Óculos, câmeras, colares, bolsas, bolsas de cosméticos, celulares: este é o inventário de objetos que nossos deputados e senadores deixaram abandonados em bancos, sofás, nos banheiros, por simples distração ou com pressa de sair do tribunal de trabalho, ou cansaço após horas de discussões em comissão.
Em detalhe, a lista de objetos esquecidos pelos deputados desta legislatura e que ainda não foram reclamados pelos seus proprietários inclui:
1) anéis
2) pulseiras
3) chaves
4) colares
5) uma câmera
6) brincos
7) canetas
8) bolsa de maquiagem
8) bolsa
9) óculos e óculos de sol
10) telefones celulares e tablets.
É preciso dizer que quando falamos de anéis, pulseiras e colares, estamos falando de objetos não propriamente de valor comercial significativo, ainda que certamente tenham valor sentimental. E o mesmo vale para as canetas: não são nem Montblanc nem Parker com a pena de ouro, porque seriam imediatamente reclamadas pelo legítimo proprietário. Quanto aos óculos, são principalmente óculos de leitura, certamente não os óculos usados pelos míopes.
O objecto esquecido fica "estacionado" nos gabinetes do secretariado do pessoal de fiscalização, onde aguarda a apresentação do seu legítimo proprietário. E aí fica guardado durante um ano, findo o qual o objecto em causa - sem pretensões de propriedade - é atribuído a quem o encontrou.
Exceto para telefones celulares e tablets que são enviados para a polpa porque contêm dados confidenciais. Entre os objetos que costumam ser esquecidos estão as capas de chuva. Acontece em dias de chuva, quando o parlamentar entra na Câmara protegido por um sobretudo. Aí talvez no final da reunião a chuva deu lugar ao sol, e o deputado sai esquecendo a capa de chuva no sofá. Um descuido que no entanto dura o curto espaço de algumas horas, ou no máximo alguns dias.