comparatilhe

Migrantes, Europa dividida. Pentágono adverte: emergência vai durar 20 anos

A comissão da UE quer quotas obrigatórias e sanções para absorver 120 migrantes mas as posições dos dois blocos mantêm-se firmes, com a abertura da cimeira de ministros dos Negócios Estrangeiros no Luxemburgo: a favor, Itália, França e Alemanha; contra o bloco oriental - O Pentágono dos EUA adverte: "A crise migratória vai durar mais vinte anos"

Migrantes, Europa dividida. Pentágono adverte: emergência vai durar 20 anos

A solução para a crise migratória ainda parece distante. Na cimeira entre os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, marcada para um Luxemburgo durante o dia, será discutida a proposta de uma nova divisão, pelo menos 120 migrantes adicionais, avançado pela Comissão Europeia.

Uma proposta que, ainda agora, promete provocar uma clara ruptura entre dois blocos principais. De um lado, a formada pela França e Alemanha, à qual também se juntou a Itália, que pede a revisão do sistema de asilo, abrindo-se à redistribuição dos refugiados.

Por outro lado, porém, a frente oposta às cotas de redistribuição, formada pelos países do Leste Europeu: Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia.

o comentário do Pentágono, atravessado por um dos principais dirigentes das Forças Armadas dos EUA, Martin Dempsey, segundo o qual o êxodo de migrantes e refugiados da Síria e do Norte de África para a Europa é "uma enorme emergência, uma verdadeira crise".

Um tema, portanto, também abordado e considerado preeminente nos EUA, que sublinha a necessidade de todos agirem "tanto unilateralmente quanto com aliados" para enfrentar uma crise que, segundo Dempsey, pode durar "mais vinte anos".

 Entretanto, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), António Guterres, lançou um apelo à atribuição de pelo menos 200 requerentes de asilo na União Europeia e salientou que todos os membros da UE devem ter a obrigação de participar neste programa.
“As pessoas com um pedido de proteção válido (…) devem, consequentemente, beneficiar de um programa de realocação em massa, com a participação obrigatória de todos os estados membros da UE. Uma estimativa preliminar parece indicar a necessidade potencial de aumentar as oportunidades de reassentamento para 200 lugares”, escreveu Guterres em comunicado.

Comente