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A crise grega cai como uma pedra nas bolsas de valores. E o Milan é o pior da Europa

por Ugo Bertone – Queda de 2,16%, a mais forte da Europa, para o Ftse/Mib, que caiu abaixo de 20 pontos, principalmente devido a perdas bancárias – No A2A, ou você volta ao acordo de março ou Edison corre o risco de se tornar todo francês – Ferruccio Ferragamo: “Depois do IPO não faremos como a Bulgari”

A crise grega cai como uma pedra nas bolsas de valores. E o Milan é o pior da Europa

A crise grega invade as cotações das bolsas europeias. E geralmente são os bancos que pagam o preço. Uma característica que, em parte, explica porque a Bolsa de Valores de Milão (-2,16 o Ftse/Mib ) é mais uma vez a retaguarda do Velho Continente, ainda mais que a CAC parisiense (-1,39%), apesar de Na Pela manhã, a Moody's atacou os três gigantes do crédito francês (Socgen, Agricole e Bnp Paribas) precisamente por causa de sua exposição excessiva aos bancos de Atenas. Enquanto isso, o euro enfraqueceu em relação ao dólar para 1,428 de 1,445 no dia anterior. O futuro no Ftse/Mib caiu abaixo do limite de 20 mil pontos. O índice Ftse Mib, em baixa de 2%, para 19.926 pontos, está próximo da mínima do ano de 18.807 pontos, atingida em 7 de janeiro.No último mês, o principal índice Piazza Affari perdeu 8,3% e anulou os ganhos acumulado nos meses anteriores: desde o início do ano a perda é de 1,1%

AGÊNCIAS DE RATING REJEITAM PLANO EUROPEU PERDAS PESADAS PARA BANCOS

À tarde, enquanto os ecos dos tumultos na Praça Syntagma chegavam às salas de negociação, dois golpes das agências de rating derrubaram o setor. O primeiro Ko veio de Fitch. A agência, depois de analisar as características do plano de resgate traçado pelas autoridades alemãs, cairia na categoria de "trocas de dívidas em dificuldades". Simplificando, a substituição dos atualmente nas mãos dos credores de Atenas por novos títulos em piores condições não poderia ser julgada uma operação "voluntária", mas sim uma imposição contra o mercado, capaz de desencadear uma tempestade no Lehman Brothers, como o temores do BCE (incluindo o futuro presidente Mario Draghi, que recebeu ontem o OK do Parlamento Europeu). À tarde, para piorar a situação, chegou outro torpedo da Standards & Poor's, que desenvolveu uma primeira e devastadora simulação do impacto da reestruturação do crédito grego sobre o capital bancário. Um teste de estresse, infelizmente, real. A consequência? O Intesa Sanpaolo perdeu -3,4%, ainda que Corrado Passera possa respirar aliviado por ter fechado com sucesso a operação de capital na hora. O Unicredit também está em baixa (-2,8%) mas muito pior para Ubi Banca (-4,11%), Mediolanum (-3,48%), Mediobanca (-3,46%) e Bpm (-3,31 a 1,604) agora a preços muito baixos.

ALARME A2A: OU VOLTAMOS AO ACORDO DE MARÇO OU EDISON RISCA SER TODO FRANCÊS

Sobre a reorganização da Edison (EDN.MI: Quotazione) ou uma nova solução será alcançada até julho, inclusive italiana, ou será devolvido o rascunho de março no qual também havia o acordo da EDF francesa que foi então bloqueada por o Ministro da Economia, Giulio Tremonti. Esta é a mensagem lançada pelo presidente do conselho fiscal da A2A, Graziano Tarantini. Até porque, se não agirmos rapidamente, o risco de irmos a um leilão competitivo dos ativos de Edison com os franceses claramente mais fortes torna-se cada vez mais concreto. "Edf é uma coisa, A2A é uma coisa", disse Tarantini, respondendo a perguntas dos acionistas durante a assembleia que aprovou o dividendo de 2010 de 0,096 euros. “Se temos uma solução totalmente italiana que nos iguala aos franceses, seja bem-vindo e viva a Itália”. “Esperamos que haja uma solução até julho sem chegar perto de 15 de setembro: ou há soluções compatíveis conosco ou retomamos a anterior”, que previa a maioria francesa em Edison enquanto os acionistas italianos agrupados em Delmi em minoria e com o desempacotamento dos ativos Edipower. Giuliano Zuccoli, presidente do conselho de administração, também reiterou que “o esqueleto do acordo está aí. A mesa com os franceses foi aberta. Não existem cenários alternativos ao de março e se forem apresentados devem em todo o caso ser consistentes com o objetivo de defender os interesses dos nossos acionistas”. Por fim, abrem-se também as portas à hipótese da criação de uma holding que reúna todas as participações do Município de Milão: "Uma holding que gere participações vai no sentido de melhorar as relações com os accionistas, por isso sou a favor", concluiu Zucolis.

FERRAGAMO: O PAGAMENTO SERÁ ENTRE 40 E 50% E FERRUCCIO GARANTE: NÃO FAREMOS COMO A BULGARI

O IPO da Prada em Hong Kong corre o risco de ser menos triunfante do que o esperado, se as dúvidas expressas ontem pelo Financial Times forem válidas. Enquanto isso, Ferragamo, o primeiro calouro da Piazza Affari de 2011, está na reta final: a estreia, aliás, está marcada para 29 de junho, La maison, conforme declarou Ferruccio Ferragamo na etapa milanesa (a última ) do road show, espera distribuir um dividendo em 2011 igual a 40-50% do resultado líquido. O número um da casa de moda disse isso. Sobre o dividendo, o dono do grupo disse que o assunto "tem sido discutido com a família e presume-se que será igual a 40-50% do resultado". No entanto, a empresa descartou que o IPO possa torná-la uma "presa" uma vez listada na Bolsa e não seguirá o destino da gigante do luxo Bulgari, recentemente adquirida pela francesa LVMH. "Absolutamente não", respondeu o presidente Ferruccio Ferragamo aos que lhe perguntaram se após a estreia na Piazza Affari a empresa poderia terminar como o grupo Capitolino.

WALL STREET, FINANCEIRAS E FORD UNDER FIRE(-2,6%) ESTREIA BOOM DA PANDORA, A RÁDIO NA WEB: +30%

O dia negro das bolsas é confirmado pela tendência dos índices americanos. Sobre o Dow Jones (-0,8%), Nasdaq (-1%) e S&P500 (-0,9%) pesa em particular o valor da manufatura do Estado de Nova York, que caiu 7,8% em junho ante estimativas de crescimento de 12%. Aqui também, as quedas foram impulsionadas pelas ações financeiras (-1,1% do índice do setor), mas a perda mais massiva diz respeito às ações da Ford (-2,6%). Enquanto isso, os calouros da Internet estão aquecendo os músculos. À espera da "mãe de todas as IPOs", a do Facebook (no valor de cerca de 100 mil milhões de dólares, pelo menos), cabe à Pandora seguir o exemplo do Linkedin, em desaceleração após a IPO recorde. A rádio na Internet anunciou que havia vendido as ações do IPO a um preço de 16 dólares cada: no início do road show havia dado indicações de um preço entre 10 e 12 dólares. A empresa levantou $ 235 milhões para 14,7 milhões de ações emitidas. A estreia correspondeu às expectativas: +30% Agora, em breve, seguirá a oferta do Groupon, sobre a qual já se formaram dois partidos opostos de "fãs" e detratores. E, ainda mais aguardado, está a oferta da Zynga, empresa que tem dezenas de milhões de seguidores de Farmville, o jogo mais popular da internet.


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