reversão de tendência destinada a se fortalecer entre agora e 2017, quando os lucros acumulados chegarão a 21,5 bilhões. No entanto, o Roe permanecerá modesto, subindo para apenas 2017% em 3,7. De fato, a rentabilidade ainda será afetada pelo peso dos ajustes de empréstimos. É por isso que para Giuseppe Lusignani, que apresentou a análise do setor publicada para o Prometeia Banking Day, a criação de um bad bank representaria uma solução eficaz a médio prazo para suportar a rentabilidade do setor. Apesar das perdas de crédito que os bancos teriam de suportar imediatamente, o impacto no ROE de médio prazo, que poderia melhorar em até um ponto percentual, mais do que compensaria o sacrifício.

RESTAURAR CRÉDITO 
MAS O SOFRIMENTO AINDA É UM FARDO

A Prometeia espera que o fluxo global de receitas volte a ser positivo em 2015 e depois se consolide em 2016-2017. Por um lado, o desembolso de crédito deverá voltar a crescer a partir do final do corrente ano graças às melhores condições económicas e ao efeito das políticas não convencionais do BCE: hoje ainda é difícil ver uma recuperação nesta frente que deverá concretizar-se na segunda metade do ano. Por outro lado, o custo do financiamento está caindo, com os bancos vencendo o financiamento de bônus mais caro sem renová-lo para substituí-lo pelo empréstimo mais vantajoso do BCE. A margem de juros será positiva, embora modesta (+0,4%) devido às baixas taxas de juros e a margem de intermediação voltará a crescer em média 1,2% no período de previsão de três anos.

Por outro lado, o crescimento do crédito malparado não vai parar, embora a taxas progressivamente mais lentas. “É assim provável – nota a Prometeia – que as políticas de oferta dos operadores se mantenham bastante seletivas, sobretudo face às empresas, devido ao ainda elevado risco dos mutuários e aos numerosos e rigorosos constrangimentos impostos pela regulamentação”. Em 2014, o fluxo de ajustamentos de crédito, também devido à Asset Quality Review do BCE, ascendeu a uns bons 30 mil milhões de euros, subindo para quase 86 mil milhões no triénio 2012-2014. No triénio até 2017, o fluxo acumulado de ajustamentos dos empréstimos deverá baixar para pouco mais de 50 mil milhões de euros.

M&A POPULAR, DEVE ESPERAR POR BENEFÍCIOS

Nos últimos anos, os bancos tentaram compensar a redução das receitas racionalizando os custos operacionais. Então agora a atividade de racionalização da rede está quase para trás enquanto os bancos investem em tecnologia para mudar o modelo de negócios. Assim, neste cenário, não se espera uma redução de custos, pelo contrário, veremos um ligeiro aumento dos custos operacionais. A Prometeia observa que os impactos da reforma dos bancos cooperativos serão significativos, mesmo que os benefícios só possam ser percebidos no médio prazo. para a Prometeia, a receita de custos pode cair para 60,2% em 2017.

MAIS ÚTIL PARA MAIS BANCOS

Após o prejuízo agregado de cerca de 8 mil milhões de euros (que se soma aos 22 mil milhões de 2013), 2015 deverá marcar o ano do regresso aos lucros. Claro que se trata de um valor global, que portanto não leva em conta a grande variação de resultados entre os bancos que ainda existe. Mas a geração de lucro deverá envolver um número maior de instituições do que as seis das treze consideradas em 2014. Além disso, a maioria dos bancos tem um grau de capitalização acima das metas mínimas do BCE, com exceção das instituições que já planejaram aumentos de capital ou outras operações em primeira parte de 2015. Globalmente, o rácio Cet 1 no final de 2014 era de 11,2%.

Por último, a Prometeia salienta que o cenário de lenta recuperação do sector padece de uma situação de persistente risco de crédito para os bancos mas também dos numerosos e rigorosos constrangimentos impostos pela regulamentação que tornam o custo do capital ainda elevado.

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