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Juve festeja: vence em Palermo (2-0), agradece Amauri e ultrapassa o Milan no topo da classificação

Os bianconeri venceram em Palermo (2-0) e ultrapassaram o Milan na liderança graças a um golo do ex-Amauri que condenou os rossoneri no coração da zona de Cesarini – Eufórico Conte: “Fizemos uma longa caminhada e estivemos bem aproveitando duas paradas inesperadas do Milan” – Na quarta-feira, a Juve recebe a Lazio vitoriosa contra o Napoli

Feliz Páscoa para a Juventus e seus 14 milhões de torcedores, que inesperadamente se encontram no topo da tabela depois de um sábado louco como nunca antes. O paradoxo é que a Juve deve boa parte da primazia a Amauri, até poucos meses atrás um jogador indesejado e contestado, que corre o risco de se tornar o símbolo de um triunfo. O resto voltou a ser feito por Antonio Conte, capaz de colocar em campo a habitual equipa combativa e determinada, nada intimidada por "ter de vencer à força". A Serie A tem assim uma nova dona, que já não poderá esconder: o título está nas suas mãos e a 7 jornadas do fim não é pouca vantagem. Claro que ainda existem muitas armadilhas, a começar pela partida contra a Lazio na noite de quarta-feira, mas a Juve dá a ideia de estar pronta para superá-las. Por outro lado, os números estão com ela: sem derrota e melhor defesa, tudo o que falta para costurar o scudetto na camisa. À obra construída por Conte falta apenas uma última peça, para vencer sob o peso das responsabilidades. Se ela for bem-sucedida, ninguém poderá tirar esse título dela.

O JOGO

Antonio Conte havia definido a partida em Palermo como "a primeira de 8 finais", uma espécie de premonição que se tornou realidade após a derrota do Milan. E assim, quando o árbitro Brighi apita às 18.30h3, a Juventus se depara com a possibilidade de ultrapassar os rossoneri, uma chance mais tentadora do que qualquer ovo de Páscoa. Como seria de esperar, Conte alinhou a sua equipa num 5-2-11, com apenas uma surpresa: na esquerda não está De Ceglie mas sim Estigarribia. Em plena emergência defensiva, Mutti respondeu com um Palermo de forte tração traseira, que desde o início renunciou a qualquer ambição ofensiva. A Juve está empolgada como nunca, e em apenas vinte minutos já tem três gols claros como a luz do dia, frustrados, na ordem, por Quagliarella (arremessador de excelente posição), Vucinic (chute ao lado após pular o goleiro) e Caceres (erro sensacional na frente do gol de Viviano). Em suma, quem espera um jogo árduo logo se tranquiliza, o jogo é disputado a um só gol, o rosanero. A posse de bola da Pro Juve é quase embaraçosa, mas depois dos primeiros minutos terríveis o Palermo se acomoda, até porque os alvinegros tentam romper apenas nas ruas centrais, o que enfurece Conte. No segundo tempo o roteiro não mudou, e aos 22 minutos o bloco rosanero desabou: escanteio de Pirlo, brecha imperiosa de Bonucci e vantagem alvinegra. Mesmo depois do gol decisivo, a Juve continuou atacando como se nada tivesse acontecido. Aos XNUMX minutos, Conte substituiu um Vucinic bastante inconclusivo por Matri, deixando Quagliarella em campo e o atacante napolitano retribuiu imediatamente, pegando a bola atrás de Viviano com um pé esquerdo mortal. Aliás, o jogo termina aqui, com o Palermo a evitar barcos perante os seus adeptos e a Juve a poupar energias tendo em vista o jogo com a Lazio. Aliás, a partir de quarta-feira serão todos finais, desta vez pra valer.

AS REAÇÕES

Com o recorde adquirido, Antonio Conte aparece na coletiva de imprensa sem a máscara de sempre: “Fizemos uma longa corrida e fomos bons em aproveitar duas paradas inesperadas do Milan. Posto isto, faltam sete jogos e o nosso calendário é mais difícil e exigente do que o do Milan. Claro, agora não estamos mais no início do campeonato…”. Resumindo, o tempo do "esconde-esconde" acabou, a Juve tem chances reais de conquistar o Scudetto. E não importa se isso aumenta a pressão: “Prefiro estar sempre na frente – continuou Conte – para não depender de ninguém”. O treinador da Juventus elogia a maturidade da sua criatura, adquirida graças ao trabalho e à dedicação: “Adquirimos consciência, a auto-estima aumentou e estamos a melhorar dia a dia. Como eu disse aos meninos: 'Queríamos a bicicleta, agora vamos pedalar até o fim'. Encontramo-nos a sete jogos do final em primeiro na classificação +1 sobre o Milan e ainda invicto. E eu gosto muito dessa coisa de estar invicto, porque mostra que o trabalho traz benefícios importantes. Tenho que parabenizar e dar crédito aos caras que são extraordinários." Encerramento dedicado a Amauri, o jogador da Juventus por excelência da época: "Estou duplamente feliz por ele, fez-nos um belo favor".

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