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Italianos no exterior saem 285 por ano e apenas 1 em cada 3 retorna

FOCUS BNL - No portal europeu de mobilidade profissional (Eures) os italianos, especialmente os mais escolarizados, os candidatos a emprego estão no topo do ranking, à frente de espanhóis, romenos e portugueses - Os destinos mais procurados são Reino Unido, Alemanha, Suíça e Suécia - De cada três italianos que saem do país, apenas um costuma voltar

Italianos no exterior saem 285 por ano e apenas 1 em cada 3 retorna

De acordo com dados da OCDE, o número de migrantes internacionais aumentou entre os anos 90 e 2015 em cerca de 90 milhões de pessoas (+58%) e as migrações permanentes do resto do mundo para os países da OCDE em 2016 ultrapassaram o pico dos anos pré-crise com 5 milhões de imigrantes estrangeiros. Os protagonistas desses movimentos são sobretudo jovens com boa formação: em 2015, um em cada quatro migrantes na área do G20 tinha um alto nível educacional.

As candidaturas do portal europeu de mobilidade profissional (Eures) colocam os italianos à procura de emprego no topo do ranking, seguidos dos espanhóis, romenos e portugueses. Seguem-se os destinos preferidos dos candidatos a emprego: Reino Unido, Alemanha, Suíça e Suécia. Segundo dados do Eurostat, em 2016 os países da UE com maior percentagem de imigrantes altamente qualificados entre os 30 e os 34 anos foram a Dinamarca (59,8%), a Irlanda (58,4%) e o Reino Unido (54,7%), pelo contrário, Espanha, Itália e Grécia ocupam as últimas posições, acolhendo respetivamente apenas 22,4%, 13,4% e 12,3% dos jovens licenciados estrangeiros.

A Itália nos últimos anos tem se caracterizado por uma saída líquida crescente: segundo dados do Istat, em 2016 para cada três residentes que deixaram o país (114.512) apenas um retornou (37.894) para um saldo negativo total de 76.618 unidades. O número de italianos que saem do país chega a cerca de 285 mil por ano, um pouco menos do que o que caracterizou o pós-guerra (300 mil por ano).

Mesmo no caso da Itália, são sobretudo os jovens bem-educados que migram. Em 2002 a percentagem de diplomados com mais de 25 anos que se deslocaram para o estrangeiro foi de apenas 11,9%, enquanto em 2013 atingiu os 30% e em 2016 a chamada “fuga de cérebros” rondou os 34 mil. O relatório Almalaurea 2017 sobre o perfil de emprego dos graduados mostra que dos 262.347 alunos que obtiveram sua qualificação em 2015, um ano após a graduação, 12.068 trabalham no exterior (4,6%) e, dos demais, a maioria encontrou trabalho no norte da Itália ( 53%), 21% no Centro e apenas 14,7% no Sul.

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