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Open Fiber: "Rede única até 31 de outubro, se todos quiserem". O grupo precisa de 4 trabalhadores

Segundo o CEO Rossetti, um acordo sobre a rede Unica até outubro é possível "se todos estiverem dispostos". Open Fiber trabalhando para suprir os atrasos nas áreas brancas, mas falta mão de obra. Cuidado com a inflação

Open Fiber: "Rede única até 31 de outubro, se todos quiserem". O grupo precisa de 4 trabalhadores

Na rede única, pode ser realmente o momento certo. Ele assegurou o CEO da Open Fiber, Mario Rossetti, durante o encontro de hoje com a imprensa em Milão. 

"Estamos em posição de chegar a um acordo. A questão de 31 de outubro (prazo estabelecido no Memorando de Entendimento para chegar a uma proposta concreta, ed) é importante, mas não é isso que faz a diferença. Este tipo de acordo é feito se houver vontade, não há problema de tempo. Não estou preocupado com um acordo industrial técnico, o problema diz respeito mais ao andar de cima”, o dos acionistas quem deve avaliar os ativos e decidir sobre a governança, explicou o CEO aos jornalistas. 

O gerente então acrescentou que o plano de negócios Open Fiber – que será atualizado após o verão para incluir as zonas cinzentas fora dos concursos da UE – do ponto de vista operacional não sofreria qualquer impacto da possível aprovação à rede única.

Um mês após a assinatura da carta de intenções entre a Cdp e a Tim que visa alcançar o criação de uma rede de fibra única integrando os ativos de rede fixa da Tim com os da Open Fiber, da qual a Cdp possui 60%, disse Rossetti convencido “da bondade do projeto e que é algo significativo para o país e sua digitalização definitiva. Olhamos para o tema do ponto de vista industrial, o que é o mais importante para nós. Também trabalhamos com o Tim para definir os perímetros”, mas “a área relacionada à avaliação já está bastante lotada”. 

O CEO reiterou então que as sinergias do projeto de rede única de fibra ótica “são significativas e dizem respeito a vários mil milhões de euros” em particular no que diz respeito ao que não vai ser construído em duplicação. “É um tema relevante que porém tem uma variável: é o momento em que tudo isso acontece, quanto mais o tempo passa, mais se construiu e menos valem as sinergias; quanto mais cedo acontecer, mais sinergias valem". 

Rossetti: "Estamos compensando os atrasos, mas são necessários 3-4 mil trabalhadores" 

"Nosso foco está nas áreas brancas”, sublinhou então Rossetti, explicando que “a fibra aberta registou um atraso significativo para o final do ano passado nas áreas brancas”. O objetivo da empresa é, portanto, acelerar e reduzir "o mais possível esses atrasos". "A missão da empresa, frisou o CEO, "é tanto as áreas brancas que transferimos recursos das áreas negras", aquelas onde há mais margens e concorrência "para as brancas e estamos buscando todas as medidas para ter um aumento de recursos nos canteiros de obras', afirmou novamente o gerente.

Nos canteiros de obras de telecomunicações, parados por falta de mão de obra, Rossetti explicou que "há uma dificuldade sistêmica em realizar as obras mesmo que ter um grupo como a Cdp atrás de nós nos dê uma amplitude maior mas a capacidade produtiva da cadeia de abastecimento é limitado”.

O CEO da Open Fiber anunciou que “estamos a discutir com os vários órgãos a nível governamental” a possibilidade de “incluir os trabalhadores da tcl no próximo decreto Flussi”. Deste ponto de vista, prosseguiu, “temos algumas centenas de estaleiros em que não temos recursos para implantar”. Nas áreas brancas, por exemplo, “precisamos de pelo menos 1.500 pessoas para poder contratar e ir aos canteiros de obras” e “3 ou 4 mil trabalhadores para todo o perímetro do grupo. Um número que vai dobrar”, explica Rossetti.

“O que está nos impedindo não é dinheiro ou capacidade gerencial, mas mão de obra”, continuou ele. “Usaremos métodos extraordinários: a empresa está a dotar-se de recursos próprios, estamos a olhar para outros operadores internacionais que possam entrar neste mercado e transferimos recursos das áreas negras para as brancas”. “Também estamos a discutir com o Governo a inclusão dos trabalhadores das telecomunicações no novo decreto e há contactos com a DAP para a utilização de reclusos como mão-de-obra nas obras”, conclui.

Apesar de tudo, os números para 2021 são animadores. De acordo com os dados fornecidos pelo CEO durante o encontro com a imprensa, nos primeiros 5 meses de 2022, Open Fiber fechou 538 canteiros de obras para fibra FTTH, 20% do que foi feito nos últimos 4 anos”. 

Rossetti: "Cuidado com a inflação"

A inflação é “um assunto sobre o qual devemos refletir, admitiu o CEO. A questão não diz respeito aos contratos já em vigor, mas "aos que ainda têm de ser feitos e que acabarão por tocar nas zonas cinzentas" 

A inflação, repetiu Rossetti várias vezes, é um tema que hoje “merece atenção muito maior. Em alguns contratos temos cláusulas de indexação, noutros não” mas para o futuro “estamos a tentar ter em conta da melhor forma possível”. 

"Temos muito interesse na consulta que a Autarquia está abrindo sobre o pedido de modificação da Telecom, porque ela se tornará uma diretriz a ser consultada", explicou, referindo-se ao novo exame da Agcom sobre o Proposta de coinvestimento da Tim para a FiberCop, depois que a empresa de Pietro Labriola pediu a revisão das tarifas, vinculando-as à inflação. 

Por fim, o CEO reafirmou a relação entre a Open Fiber e a TIm: “são muito bons, tanto a nível pessoal como corporativo”.

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