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Inps, efeito Covid: 45 mil milhões gastos em apoio ao rendimento

O relatório anual do instituto também mostra que o congelamento das demissões salvou cerca de 330 empregos: agora se espera um novo boom – Pensões: a diferença de gênero está aumentando

Inps, efeito Covid: 45 mil milhões gastos em apoio ao rendimento

Desde o início da pandemia, INPS gastou 44,5 mil milhões de euros em medidas de apoio ao rendimento, que atingiu um total de 15,1 milhões de cidadãos. Apenas para o dispensas, as despesas passaram de 1,4 mil milhões de euros em 2019 para 19 mil milhões em 2020: um aumento de mais de 1000%. Os beneficiários, que em 2019 eram pouco mais de 620 mil, ultrapassaram os 6,7 milhões no ano passado, com uma prestação média de 2.788 euros, incluindo encargos nocionais. Os dados constam do relatório anual do Instituto apresentado ao Parlamento.

BLOQUEIO DE LICENÇAS

O documento também mostra que bloqueio de demissões de março de 2020 a fevereiro de 2021, economizou cerca de 330 empregos, mais de dois terços atribuíveis a pequenas empresas (até 15 funcionários). Nos 24 meses anteriores à pandemia, a média anual de demissões, líquidas das disciplinares, foi de 560.

Agora o problema é perceber “como vai evoluir este saldo na sequência do levantamento do bloqueio aos despedimentos – prossegue o INPS – Recorde-se que nos anos anteriores à pandemia os despedimentos de natureza económica ultrapassaram meio milhão por ano, porém dinâmica de contratação positiva”.

PENSÕES

Em termos de pensões, o presidente do Instituto lança um alerta: "Em relação ao contexto macroeconômico - explica Pasquale Tridico - a dinâmica do gasto previdenciário é caracterizada por uma desaceleração do crescimento a partir de 2014. No entanto, a relação entre o número de aposentados e de ocupados mantém-se num patamar dos mais elevados do contexto europeu. Acresce que o rácio entre o valor total das pensões, em termos nominais, e o número de pessoas ao serviço cresceu 70% entre 2001 e 2020”.

Tridico também reitera que a despesa previdenciária italiana inclui um componente previdenciário, cuja identificação “pode alterar significativamente a análise e o posicionamento em comparação com outros países europeus”.

Os pensionistas italianos em 31 de dezembro de 2020 totalizaram aproximadamente 16 milhões, dos quais 7,7 homens e 8,3 mulheres. Entre 2012 e 2020, a diferença entre os rendimentos de reforma masculinos e femininos aumentou tanto nas prestações de antiguidade (de 400 para 550 euros) como nas prestações de velhice (de 200 para 250 euros).

RENDA DE TRABALHO

Quanto ao renda do trabalho, o salário médio anual dos colaboradores desceu de 24.140 euros em 2019 para 23.091 euros em 2020 (-4,3%) devido à quebra das semanas trabalhadas.

Segundo o Instituto, isto contrasta com o que aconteceu com a média dos trabalhadores do setor privado que trabalharam a tempo inteiro durante todo o ano: neste caso, os salários passaram de 32.668 para 36.448 euros (+11,6%). Estes dois dados "são indicativos de uma tendência de divergência no trabalho dependente, como consequência da precarização crescente".

O segurança social tributável caiu cerca de 33 bilhões, passando de 598 bilhões em 2019 para 564 bilhões em 2020 (-5,6%). Em valor absoluto, a contração mais significativa foi a dos empregados privados (de 369 para 340 bilhões, igual a -7,9%), enquanto para os autônomos a queda foi igual a -6%.

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