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Mercado imobiliário, Nomisma: mais casas vendidas, mas preços ainda em baixa

Para 2015 a Nomisma estima um crescimento das hipotecas na ordem dos 30%, enquanto em 2017 se prevê a inversão dos preços, com uma subida entre 2,5% e 3% dependendo dos setores.

Mercado imobiliário, Nomisma: mais casas vendidas, mas preços ainda em baixa

Vendas e vendas sobem cerca de 50 mil unidades, para 470 mil, mas preços ainda caindo cerca de 3%. Estas são as previsões para 2015 da nomisma para o mercado imobiliário italiano. Em detalhe, a queda dos preços, ainda inferior à dos anos anteriores, estima-se em -2,9% para habitação, -3,1% para escritórios e -2,6% para comércio.

Uma quebra mais acentuada do que as previsões elaboradas pelo Nomisma em novembro de 2014 devido, em particular, à deflação. Para o instituto bolonhês, 2016 será o ano de conclusão da fase de descida dos preços imobiliários, com substancial invariância face aos dias de hoje, enquanto em 2017 haverá a esperada reversão de preços com um aumento entre 2,5% e 3% dependendo dos setores.

“Existem alguns sinais de melhora do ponto de vista do contexto de confiança e do número de transações, mas é claro que ainda estamos dentro de uma dinâmica negativa de preços. Afinal, trata-se de um fator fisiológico porque a recuperação do mercado sempre vem primeiro do ponto de vista das quantidades e depois, com um atraso de 12 a 18 meses dependendo do contexto, do ponto de vista dos preços”, declarou Luca Dondi, gerente geral da Nomisma acrescentando que, em todo o caso, o que “vai caracterizar o mercado imobiliário nos próximos anos serão taxas de crescimento muito mais contidas do que no passado: o crescimento de dois dígitos faz parte de uma era que não está destinada a regressar pelo menos no curto-médio período".

Nomisma, com base em dados coletados em uma amostra de 13 cidades intermediárias italianas, confirma a melhoria do mercado residencial, com um aumento contudo limitado às transacções. A previsão para 2015 é de continuidade da queda de preços, mas em ritmo menos intenso do que nos últimos anos. Ainda no que diz respeito aos arrendamentos, o instituto bolonhês estima uma melhoria, quer ao nível dos contratos celebrados, quer pela manutenção da tendência de estabilização das rendas.

Para 2015, o aumento esperado na atividade de liquidação é de aproximadamente 50 unidades habitacionais, para um total que deverá ser na ordem de 468 transações (sinais de reforço oferecidos pelos primeiros três meses do ano) . O instituto bolonhês destaca a centralidade dos municípios capitais (grandes e médias dimensões), que condicionam a inversão do ciclo registado em 2014.

Para o biénio 2016-2017, a Nomisma estima um aumento das vendas que levará a ultrapassar a fasquia das 500.000, nada a ver com os dados do biénio 2004/2007, quando as transacções anuais ascenderam a mais de 800.000 unidades. Para o instituto bolonhês a perspectiva, depois da subida, é a de um estabilização das vendas em níveis mais baixos do que os níveis pré-crise. Não é por acaso que a Nomisma indica claramente no Relatório que "não há crescimento avassalador, nada comparável ao aumento avassalador que caracterizou a maior parte da última década". Também para o setor de crédito, a consciência dos excessos do passado e o não descarte de muitos “desperdícios” prometem, portanto, uma situação de relativa espera para ver. Mesmo face a realidades bancárias que regressaram decididamente a posições expansivas, para a Nomisma é evidente que um quadro de apoios altamente desigual limita o crescimento do setor imobiliário.

O peso das transações suportadas em crédito à habitação, num contexto de aumento do número de transações em 2014 de +3,6%, cresceu 12,7% (dados da Agência Receita), confirmando a importância do apoio bancário nas tendências positivas do setor. Para 2015 a Nomisma estima um crescimento das hipotecas na ordem dos 30% (para o qual ainda contribuirá a componente de sub-rogação e substituição), num total de cerca de 32 mil milhões de euros desembolsados. Também para o corrente ano, a Nomisma estima que o peso dos desinvestimentos por parte dos operadores estrangeiros seja muito inferior ao das compras, com um saldo líquido que deverá confirmar-se nos valores de 2014, ou seja, próximo dos 2 mil milhões de euros.

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