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Por que a Internet das Coisas não decola para as concessionárias?

Sobre o tema, Agici do professor Gilardoni promoveu um seminário em Milão para o próximo dia XNUMXº de dezembro

Por que a Internet das Coisas não decola para as concessionárias?

O mercado da Internet das Coisas (IoT) crescerá exponencialmente entre agora e 2020: de fato, estima-se que os objetos conectados e inteligentes aumentarão de 6,4 bilhões em 2015 para 20,8 bilhões em 2020 em todo o mundo (mas alguns argumentam até 50 bilhões). Os dispositivos inteligentes mais populares são, sem dúvida, aqueles que usamos todos os dias: smartphones, tablets, smartwatches que, graças à conexão com a internet, nos permitem interagir com o mundo virtual e o ambiente circundante. Mas, além de objetos inteligentes do tipo consumidor, a IoT tem um enorme potencial de aplicação em muitos outros setores econômicos. A área de infraestrutura de utilidade pública é uma delas.

De fato, a automação digital de infraestruturas pertencentes aos setores de tráfego, transporte e logística oferece oportunidades significativas de economia de custos, graças à possibilidade de obter melhor eficiência operacional e energética e poder realizar manutenções preditivas. A Trenitalia, por exemplo, lançou o projeto Dynamic Maintenance Management, que utiliza sensores integrados para registrar uma série de parâmetros de manutenção, com uma expectativa de economia de custos de 8 a 10%. De todas as aplicações possíveis, acreditamos que o maior potencial da Internet das Coisas está nas infraestruturas das cidades e na melhoria dos serviços que prestam.

Estima-se que até 2050 aproximadamente 2/3 da população mundial viverá em cidades e, por isso, os desafios globais que serão enfrentados na gestão de recursos escassos e na gestão de infraestruturas urbanas são imensos. A Internet das Coisas, portanto, desempenha um papel central na simplificação da gestão dos ambientes urbanos e na facilitação da criação de cidades resilientes e sustentáveis: as informações em tempo real sobre o consumo de água, gás e eletricidade obtidas com Smart Meters favorecem a obtenção de eficiência energética , enquanto a monitorização da rede favorece a redução de custos graças à otimização das intervenções de manutenção; digital facilita a criação de Smart Grids em contextos citadinos, enquanto os sensores e a videovigilância permitem a monitorização ambiental, a redução das emissões de CO2 graças a sistemas inteligentes de transporte público e privado e aumentam a segurança dos cidadãos. Estudos da Agici Infrastructure Unit demonstram como a IoT pode realmente trazer benefícios significativos: um sistema de medição inteligente para gás, por exemplo, assumindo uma substituição de 100% dos medidores italianos, geraria um benefício líquido de cerca de 2 bilhões de euros em quinze anos; isso em termos de economia de energia, menores emissões de CO2, economia de custos graças à leitura remota.

Globalmente, a IoT está começando a se espalhar como fogo, especialmente nas infraestruturas das cidades: os Estados Unidos possuem um grande número de aplicativos digitais para a Smart City (em particular Smart Meters, Smart Parking, Smart Water&Waste e aplicativos para mobilidade sustentável). Mesmo no Extremo Oriente, as cidades estão se tornando inteligentes, principalmente no Japão e na Coreia do Sul; nos Emirados Árabes Unidos, Dubai e Abu Dhabi estão se expandindo a partir de uma perspectiva de Cidade Inteligente. Muitas cidades europeias lançaram projetos importantes com tecnologias IoT nos últimos anos (Amsterdã, Copenhague, Barcelona, ​​​​Berlim, etc.). A Itália, por outro lado, ainda vive uma fase de experimentação, embora os operadores do setor tenham entendido como as tecnologias digitais são essenciais para viabilizar as cidades do futuro. Entre as principais concessionárias italianas que lançaram projetos de IoT para a cidade estão: A2A, Hera, Edison e Enel.

O Seminário “A internet das coisas para infraestruturas de utilidade pública. Como acelerar o desenvolvimento?”, organizada pela Agici a decorrer em Milão a 1 de dezembro de 2016, pretende perceber quais as dificuldades que os operadores nacionais encontram na realização de projetos de IoT no domínio dos serviços de utilidade pública, analisando os obstáculos que surgem nas fases de implementação .

Entre as principais barreiras à implementação está a incerteza sobre as infraestruturas de rede: atualmente o mercado oferece inúmeras alternativas para a comunicação de objetos inteligentes tanto em banda larga quanto em banda estreita; o verdadeiro obstáculo, porém, refere-se à identificação da rede mais confiável e com menor custo, já que ainda não existe um padrão compartilhado. Uma segunda barreira diz respeito à organização interna da empresa e à baixa propensão à mudança de inúmeras empresas italianas: em muitos casos, para superar o obstáculo, foram criadas unidades ad hoc, com recursos com habilidades digitais e gerenciais, que gerenciam em todo o Projetos de IoT. Finalmente, do ponto de vista legislativo, a falta de um padrão de referência que aborde as escolhas técnicas e o benchmarking técnico/econômico de dispositivos de medição (como medidores) é de particular importância. Neste caso, a Autoridade começou a experimentar o Smart Metering multisserviço em várias áreas italianas: os projetos-piloto permitem comparar as diferentes tecnologias para identificar a melhor e torná-la padrão no mercado.

Para tornar efetivos os muitos benefícios gerados pelo uso da tecnologia digital no setor de infraestrutura pública, é necessário, portanto, identificar algumas soluções que permitam superar as dificuldades apontadas. Acreditamos que ao nível da rede de comunicações será decisiva a difusão do NB-IoT, a rede celular no espectro licenciado que garante elevada cobertura territorial e baixo consumo energético; do ponto de vista empresarial, não só a criação de unidades IoT ad hoc, mas de uma forma mais geral é necessário investir em competências e formação para a gestão e na comunicação para explicar aos utentes as novas formas de utilização dos serviços públicos. Um papel importante quer do ponto de vista de investimentos quer de sensibilização terá de ser desempenhado pelas concessionárias, também através da criação de laboratórios para experimentação destas tecnologias (neste A2A já se iniciou). Um apoio importante terá então de vir das instituições e autoridades reguladoras. As instituições nacionais e municipais terão que elaborar planos estratégicos e operacionais para o desenvolvimento e suporte de novas tecnologias (por exemplo, definindo a Agenda Urbana Nacional), enquanto as Autoridades terão que definir os padrões técnicos para o mercado em pouco tempo. Estas e outras soluções serão analisadas e discutidas durante o seminário, graças à apresentação de casos e experiências concretas dos principais operadores nacionais.

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