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Ouro e prata: medo de tarifas amplia spread

Devido aos temores sobre a guerra comercial entre o USE e a China, o spread da relação ouro-prata subiu para acima de 80 (o valor mais alto dos últimos dois anos), uma tendência que no passado muitas vezes precedeu uma desaceleração econômica.

Ouro e prata: medo de tarifas amplia spread

O fantasma do spread volta a pairar sobre os mercados. Desta vez não se trata da diferença entre o BTP e o Bund, mas de uma diferença mais significativa para a economia global: a diferença entre os preços do ouro e da prata. O medo de um guerra comercial entre EUA e China aumentou a diferença entre os dois valores, desencadeando uma tendência que no passado muitas vezes precedeu uma fase econômica de dificuldade.

Mas vamos aos números. Desde o início de 2018, o preço do ouro aumentou cerca de 3%, enquanto o da prata desceu cerca de 3,5%. Desta forma, o spread da relação ouro-prata subiu para acima de 80, o valor mais alto dos últimos dois anos, superior em quase um terço (27%) à média da última década.

A ligação com a guerra comercial China-EUA é facilmente explicada. 55% da prata em circulação no mundo é utilizada para fins industriais (eletrônicos, fotovoltaicos e outros), portanto a demanda está diretamente ligada ao ciclo econômico. Ao contrário, o ouro é o ativo porto seguro por excelência, aquele no qual os compradores se concentram em fases de instabilidade ou incerteza (quando não é crise aberta).

Para ser claro, o último aumento no spread ouro-prata acima de 80 data do início de 2008, quando havia temores de uma forte desaceleração da economia chinesa. Não só isso: aconteceu também em 2008, em plena crise financeira.

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