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Indústria metalúrgica, há recuperação, mas ainda muito fraca

FEDERMECCANICA, 124ª Sondagem Econômica da Indústria de Engenharia: após a desaceleração registrada no primeiro semestre de 2012, o setor mostra uma fase de recuperação nesta segunda parte do ano, mas ainda muito fraco e frágil em comparação com as expectativas.

Indústria metalúrgica, há recuperação, mas ainda muito fraca

Após o abrandamento registado no primeiro semestre de 2012, a economia mundial vive nesta segunda parte do ano uma fase de recuperação mais fraca e frágil do que o esperado.

O abrandamento do comércio mundial mas, sobretudo, o clima de incerteza quanto à eficácia das políticas orçamentais dos EUA destinadas a conter o crescimento da dívida pública têm um impacto negativo nas perspetivas de curto prazo, mas a crise da dívida soberana de muitos países pesa ainda mais fortemente da zona euro e o risco de as frágeis condições financeiras de alguns Estados-Membros poderem também contagiar os países da zona que apresentam atualmente situações económicas e financeiras mais estáveis.

No World Economic Outlook de outubro, o Fundo Monetário Internacional prevê que a economia mundial cresça 2012% em 3,3 para atingir 3,6% em 2013. O comércio mundial, que em 2011 tinha crescido 5,8%, fechará o corrente ano com + 3,2%, que deve subir para +4,5% em 2013. Com base nas estimativas do FMI, o Produto Interno Bruto dos países emergentes, apesar das repercussões decorrentes da fraqueza da demanda proveniente dos principais países industrializados, continuará, também neste ano, crescendo a um ritmo sustentado (+5,3%) ainda que inferior ao do passado (+6,2% em 2011).

Contribuíram para este resultado a China com +7,8% (+9,2% no ano anterior) e a Índia com 4,9% (+6,8% em 2011). Para os países avançados, o crescimento médio do PIB será de 1,3%, a previsão de +2,2% para os Estados Unidos e Japão contrasta com os -0,4% da zona euro a que se deverá seguir, em 2013, uma evolução contida de +0,2 %. Na União Europeia, Alemanha e França fecharão 2012 com um aumento próximo de um ponto percentual, enquanto para Espanha e Itália a adoção de políticas econômicas restritivas visando conter a dívida pública determinará uma contração igual a 1,5% e 2,3%, respectivamente.

As tendências negativas esperadas para o nosso país decorrem essencialmente da forte redução da procura interna que o Instituto Nacional de Estatística estima em 3,6% para o corrente ano, enquanto as exportações, que atenuaram em parte a contração do PIB, estão a sentir os efeitos da desaceleração económica nos principais países da zona euro para os quais a Itália destina mais de metade do seu volume de negócios para o estrangeiro. No que se refere à evolução da atividade produtiva no espaço da UE, aos resultados médios positivos alcançados em 2011 seguiram-se tendências substancialmente estagnadas ao longo de 2012.

No terceiro trimestre do corrente ano, apesar de uma melhoria parcial da conjuntura económica, a produção metalomecânica diminuiu, face ao período homólogo do ano anterior, 1,9% na Alemanha, 2% em França e 7% em Espanha, enquanto no Reino Unido, em forte contraste, o crescimento foi de 4,9%.

Leia a pesquisa completa baixando o pdf


Anexos: 124ª pesquisa conjunta da indústria metalúrgica_Federmeccanica_1112.pdf

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