Os despedimentos correm o risco de sobreaquecer o outono dos bancos e será preciso toda a capacidade do tandem Mussari-Micheli da ABI para evitar lacerações. A contabilização dos despedimentos é impiedosa: além da Mps, que no total tem de reduzir o quadro de pessoal em 4.600 unidades (mas em parte com venda de ativos) está em cima da mesa o caso da Bpm (700 despedimentos), mas também aquele do Banco Popolare (cerca de mil despedimentos), Popolare di Bari (250), Unicredit (3.500), Intesasanpaolo (5.000), Ubi (1.578).
Já está aberta uma mesa entre a Abi e os sindicatos mas, felizmente, ontem saiu no Diário Oficial o texto do decreto sobre as redes de previdência no banco. Trata-se essencialmente do novo Fundo de Redundância e da introdução dos chamados contratos expansivos de solidariedade. No banco, o subsídio de reforma antecipada será reduzido em 8%, mas os cheques de apoio ao rendimento estão prontos. No entanto, falta ainda uma circular do INPS para operacionalizar a nova legislação e o novo Fundo, aguardado com grande expectativa pelos bancos e trabalhadores.
