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Bolsas de valores redescobrem o pesadelo do terrorismo e o índice de medo sobe

Volatilidade e preços do ouro em alta enquanto Wall Street cai para o menor nível em três meses também como resultado do caos político em Washington – Apple contra Trump – Bolsas europeias lidam com o ressurgimento do terrorismo – Bancos e gestão de ativos sob pressão .

Bolsas de valores redescobrem o pesadelo do terrorismo e o índice de medo sobe

O alarme do BCE sobre os "riscos da força excessiva do euro" não teve o impacto que os banqueiros do BCE provavelmente esperavam. Poucas horas depois da publicação da ata da última reunião do banco de Frankfurt, a moeda única apagou as perdas iniciais e recuperou o terreno perdido, voltando a subir para 1,17305 face à moeda norte-americana. Um confronto do euro, insensível até ao choque do ataque do Barcelona?

No mínimo, é mais sensato falar de um dólar em estado de confusão diante da grave crise em que a administração dos EUA parece mergulhar cada dia mais, atingida pelo conflito entre as duas almas da equipe de Donald Trump: em de um lado o extremista Steven Bannon, porta-estandarte da extrema direita e do nacionalismo econômico, do outro Gary Cohn, chefe da equipe econômica, muito mais brando com o protecionismo e distante das proclamações de supremacia branca. A balança hoje em dia parece pender para o lado de Bannon, a tal ponto que por algumas horas ontem se falou na renúncia iminente de Cohn.

A notícia foi desmentida, mas isso não impediu que Wall Street sofresse sua pior queda desde maio. No mercado de câmbio, além da recuperação do euro e do iene, vale destacar a impressionante marcha do bitcoin, negociado a cerca de US$ 4,500 contra cerca de US$ 1.000 no início do ano. O ambiente tempestuoso explica a cautela de Mario Draghi, que já deu a conhecer que na próxima reunião em Jackson Hole vai evitar os temas "mais quentes" mas também as dúvidas da Fed. Até que ponto a confusão política de Washington pode comprometer a recuperação ? Faz sentido continuar com a política de aumento gradual das alíquotas na ausência de escolhas claras quanto à tributação e ao orçamento federal? Em suma, o final do verão coincide com o início de uma época de incerteza, a situação menos apreciada pelos mercados.     

TÓQUIO -1%, OURO E ÍNDICE DE MEDO AUMENTAM 
 
Meteo Borsa registra as tensões em curso na frente política e do terrorismo. A Bolsa de Valores do Japão está prestes a fechar no vermelho -1%. Abaixo de 0,4% Hong Kong. Seul perde 0,6%. As ações da fabricante de PCs Lenovo caíram acentuadamente -4,2% após os resultados. Bombaim 0,7%. Em Wall Street, o índice S&P 500 registrou o pior desempenho dos últimos três meses: -1,54%. Abaixo também Dow Jones -1,24% e Nasdaq -1,94%. O índice Vix, que mede a volatilidade, disparou: +32% para 15,5 pontos. O ouro subiu pelo segundo dia consecutivo a US$ 1.288 a onça. 

ATÉ MAÇÃ CONTRA TRUMP. CADE WAL-MART 

Tim Cook, CEO da Apple -1,9%, juntou-se ontem ao coro de protestos dos grandes nomes do empresariado americano que se dissociaram de Donald Trump após as declarações do Presidente que ontem agravaram a situação ao criticar a demolição de estátuas em memória dos confederados. Os dados da empresa também foram negativos: a Cisco caiu 4% após os dados da empresa. Wal-Mart também caiu -1,6%. A gigante do varejo registrou ganhos de US$ 2,90 bilhões, US$ 96 por ação, abaixo dos US$ 3,78 bilhões, US$ 1,21 por ação, no mesmo período do ano passado.

ALIBABA BRILHA: RECEITAS +56% 

Em vez disso, o Alibaba brilha +2,77% em torno de 164 dólares, nas máximas de todos os tempos. Os resultados trimestrais da gigante chinesa do comércio eletrônico são excelentes: as receitas aumentaram 56% em relação ao ano anterior, para 50,1 bilhões de yuans, ou US$ 7,51 bilhões. O petróleo fechou em alta de 1,5% a 51,1 dólares o barril, a Eni caiu -1,3% na Piazza Affari. Saipem -0,4%. A empresa recebeu um novo contrato no segmento de Exploração e Construção no valor de aproximadamente US$ 850 milhões. 

O PESADELO DO TERROR NA ABERTURA EUROPEIA 

Fechamento das Bolsas do Velho Continente, travadas pelo alerta sobre o euro na ata do BCE e pela tendência da inflação, ainda em queda. Por outro lado, o eco do ataque ao Barcelona, ​​ocorrido perto do encerramento, não pesou. Mas os acontecimentos na Catalunha vão pesar na abertura desta manhã. Durante a noite, os terroristas tentaram novamente atacar, novamente na Catalunha, em Cambrils: seis civis ficaram feridos, dois dos quais em estado grave. A polícia matou quatro supostos terroristas em um tiroteio, supostamente usando cintos cheios de explosivos. 

Na Piazza Affari, o índice Ftse Mib caiu 0,89%, para 21.789. Frankfurt -0,49%, Paris -0,57% e Londres -0,61% também caíram. Na reunião de 20 de julho, representantes do conselho do Banco Central Europeu expressaram preocupação com a possível reação excessiva do euro, destacando que condições favoráveis ​​de financiamento "não podem ser dadas como certas" e dependem da política monetária acomodatícia de Frankfurt. 

A mensagem de Mario Draghi teve efeito imediato: a moeda única caiu em minutos abaixo de 1,17 em relação ao dólar (-0,8%) para o menor nível desde 27 de julho, para reduzir pela metade a perda no final da sessão (fechando em 1,714 com queda de 0,4%). 
As BTPs registraram alta modesta em uma sessão com volumes tipicamente de verão em que a ata da reunião do BCE no final de julho não dava um rumo preciso. O spread entre Itália e Alemanha está a valer 160 pontos base, sobre os valores do dia anterior. mesmo nível do fechamento anterior. Da mesma forma, a taxa de referência de 2,03 anos está sendo negociada a 2,04%, de XNUMX% na quarta-feira. 

BANCO DE PRESSÃO E GERENCIADO 

A perspectiva de adiamento da alta de juros nos EUA e a falta de tapering na Europa pesaram sobre o setor bancário, que caiu 1,27%. Unicredit -2,05% e Ubi Banca -2,62% tiveram forte queda. O Banco Bpm cai 1,58% apesar de os analistas do Barclays terem aumentado a meta para 4,15 euros face aos anteriores 3,3, confirmando a opinião do Overweight. O Banca Intesa está melhor -0,34%. 
As outras finanças também são ruins. Na carta, gestão de ativos: Fineco –1,8%, Azimut -1,54%. As seguradoras estão em baixa: Generali -0,84%, Ugf -1,04%. 

FREIE O CARRO, A CNH SE DEFENDE 

O setor automotivo está no vermelho. As negativas que chegam aos borbotões da China, quanto a rumores de ofertas de compra de algumas marcas, deflacionaram apenas parcialmente a Fiat Chrysler -1,9% e a Exor -1,79%. Ferrari -1,06% e Brembo -1,01% também caíram. Na linha d'água Cnh Industrial -0,15%, favorecida pela melhora do preço-alvo pelo JP Morgan. 

SALGUE O LUXO. RECORDATI POSITIVO E MEDIASET 

Vale a pena notar novamente: as concessionárias perdem terreno após um começo brilhante: Enel -0,6%. O grupo entrou em um acordo de equidade fiscal no valor de aproximadamente US$ 340 milhões para o projeto do parque eólico Red Dirt de 300 megawatts em Oklahoma. Após o recorde histórico, o Atlantia perdeu 1,1%. Destaques do luxo: Moncler +1,88%, Tod's +1,6%, Yoox +0,77%. A exceção é Salvatore Ferragamo -1,98%. Também subiram Recordati +0,77%, Mediaset +0,53% e Campari +0,33%.

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