O estudo "Empreendedorismo estrangeiro na Itália: diferenças nos modelos organizacionais e no desempenho" realizado pelo Departamento de Estudos e Pesquisas do Intesa Sanpaolo faz parte da leitura sobre o fenômeno do empreendedorismo imigrante na Itália, analisando o desempenho econômico-financeiro das empresas do período 2012-2015 e o posicionamento competitivo de uma amostra de mais de 135 empresas transformadoras e alguns serviços mais abertos ao mercado (alojamento e restauração, serviços empresariais, TIC, transportes e logística).
Utilizando uma metodologia e um conjunto de dados originais, as empresas foram classificadas, com base na composição do Conselho de Administração, em 3 tipos: italiana, estrangeira (composta apenas por diretores nascidos no mesmo país não industrializado) e híbrida (para as quais existem são diretores de diferentes nacionalidades e pelo menos um diretor nascido em países não industrializados).
As empresas estrangeiras são players menores, subcapitalizadas e caracterizadas por uma baixa intensidade de capital investido. Apresentam também desempenhos de crescimento (volume de negócios, colaboradores, valor acrescentado) superiores aos italianos, mas com margens unitárias (EBITDA) inferiores.
A par destes tipos de empresa, consolidou-se a empresa híbrida, estruturalmente maior e mais complexa (em número de dirigentes) e com um posicionamento competitivo mais articulado (em termos de internacionalização, medida pela presença em mercados externos com atividades de exportação , marcas e ramos produtivos e/ou comerciais). Essas empresas apresentam desempenhos de crescimento diferentes e peculiares, inferiores aos das empresas administradas apenas por um conselho de imigrantes, mas superiores às italianas.
Anexos: Empreendedorismo estrangeiro na Itália: diferenças nos modelos organizacionais e desempenho
