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Istat: carga tributária no máximo, déficit/PIB em 4,1% (mas diminuindo)

A carga tributária está em 38%, a maior desde 2015. A propensão a poupar das famílias melhora

Istat: carga tributária no máximo, déficit/PIB em 4,1% (mas diminuindo)

No primeiro trimestre de 2019, oA carga tributária está no nível mais alto dos últimos três anos. A relação déficit/PIB está ligeiramente abaixo, que, em todo o caso, está a anos-luz dos objectivos europeus. Estes são os dados mais importantes comunicados hoje, 26 de junho, pelo Istat.

Entrando em detalhes, nos primeiros três meses do ano corrente, a carga tributária ficou em 38%, um aumento de 0,3 pontos percentuais face ao período homólogo de 2018. O instituto nacional de estatística Istat especifica que os dados se referem à comparação anual, entre trimestres iguais (a média anual da carga fiscal é de facto superior) e que tradicionalmente , no primeiro trimestre a carga tributária apresenta um nível menor do que no restante do ano.

Virando-se para o relação déficit/PIB, no primeiro trimestre de 2019 o valor caiu para 4,1% (-0,1% em relação a 2018). “O impacto do défice das contas das administrações públicas no PIB diminuiu ligeiramente face ao primeiro trimestre de 2018, correspondendo a uma evolução da despesa ligeiramente inferior à da receita (com aumentos de 1,4 e 1,6% respetivamente), comenta o Istat.

Il saldo primário foi negativo, com uma incidência no PIB de 1,3% (-0,9% no primeiro trimestre de 2018), enquanto o saldo atual, também negativa, teve um impacto no PIB de 1,6% (-1,5% no primeiro trimestre de 2018). O saldo primário registou o pior valor desde o início de 2016.

Entre os demais dados divulgados hoje pelo Istat destaca-se o aumento do rendimento disponível das famílias, com alta de 0,9% em relação aos três meses anteriores, enquanto o consumo cresceu 0,2% em termos nominais. “Consequentemente – explica o instituto – a propensão a poupar das famílias consumidoras foi igual a 8,4%, aumentando em 0,7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior”. O poder de compra das famílias também cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior.

“Após as duas quebras consecutivas nos trimestres anteriores, o rendimento disponível das famílias registou uma recuperação acentuada que, graças ao abrandamento da inflação, se traduziu directamente no crescimento do poder de compra. O aumento do rendimento – prossegue o instituto – traduziu-se de forma muito limitada num maior consumo, ao passo que a propensão a poupar aumentou”.

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