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Juve e Nápoles jogam a Copa da Itália: Sarri contra seu passado

No Olímpico de Roma, invulgarmente vazio, esta noite Juve e Nápoles perseguem o primeiro troféu da temporada – Sarri aposta em Cristiano Ronaldo e Dybala mas se perder entra em crise – Gattuso espera um golpe graças a Mertens e Insigne

Juve e Nápoles jogam a Copa da Itália: Sarri contra seu passado

A hora do primeiro veredicto. O futebol italiano acaba de recomeçar, mas já se depara com um ponto chave, nomeadamente a atribuição da Taça de Itália. Nápoles e Juventus eles vão disputar isso em um Olimpico inusitadamente vazio (21h), mas com o apoio de milhões de torcedores em frente à TV. Os recordes de audiência do fim de semana mostraram, se ainda fosse necessário, o quão grande é a fome dos italianos por futebol, e o que poderia ser melhor para saciá-la do que uma final entre dois rivais tão ferozes?

A noite romana oferece muito que pensar, a começar pela eterna duelo entre De Laurentiis e Sarri. Os dois, como qualquer casal separado que se preze, nunca perdem uma oportunidade de provocar um ao outro, mesmo que seja justo sublinhar que é sempre o primeiro a provocar, muitas vezes sem obter resposta. Foi o mesmo nesta véspera da Copa, com ADL para espanar as queixas do passado (“ele me traiu com a desculpa mais vulgar, a do dinheiro”) e Maurizio desistiu, pelo menos parcialmente. Porque no "não me importa o adversário que teremos pela frente, só penso em ganhar" pronunciado na conferência de imprensa, é evidente toda a vontade de "desnapolizar" de uma vez por todas, numa tentativa entrar em sintonia com um mundo, o preto e branco, que ainda luta para aceitá-lo.

Para te deixar com raiva Sarri, se alguma coisa, foram as perguntas sobre esta Copa que, hipoteticamente, poderia ser a primeira na Itália de sua carreira. “Eu me viro ic….i quando me dizem que ainda não ganhei nada - ele perdeu a cabeça - Eu tenho oito promoçõesEntendo que não é muito para quem está acostumado a falar de Liga dos Campeões e Scudetti, mas o meu tem sido um caminho difícil. Os meus resultados de estreia como treinador da Juve são os melhores em 50 anos, a minha média de pontos é a mais alta desde 1955 para um estreante: mas agora quero transformar tudo isto em algo concreto”.

Palavras que suscitam discussão e que, podemos apostar, sairão pela culatra como um bumerangue em caso de derrota, até porque seria a segunda final perdida após o da Supercopa contra a Lazio. Mas o treinador da Juventus evidentemente confia nos seus jogadores, apesar desta o jogo contra o Milan mostrou uma condição atlética ainda a ser quebrada. Não é por acaso que esta noite veremos uma formação modificada em relação à sexta-feira, não no sistema (agora não se discute mais o 4-3-3), mas em alguns homens. Na defesa, diante do confirmado Buffon, ele voltará ao início Cuadrado, que fará departamento com Bonucci, DeLigt e Alex Sandro. Mudanças também no meio-campo, onde o polêmico Pjanic (cada vez mais à beira de ser vendido) deixará a sala de controle do curvado, com Khedira e Matuidi interior para apoiar o tridente habitual Douglas Costa Ronaldo Dybala.

véspera silenciosa em vez de Gattuso, que, ao contrário de seu presidente, preferiu ficar calado e trabalhar no campo. Para Rino é a segunda final da Copa da Itália da carreira (como técnico, claro), novamente contra a Juve: a primeira no comando do Milan perdeu por 0 a 4 e esta, evidentemente, pode ser sua vingança. A tensão em Nápoles é muito alta, como se vê em um dos últimos treinos: quem pagou o preço foi um Lozano apático, expulso de campo (como Allan tempos atrás) por falta de esforço. Em suma, tolerância zero, testemunhando o quanto o troféu é sentido e não apenas pelo acesso direto à próxima Liga Europa: uma taça na vitrine tem sempre o seu motivo, ainda mais se a Juventus o enfrentar.

A última partida no campeonato viu prevalecer a Azzurri de Gattuso, mas a anterior deixa algum tempo, em parte porque já se passaram quase 5 meses, muito porque é razoável esperar uma senhora decididamente mais pontual. O plano azul para a Copa prevê um 4-3-3 com Meret no gol, Di Lorenzo, Maksimovic, Koulibaly e Mário Rui Em defesa, Zielinski, Demme e Fabian Ruiz no meio-campo, Callejón, Mertens e Insigne no ataque. O árbitro da partida será o Sr. Doveri de Roma: tudo menos um detalhe, em uma noite que promete ser mais quente do que nunca. 

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