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Israel, massacre em Gaza: mais de 50 mortos, milhares de feridos

Protestos contra a inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém resultam em massacres na fronteira Israel-Gaza e Cisjordânia – Anistia Internacional denuncia uma 'vergonhosa violação das normas internacionais e dos direitos humanos'

Israel, massacre em Gaza: mais de 50 mortos, milhares de feridos

A inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém desencadeou uma série de confrontos muito duros entre manifestantes palestinos e o exército israelense. Coquetéis molotov e pedras de um lado, balas do outro. O balanço é de massacre: entre a Cisjordânia e a fronteira com a Faixa de Gaza, os últimos dados falam de 59 mortos e mais de 2.000 feridos, incluindo 27 em estado grave.

Segundo A Anistia Internacional, entre os palestinos mortos também há cinco menores. A associação denuncia uma “vergonhosa violação das normas internacionais e dos direitos humanos: muitas pessoas foram baleadas na cabeça e no peito; mais de 500 foram feridos por balas”.

"Um posto avançado americano não foi aberto em Jerusalém", disse o presidente palestino. Abu Mazen, que falou em "massacre" e reiterou que "a América não é mais mediadora no Oriente Médio". Abu Mazen então anunciou a "greve geral nos territórios palestinos" e três dias de luto pelos mortos em Gaza.

"Continuaremos a agir com firmeza para proteger nossa soberania e nossos cidadãos - respondeu o primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu – Todo país deve proteger suas fronteiras. O Hamas, uma organização terrorista, afirma que pretende destruir Israel e envia milhares de pessoas para romper a barreira defensiva para atingir esse objetivo”.

A Turquia convocou seus embaixadores nos EUA e em Israel para consultas. Ancara também decretou 3 dias de luto nacional. "Israel é um Estado terrorista" que "está cometendo genocídio", disse o presidente turco Erdogan.

"A responsabilidade pelo que está acontecendo claramente é do Hamas, que está provocando intencionalmente a resposta de Israel", disse um porta-voz do Casa Branca. Segundo fontes diplomáticas, os EUA bloquearam um pedido à ONU para uma investigação independente sobre o que aconteceu na fronteira entre Israel e Gaza.

Os confrontos foram condenados por quase toda a comunidade internacional: o mundo árabe, a ONU e a UE.

Said Abu Ali, secretário-geral adjunto da Liga Árabe com o pelouro da questão palestiniana e dos territórios ocupados, "pediu uma intervenção internacional urgente para travar o horrendo massacre perpetrado pelas forças de ocupação israelitas contra os palestinianos, em particular na Faixa de Gaza".

Federica Mogherini, Alto Representante para a Política Externa da União Europeia, espera “que todos atuem com a máxima moderação para evitar mais perdas de vidas”.

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