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O anúncio de recapitalização bancária de Merkel-Sarkozy é bom para os mercados

Piazza Affari abre mais alto - O projeto da Alemanha e da França ainda é vago, mas é finalizado na próxima cúpula de Cannes no início de novembro - Enquanto isso, a Bélgica nacionaliza sua parte de Dexia - Ásia de duas faces: Cingapura e Sydney indo bem, mas Xangai em seu ponto mais baixo porque teme a bolha imobiliária chinesa – Guerra à última votação no Bpm

O anúncio de recapitalização bancária de Merkel-Sarkozy é bom para os mercados

CHINA, O MERCADO IMOBILIÁRIO QUEBRA
AÇÕES DE SHANGAI NO MAIS BAIXO DESDE ABRIL DE 2009

Partida de duas caras para as tabelas de preços asiáticas. Tóquio está fechada para férias, mas a nota negativa vem de Xangai, agora de volta a todo vapor após as férias do início de outubro. As férias, relata a agência estatal Xinhua, foram marcadas por algo novo: as transações imobiliárias, que nesta ocasião atingem seu ponto mais alto, foram muito menos numerosas do que há um ano. Em suma, a bolha parece prestes a estourar. Enquanto isso, Zou Qiren, membro do conselho do banco central de Pequim, anunciou em entrevista que a política monetária ainda permanecerá rígida porque a inflação está longe de ser controlada. A reação dos mercados foi imediata: o ICBC, o gigante bancário chinês, perdeu 2,8%. Os preços das ações estão no nível mais baixo desde abril de 2009.

MERKEL-SARKOZY: PLANO PARA SALVAR OS BANCOS EM BREVE
MAS A RECEITA PERMANECE VAGA. CAMERON: PRECISA DE UMA BAZOOKA

A Europa tem apenas algumas semanas para evitar um desastre de dimensões globais. Para isso, porém, é preciso adotar uma política de choque, usando uma "Grande Bazuca" financeira para sacudir os mercados financeiros. Este é o apelo feito pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, em entrevista ao Financial Times, enquanto decorria em Berlim o encontro entre Angela Merkel e Nicolas Sarkozy. Os primeiros-ministros da França e da Alemanha, ao menos aparentemente, responderam ao apelo: até o final do mês, prometem, um "pacote de medidas globais estará pronto, incluindo o plano de recapitalização dos bancos". O projeto será então submetido à apreciação do G 20 agendado para os dias 3 e 4 de novembro em Cannes. Além disso, a França e a Alemanha estão planejando "mudanças importantes" no tratado da União Européia para "maior integração da zona do euro". Essa unidade de intenção será suficiente para tranquilizar os mercados? É legítimo duvidar porque a divergência de opiniões entre Paris e Berlim sobre o financiamento de resgates bancários não foi resolvida: a Alemanha insiste em operações de capital, Paris pede direção e intervenção financeira do fundo Salva States. Além disso, as diferenças no mecanismo de resgate grego permanecem intactas. Berlim pedindo maior sacrifício aos credores privados, a França não pretende revisar o acordo de 21 de julho. Em suma, o único resultado concreto diz respeito à confirmação da intenção política de não causar falência na Europa. É muito, corre o risco de não ser suficiente.

BÉLGICA NACIONALIZA SUA PARTE DA DEXIA: 4 BILHÕES
PARIS, PREOCUPADA COM SEU TRIPLE A, ESTÁ MAIS GEAN

O primeiro gesto concreto não tardou: o resgate do Dexia, a vigésima instituição europeia em valor de ativos. No final da manhã, os governos da Bélgica, França e Luxemburgo emitiram um comunicado conjunto no qual anunciavam seu "total apoio às propostas da administração" do Dexia, o banco assolado pela crise. Assim ficou decidido o remendo da instituição: a venda do Dexia Banque Belgique, para o qual o ministro das Finanças, Didier Reynders, não descartou a participação de 100% do governo, e a divisão das garantias a serem prestadas a um futuro 'bad bank' que será criado arrecadar todos os ativos tóxicos da instituição, suspensa na Bolsa desde a última quinta-feira após perder 42%. A aventura política do novo primeiro-ministro belga, após 482 dias de crise, abre-se assim com a nacionalização de um dos principais bancos do país. A Bélgica assumirá a maior parte do buraco por um valor de cerca de 4 bilhões. Uma coletiva de imprensa será realizada em Bruxelas às nove. O cridi de Dexia também teve sérias repercussões para os poupadores italianos. São 101 emissões do banco também colocadas na Itália; 24 listados no Mot para um total de 4,9 bilhões. O valor médio, depois de uma semana terrível, caiu cerca de um bilhão: só falta esperar o pagamento no vencimento. Talvez até em 2019.

DEPOIS DA FITCH, A ITÁLIA PERDEU A DUPLA A
MAIS DIFÍCIL ENTRAR EM CARTEIRAS DE FUNDOS

E três. Mais uma vez o mercado financeiro italiano se depara com uma desvalorização do Bel Paese, a terceira em pouco mais de um mês. A última a agir foi a Fitch que, após o fechamento dos mercados, rebaixou a dívida italiana de AA- para A+ com perspectiva negativa. A agência de rating reconhece que o governo italiano reforçou a consolidação fiscal e deu uma boa resposta aos pedidos do Banco Central Europeu. Mas isso não foi suficiente para justificar uma nota melhor do que as da Standard & Poor's e da Moody's. Talvez porque, como comentou o gerente-geral do Banco da Itália, Fabizio Saccomanni, as agências "agora andam em bandos". O último corte, no entanto, promete não ser indolor. De fato, com a decisão da Fitch, a Itália perdeu o último duplo A, requisito previsto para os investimentos de uma vasta categoria de investidores institucionais e seguradoras que devem a exposição de títulos do governo com um único "A"

CINCO LISTAS PARA BPM, HARPS E BONOMI NA PISTA
DESAFIO DOS AMIGOS BANKITALIA. AMANHÃ O CORPO

Nas mesmas horas em que baixou o rating da Itália, a Fitch também cortou o rating da Espanha de "AA+" para "AA-", com perspectiva negativa. Confirmou-se o rating de Portugal, «BBB-», com Credit Watch negativo. Cinco listas vão concorrer aos 19 lugares do conselho fiscal do BPM. De fato, às 17 horas do sábado, 8 de outubro, foram arquivados os nomes dos candidatos: Amici Bpm, Fabi-Fiba aliada a Sator de Matteo Arpe, Investindustrial de Carlo Bonomi, Assogestioni e a tradicional lista de acionistas não funcionários. Assim, o desafio ganha vida. Entre polêmicas animadas, como é a tradição da Piazza Meda. O nó principal diz respeito à presença na lista de Amigos, que pode contar com o apoio de Uilca e Fisac ​​(além de aposentados) de cinco candidatos já presentes na antiga diretoria, em aberto contraste com as recomendações do Banco de Itália, que espera "a renovação completa dos órgãos sociais, através de escolhas de alto nível e clara descontinuidade em relação ao passado". “Não contestamos o Banco da Itália – respondeu o secretário-geral de Uilca Massimo Masi -. A carta do Banco da Itália enfatiza a descontinuidade, mas deve-se levar em conta que também deve haver continuidade na gestão do banco”. É com este espírito que nos preparamos para o conselho de administração de amanhã, dedicado à apuração das carreiras internas e de eventuais irregularidades decorrentes dos jogos patronais: a espada de Dâmocles do Banco de Itália paira sobre a assembleia que, confrontada com irregularidades em , poderia recorrer ao Tuf e congelar os direitos de voto dos Amigos, ou a lista do cartão mais forte. O candidato à presidência do conselho fiscal da lista de Amigos é, em todo caso, um nome acima de qualquer suspeita: Filippo Annunziata, contador, bocconiano, muito estimado no Banco da Itália.

A lista elaborada por Fabi e Cisl entra em campo contra a Friends, fortalecida por Matteo Arpe que apresenta Marcello Messori como candidato à presidência. O verdadeiro antagonista do Arpe é Andrea Bonomi, forte por 2,63%, que apresenta sua própria lista liderada por Ulrich Weiss, ex-Deutche Bank: o objetivo é conquistar as duas vagas garantidas aos minoritários para depois formar um bloco junto com os Friends. A Assogestioni também entra em campo com três candidatos: Roberto Perotti, Lucia Callosa e Francesca Cornelli. Por fim, a histórica lista minoritária de acionistas não funcionários encabeçada por Pietro Lonardi. Aqui estão as equipes nos boxes de largada de uma corrida um tanto louca: nas próximas duas semanas, enquanto Massimo Ponzellini (agora presidente cessante) e o gerente geral Enzo Chiesa (que almeja um papel fundamental no conselho de administração, apesar do pedido de descontinuidade ) vão e voltam a Roma, a busca pelo último voto começará esta manhã nas filiais do Bpm.

Negociação total em Detroit entre o UAW e a Chrysler para fechar o contrato antes que as fábricas reabram em algumas horas. Caso contrário, conforme anunciado pelo sindicato, pode surgir a possibilidade de arbitragem prevista no contrato. Mas seria um duro golpe para Sergio Marchionne, depois dos contratos firmados entre GM e Ford que o dirigente ítalo-canadense considera oneroso demais para os cofres da Chrysler.

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