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Itália, que façanha: Espanha derrotada, a final no domingo

Depois de um jogo de sofrimento absoluto, os Azzurri levaram a melhor nos pênaltis e conquistaram a final de Wembley – Hoje à noite estará decidido o adversário: Inglaterra ou Dinamarca – Mancini: “Agora é preciso recuperar as forças”

Itália, que façanha: Espanha derrotada, a final no domingo

Sonhos se tornam realidade. Itália vence Espanha e avança para a final de Wembley, onde enfrentará o vencedor do Inglaterra-Dinamarca (21 horas), e fá-lo no final da uma semifinal apertada, em que a Espanha provavelmente merecia algo mais. No final, porém, os resultados contam e os Azzurri conseguiram conquistá-lo nas penalidades, Onde Donnarumma e Jorginho foram decisivos.

Certamente não foi a melhor Itália, mas não importa: jogos como este são ganhos também graças a episódios e sorte, que no entanto não prejudicam um caminho que foi praticamente perfeito até agora, certamente superior ao de os ibéricos. Claro, ontem estávamos com medo, porque nosso desejo de posse de bola e jogo dominante colidiram um contra o outro a superioridade da Espanha, capaz de nos faça andar em círculos durante a maior parte da partida. Felizmente para nós, as Fúrias Vermelhas, tão boas em mover a esfera, eles não eram tão eficazes em acertar tiros, permitindo-nos manter-nos no jogo com unhas e dentes, mesmo nos momentos mais difíceis.

“Foi um jogo muito duro, a Espanha é uma grande equipa, é dona da posse de bola – a análise de Mancini – Fizemos uma boa corrida, mas não como de costume. Eles nos colocaram em apuros no começo, depois encontramos as coordenadas certas e não sofremos muito, mas sabíamos muito bem que teríamos que sofrer. O mérito é dos rapazes, porque há três anos acreditaram logo em nós, mas ainda não acabou: agora temos de recuperar as forças que nos restam, porque há uma final a ganhar”.

“Foi a partida mais difícil que já joguei – ele ecoou Bonucci – Mais uma vez mostramos nossos valores, a capacidade de sofrer e a resiliência que nos distingue, italianos. Agora precisamos recuperar as forças, porque ainda falta aquele centímetro…”.

Muita alegria, enfim, pelo menos igual (se não, obviamente, superior) ao sofrimento vivido nos 120' em Wembley. Não há necessidade de escondê-lo, taticamente, a Espanha foi superior a nós, até porque desta vez, ao contrário do passado, pensámos poder vencê-lo no seu próprio terreno, nomeadamente o da posse de bola e jogo ofensivo. Que não teria sido assim, por outro lado, percebeu-se desde os primeiros minutos, quando ficou claro que a jogada de Luis Enrique por desista Morata (ou ao ponto de papel) em favor do “falsa nova” Dani Olmo havia pago.

Um dos nossos maiores pontos fortes, na verdade, viz Chiellini na marcação, falhou, mas em troca os espanhóis ganharam mais um homem no trocarte, forçando-nos, minuto após minuto, a recuar o centro de gravidade e cerrar os dentes. Nesse contexto, a Itália redescobriu a marca original de seu futebol, portanto o querido e velho contra-ataque, tão desprezado quanto útil - assim chegou o 60º o 1-0 do Chiesa, filho de um reinício vertical de outros tempos finalizado com o pé direito sob uma salva de palmas.

A essa altura Mancini tentou se cobrir inserindo novas forças (fora Emerson, Verratti e um impalpável Immobile para Toloi, Pessina e Berardi), mas o roteiro não mudou e a Espanha, aos poucos, ele quebrou o bunker aos 80 minutos com Morata, que substituiu Ferran Torres minutos antes: 1 a 1 e bola no centro, portanto ai adicional. Onde o roteiro, apesar das mudanças posteriores (Bernardeschi para Chiesa, assim como Locatelli e Belotti no lugar de Barella e Insigne), não mudou, com o blues em grande dificuldade quer na posse de bola (69% aos 31) quer nos remates à baliza (1 aos 4).

No entanto, o cronômetro seguiu seu curso, trazendo o desafio nas penalidades e lá nos saímos melhor, apesar da emoção inicial causada pelaerro de Locatelli. Felizmente, porém, logo depois, Dani Olmo também errou, trazendo imediatamente a partida de volta ao empate. A partir daí, raia verde para os dois lados (Belotti e Bonucci para nós, Moreno e Thiago Alcântara para eles), até o quarto pênalti: gol de Bernardeschi, erro de morata, hipnotizado por um Donnarumma glacial. O match point acabou nos pés de Jorginho, que mandou Unai Simon para o bar e para a praça para comemorar toda a Itália.

Agora começa uma longa contagem regressiva até domingo, dia da final, quando nos enfrentaremos os favoritos britânicos ou com os forasteiros dinamarqueses. Só saberemos esta noite, mas enquanto isso temos uma certeza: estaremos em Wembley, disputando um trono europeu que faltava desde 1968. Muita coisa, mas não o suficiente para ficar satisfeito, visto que, em a esta altura, a medalha de prata não faria jus ao nosso percurso, que ultrapassou todas as expectativas mais desvairadas, e por isso mesmo merecedor de um triunfo que por direito entraria nos livros de história.

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