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Juve e Roma decepcionam, Napoli aproveita

Ao vencer e convencer em Udine por 3 a 0, o Napoli de Ancelotti aproveitou o meio passo em falso da Juve e o nocaute da Roma e encurtou a diferença para as campeãs italianas para 4 pontos – Depois de assumir a liderança com o habitual CR7, a Juve adormeceu e entrou por um gol de zombaria do Gênova (1 a 1) – a derrota da Roma em casa para o Spal (0 a 2) foi pesada.

Juve e Roma decepcionam, Napoli aproveita

Génova e Nápoles reabrem o campeonato! O primeiro ao travar a líder Juventus, o segundo ao vencer em Udine: o produto final é uma classificação encurtada, com a equipa de Allegri ainda na liderança mas com uma vantagem muito menos tranquilizadora do que antes. Até porque, além de pontos, a mensagem que vem deste sábado no campeonato é alta e clara: todos devem jogar no seu melhor, inclusive a Juve, caso contrário, o deslize está ao virar da esquina. E o discurso, com as devidas adaptações, é válido para todas as corridas, mesmo para a Liga dos Campeões: Roma sabe alguma coisa sobre isso, forçado a lidar com uma sensacional derrota em casa contra o Spal que põe em causa o seu valor e objectivos. Mas vamos por ordem (de classificação) e vamos partir do empate em 1 a 1 em Torino entre Juventus e Genoa, sem dúvida o resultado mais sensacional di este sábado. Porque se de Roma é legítimo, infelizmente para ela, esperar altos e baixos, não é o caso dos Bianconeri, até ontem praticamente perfeito. Na véspera, Allegri havia soado um alarme ("toda essa energia positiva reduz a tensão", avisou na coletiva de imprensa), mas poucos o levaram a sério.

Em vez disso, o sorteio do estádio (Juventude com Ronaldo aos 18 minutos, igual Gênova com Bessa aos 68 minutos), filho de um segundo tempo monótono e contido, fez jus ao seu desabafo, demonstrando que até a Senhora tem um rosto humano como os outros. “É mesmo uma pena, era um jogo para ganhar – rosnou o treinador. – Na segunda parte estávamos a dormir, provavelmente estávamos com a cabeça no Manchester e estas coisas não deviam acontecer, são jogos como estes que decidem os campeonatos. De qualquer forma, acho que esse sorteio pode nos fazer bem, significa que estaremos de volta coi pés no chão e vamos entender que para ganhar jogos é preciso trabalhar muito". Allegri não poderia saber que, logo em seguida, o Napoli encurtaria a classificação, mas é provável que ele tenha imaginado. Pegue um fora chance tal infatti teria sido imperdoável e Ancelotti ele não repetiu duas vezes. A Azzurra levou a melhor sobre a Udinese com um claro 3 a 0 e se è vero que o resultado talvez tenha sido muito duro, é também que os 3 pontos foram definitivamente merecidos. Mais uma vez, as escolhas de Carletto se mostraram acertadas: o giro funciona e se a isso se juntar a sorte, o resultado só pode ser positivo. Leve o gol da quebra de jogo: Fabian marca Ruiz, que entrou em campo 100 segundos antes devido a lesão de Verdi, com um esplêndido remate de pé direito (14'). E o 3 a 0 foi assinado por Rog (85'), que também assumiu por menos de um minuto: boa sorte, sim, mas também estratégia vencedor de um técnico que está fazendo do turnover a verdadeira novidade tática do Napoli.

Todos estão envolvidos, sem exceção, e mesmo aqueles que perderam o direito fixo padrão Mertens joga com garra e determinação, muito além do pênalti que extinguiu as ambições de virada da Udinese (82'). “Queríamos recomeçar como antes da parada e oferecemos uma bella prova de maturidade - comentário satisfeito de Ancelotti. – Foi uma vitória sofrida, mas merecida, com boas respostas de todos. Agora temos uma bela partida contra il PSG, vai ser quase decisivo para a passagem da ronda mas agora estamos em jogo, então vamos dançar…”. Difícil compromisso que os Azzurri, porém, eles vão enfrentar com a moral a todo vapor. Exatamente o oposto da Roma, que terá um adversário mais mole como o CSKA Moscou, mas também um clima subterrâneo, filho do ko contra Spal que arrisca pôr tudo em causa. Sim, porque o filé pré-stop parecia ter posto fim à crise de meados de setembro, ontem, porém, foram revisadas todas as quedas enigmáticas de desempenho de uma equipe tão talentosa quanto instável. 

“Estou com raiva, quero que todos se candidatem – trovejou Di Francesco. – Após o primeiro tempo em que fui feliz, só precisávamos do último passo, no segundo tempo, em vez disso, estávamos muito frenéticos, mesmo quando eram Rimasti em 10. Esse time me deixa louco, espero que todos estejam sempre no caminho certo. Felizmente já tem outro jogo na terça…”. É compreensível a frustração do treinador giallorossi, forçado a lidar com um 0-2 (Petagna de grande penalidade aos 38 minutos e Bonifazi de cabeça aos 56 minutos) que põe em causa toda a reviravolta feita até agora, ainda por cima no fim-de-semana de um derby milanês que era para ser uma oportunidade e que poderia prolongar ainda mais o classificação. Piadas de um campeonato louco, subestimado por muitos, mas que, no geral, não tem nada a perder.   

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