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Petróleo Ko e Btp Japão de rendimento zero: esperando por Draghi

A nova queda do petróleo (abaixo de 47 dólares o barril) domina o dia financeiro - No Japão, o rendimento do BTP de 5 anos caiu abaixo de zero pela primeira vez e hoje o leilão do Tesouro italiano - Amanhã o veredicto alemão sobre OMTs e intervenção di Draghi – Marchionne: novos empregos para FCA e fusão planejada – Colapso de Carige e Saipem

Petróleo Ko e Btp Japão de rendimento zero: esperando por Draghi

A nova forte queda do petróleo marca o início do dia financeiro. O petróleo bruto caiu para novos mínimos esta manhã: o Brent a 46,55 dólares o barril, mais abaixo do que ontem (47,40 dólares, -5,5%) já nos níveis mais baixos em cinco anos e meio. O corte nas estimativas de preço do Goldman Sachs para 2015 contribuiu para acelerar o impulso baixista: de 83,75 para 50,40 dólares para o Brent e de 73,75 para 47,15 dólares para o Wti. A Société Générale também reduziu suas previsões: Brent de US$ 70 para US$ 55 e West Texas de US$ 65 para US$ 51.

Há dois efeitos imediatos nos mercados financeiros: a pressão sobre os estoques de energia; um novo impulso à deflação, com repercussões imediatas no custo do dinheiro. Em Tóquio, esta manhã, o título do governo de 5 anos caiu para rendimento zero pela primeira vez. A Bolsa, encerrada ontem para férias, vive uma forte quebra, na ordem dos 2%, na onda da valorização do iene face ao dólar: os dados do emprego nos EUA têm atrasado o aumento das taxas americanas. Por outro lado, as listas chinesas subiram: Hong Kong +0,5%, Xangai +0,3%. A evolução acima do esperado (+9,7%) das exportações de Pequim contribui para favorecer o aumento.

TRIMESTRALMENTE DOS EUA, COMEÇANDO BEM. MAS WALL STREET DESCE

A temporada trimestral americana começou bem: a gigante do alumínio Alcoa fecha com faturamento acima do estimado. Mas Wall Street está esperando para ver os efeitos do dólar forte nos balanços das multinacionais. Forte queda ontem para a Tiffany (-11,6%) após a revisão das projeções. No final da sessão, o índice Dow Jones caiu 0,4%, o S&P 500 0,6%, o Nasdaq - 0,84%. O dólar volta a se fortalecer em relação ao euro, que cai para 1,182 de 1,184 no fechamento da noite de ontem: a cruz está navegando perto da mínima dos últimos nove anos. 

A EUROPA SOBE À ESPERA DOS DRAGÕES. LEILÃO BTP HOJE

O abrandamento dos preçários norte-americanos condicionou parcialmente os preçários europeus, agora concentrados enquanto se aguardam as decisões do BCE. Amanhã, em simultâneo com o parecer da Advocacia do Tribunal de Justiça da UE sobre a legitimidade das OMTs, Mario Draghi falará na Alemanha na conferência Die Welt. Em Milão, o índice Ftse Mib fechou em alta de 0,95%, a 18.349 pontos, após atingir máxima de 18.429 e mínima de 18.031 pontos no início da tarde, quando havia perdido 0,2%. Tendência semelhante para as demais bolsas europeias: Frankfurt valorizou 1,38%, Paris 1,18% e Madri 0,81%, enquanto Londres fechou inalterada em 6.501 pontos. Tech (Stoxx do setor +1,8%) e Automotive +1,7% subiram nas bolsas europeias.

Dia positivo para o BTP que vê o yield cair para 1,80% ante 1,87% ontem. O spread com o Bund diminui para 132, uma queda de 6 pontos base. BTPs de 3, 6 e 15 anos vão a leilão esta manhã por um valor total entre 5,5 e 7 bilhões de euros.

O DESLIZAMENTO DE SAIPEM ACELERA -9,7%

A queda do petróleo pesou sobre os estoques de petróleo. Exxon e Chevron recuam em Wall Street, ambas em -2,3%. Na Europa, o índice Stoxx do setor cai 1,3%. Mas a desaceleração salvou a Eni ontem, que se recuperou 0,5% após as fortes quedas da semana passada. Por outro lado, Tenaris caiu fortemente (-2,5%).

No entanto, a mais atingida foi a Saipem (-9,8%), que caiu para os novos mínimos desde agosto de 2004 a 7,20 euros, depois de fechar a semana passada com uma queda de 9% e ter tocado, durante a sessão, na cotação de 7,0850 euros. De pouco adiantou que o Goldman Sachs confirmou a ação em sua Conviction Buy List (ações para comprar sem hesitar) também porque novas "punições" chegaram de outras corretoras: a Canaccord Genuity cortou a classificação para Sell from Hold, baixando o preço-alvo em 7,50 euros dos anteriores 13 euros. O Barclays quase reduziu pela metade seu preço-alvo para 12 euros em relação aos 20 euros anteriores, com uma recomendação de peso igual.

FCA E PIRELLI SPRINT. MARCHIONNE: NOVA FUSÃO NECESSÁRIA 

Grande dia para as ações de automóveis: o índice do setor (+1,7%) está no topo do Eurostoxx. Fiat Chrysler +2,5%. Em Detroit, Sergio Marchionne anunciou o retorno de todos os 5.418 trabalhadores demitidos da fábrica de Melfi e mais de 1.000 novos empregos nos próximos três meses, graças às boas vendas dos modelos produzidos (Jeep Renegade e 500 x). Para 2015, Marchionne vê o setor automobilístico crescendo, mas a um dígito, nas três áreas onde o grupo tem forte presença, Europa, Estados Unidos e Brasil.

O grupo confirmou as previsões do plano industrial para 2014, tendo em vista os resultados que serão divulgados em breve.A Ferrari é candidata a "bem de luxo" e Marchionne espera uma listagem ainda no primeiro semestre. O grupo, disse Marchionne, não está em negociações com um possível parceiro para integração, mas o CEO reiterou que o setor precisa de mais consolidação. A Cnh Industrial também teve bom desempenho (+3,2%).

A Pirelli ganhou 2,7%. O Mediobanca confirma a recomendação Outperform e o preço-alvo nos 14 euros. O grupo líder na produção de pneus anunciou que assinou um acordo com um grupo de bancos para uma nova linha de crédito rotativo e um empréstimo a prazo multimoedas no valor total de mil milhões de euros com uma duração de cinco anos. O empréstimo substitui (antecipadamente) uma linha anterior com vencimento em novembro de 2015 por 1,2 bilhão.

BANCOS, O GRANDE SALTO. COLAPSOS DE CARIGE

Os bancos absorveram, em parte, as perdas da Black Friday. Intesa +2,2%, Unicredit +1,1% e Banca Pop.Milano +1,4% subiram. Mas também há bancos em declínio: Monte Paschi -2,6%, Banco Popolare -2%. Por último, a Banca Carige despencou (-11,4%) para 0,0615 euros após a notícia de que a Consob decidiu levar o banco a tribunal para obrigá-lo a anular a resolução que aprova as contas de 2013. 

No entanto, a ação mantém um ganho de 13% de 1,01º de janeiro até hoje. Azimut (-5,6%, captação de 2014 bilhões em 115, 0,45 milhões em dezembro) e Banca Generali (-4,02% captação de 333 bilhões no ano e XNUMX milhões em dezembro) caíram.

AVANÇO ATLANTIA. CHINA IMPULSIONA CUCINELLI 

À noite, Brunello Cucinelli (+2%) divulgou os números de 2014: o faturamento aumentou 10,3% para 355,8 milhões. Todos os mercados da América do Norte (+12,7%) para a Europa (+8,2%) para a China (+32,7%) e o resto do mundo (+15,9%) melhoraram. A Itália é mais modesta, crescimento de 2,8%. Durante o ano, a dívida aumentou de 16,1 milhões no final de 2013 para os atuais 43 milhões. 

Atlantia subiu 2,7% devido aos rumores de uma possível entrada na estrutura acionária de novos acionistas importantes. Autogrill (+2,3%) e World Duty Free (+1,5%) também foram brilhantes. Dinheiro na Mediaset (+1,24%): Berenberg aumentou o preço-alvo de 3,65 para 4,05 euros, confirmando o rating de compra. Também teve um bom desempenho a Telecom Italia (+1,35%) que lançou uma oferta de recompra de títulos próprios com vencimento em 2015, 2016 e 2017.

Também positiva foi a Salini Impregilo (+1,64% para 2,856 euros) que assinou a escritura de empréstimo do terceiro lote do passe Génova-Alessandria por 607 milhões de euros. Finalmente, entre as ações de luxo, a Safilo arrecadou 6,60% a 11,15 euros após a notícia de que Hal (acionista da Safilo) decidiu listar a GrandVision.

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