E agora quem pode parar o super Brasil? Era para ser a Olimpíada da Seleção, mas também da Espanha dos fenômenos e do Uruguai de Cavani, Suarez e Ramirez. No momento, apenas o Brasil respeitou as previsões, enquanto os demais foram protagonistas de fracassos sensacionais. E a Espanha, campeã europeia sub-21 e rica em talentos infantis como nenhuma outra, que sai do grupo sem marcar um único gol? E como explicar a eliminação precoce do Uruguai, batido pela Grã-Bretanha e principalmente pelo Senegal sem que Cavani e Suarez (gente que tem avaliações hiperbólicas no mercado) tenham conseguido marcar pelo menos uma vez? Coisas do futebol pode-se dizer, porque uma coisa é apresentar um torneio no papel, outra é vê-lo crescer nos campos de jogo. Nós (e em geral todos os insiders) havíamos previsto que a Espanha e o Uruguai no fundo jogariam pelo ouro com o Brasil (Seleção à parte) a honra vai para um da Grã-Bretanha, Coréia do Sul, Honduras, México, Senegal, Japão e Egito.
Se houvesse uma lógica no futebol, um desses iria para disputar a final Brasil, neste momento o verdadeiro favorito do evento. Mas dentro de campo tudo pode acontecer, aliás Pato e seus companheiros, se vencerem Honduras nas quartas de final, arriscariam uma partida perigosa contra a anfitriã Grã-Bretanha. Um adversário longe de ser imbatível, mas cheio de um orgulho temível, como o Uruguai soube compreender ontem à noite. Claro, o Brasil está em outra categoria! Mesmo contra a Nova Zelândia, num jogo inútil para efeitos de classificação (não é à toa que Menezes fez uma grande virada), foram 3 gols e muito show. O verde-e-dourado marca e se diverte: seja Pato, Neymar, Leandro Damião ou Lucas joguem, o resultado é sempre o mesmo. A realidade é que desta vez a Seleção está com fome de sucesso: falta o ouro olímpico em sua coleção de sucessos, além disso, a Copa do Mundo de 2014 em casa se aproxima. O Brasil sonha em chegar lá com a medalha mais preciosa pendurada no pescoço, perspectiva que se torna cada vez mais plausível a cada partida. A não ser que essas malucas Olimpíadas não nos tragam mais uma surpresa sensacional.
