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Imóvel, China estremece e BCE acende holofotes

Imobiliário chinês volta a assustar: à espera de pagamentos de Evergrande, mas Fantasia desaba na bolsa (-35%) – A corrida aos tijolos, sobretudo no Norte da Europa, preocupa o BCE porque afeta os preços das casas e a inflação – Sempre acende na bolsa para o carro elétrico

Imóvel, China estremece e BCE acende holofotes

O IPO mais ousado de todos os tempos acontecerá em Wall Street hoje: as ações da Rivian, empresa que já produziu mil carros elétricos, serão ofertadas ao preço de 77 dólares cada, por uma capitalização de aproximadamente 67 bilhões de dólares, mais pela Stellantis ou pela Honda. No momento da oferta, a empresa, controlada em 22% pela Amazon, espera arrecadar 12 bilhões de dólares, outro recorde absoluto. Bezos pretende assim desafiar a Tesla, que, entretanto, perdeu ontem 12% na onda do anúncio da venda de um pacote de 10% nas mãos de Elon Musk, que desta forma se vai livrar de parte das suas dívidas pessoais.

Em suma, às vésperas do trimestral da Walt Disney, as novidades do mercado americano tendem a se assemelhar a uma história do Mickey Mouse, veja a rivalidade entre Tio Patinhas e Rockerduck. Mas desta vez o dinheiro é real, assim como é real a aceleração rumo à corrida do ouro do carro elétrico, que deixará muitas vítimas no mercado.

Enquanto isso, após oito sessões positivas ou, se preferirem, 12 altas nas últimas 19 (isso só aconteceu em 1971 e 1954), as bolsas de Nova York fecharam em baixa, assim como as chinesas. Em ambos os casos há a sombra de um hóspede indesejado: a inflação.

O índice CSI 300 das bolsas de Xangai e Shenzhen caiu 1%. Em outubro, os preços ao produtor na China registraram a maior alta dos últimos 26 anos, +13,5%. Os preços ao consumidor subiram 1,5% no mesmo mês, um pouco acima do esperado.

O mercado imobiliário chinês volta a assustar, cercado por um silêncio preocupante. O Fantasia Holding Group, um dos muitos desenvolvedores chineses com problemas de dívida, foi readmitido para negociação após seis semanas: as ações despencaram imediatamente, agora marcando uma queda de 35%.

A China Evergrande está perto da paridade: hoje o conglomerado de atividades imobiliárias e industriais deve pagar 148 milhões de dólares em cupons de títulos de três dólares.

A Bolsa de Valores de Hong Kong cai 1%. Em outros lugares, na Ásia-Pacífico, o índice Taiex de Taipei subiu ligeiramente, enquanto todos os outros mercados de ações caíram: Kospi de Seul -1%, Nikkei de Tóquio -0,5%.

Os contratos futuros da Nasdaq caíram 0,4%. O índice de alta tecnologia encerrou a sessão em queda de 0,6%. Dow Jones -0,31%, S&P -0,35%.

Após 126 anos de história, a General Electric (+2,6%) divide-se em três: saúde, energia e aviação. Assim termina a história do conglomerado mais importante da história.

O dado mais aguardado do dia é o da inflação americana: espera-se alta de 5,9% em outubro, ante +5,4% em setembro.

Sem choque para o mercado de títulos: a Nota do Tesouro de 1,46 anos está em sua menor cotação desde setembro, em XNUMX%.

O dólar está de volta à força após três sessões de queda em relação às suas principais contrapartes: o euro-dólar ligeiramente abaixo de 1,158.

Os preços do gás natural desmoronam após o aumento das exportações russas. Petróleo WTI sobe pelo quarto dia consecutivo e chega a 84,7 dólares o barril, cerca de um dólar abaixo das máximas de longo prazo. Os Estados Unidos disseram que uma comunicação sobre a possibilidade de liberação de alguns estoques estratégicos não está disponível.

BCE, ALARME SOBRE DESEJO DE TIJOLOS NO NORTE DA EUROPA

Tendência contrastada ontem nos mercados europeus face a uma situação que do lado da pandemia pende para o mau tempo. Entre os efeitos da época de estímulos, escreve o Boletim Económico do BCE, destaca-se o forte aumento da propensão à compra de imóveis por parte das famílias mais abastadas (44% dos 20% dos europeus mais ricos contemplam compras), mas isto em aos olhos de Isabel Schnabel, membro alemã do Banco Central, é o alarme de uma possível alta nos preços das casas. O alarme da inflação também ressoa nas palavras do holandês Knot, que, embora compartilhe da ideia de que o crescimento da inflação é "temporário", nos convida a levantar a guarda.

A própria Christine Lagarde prega cautela para os bancos, assim que a fase aguda da pandemia passar. Segundo o presidente, “agora precisamos abordar as consequências de longo prazo na qualidade dos ativos. O impacto total só se tornará visível gradualmente, o que representa desafios para a gestão do risco de crédito.” Neste contexto, porém, as listas assumem uma posição de espera, enquanto o euro cede algumas posições face ao dólar, ainda próximo de 1,16.

SPREAD ESTÁVEL, BTP FUTURA AUMENTA BILHÃO

Os rendimentos dos títulos caíram no fechamento: o título de 0,85 anos caiu para 033%, uma nova baixa desde meados de outubro. O spread face ao Bund, baixou para -113%, mantém-se em torno dos XNUMX pontos.

Continua a colocação do Btp Futura a 12 anos, que no final do segundo dia da oferta arrecadou 1,009 mil milhões de euros, que somados aos 958 milhões do primeiro dia elevam o total provisório para 1,967 mil milhões.

A rodada de leilões no meio do mês começa hoje: o leilão anual de bots é esperado, com rendimentos que devem cair. No mercado cinza, a taxa do voucher de novembro de 2022 está em torno de -0,540%, a ser comparada com os -0,474% em meados de outubro.

Por fim, o BCE anunciou que fez compras no valor de € 15,62 bilhões na semana passada, como parte de seu Programa de Compras de Emergência Pandêmica (PEPP). O número aumentou acentuadamente em comparação com os 8,2 bilhões da semana anterior. Por outro lado, as compras no contexto do Qe estão desacelerando.

MILÃO -0,97%, A RECUPERAÇÃO ACELERA

O Milan fecha com a camisola preta, -0,97%, 27.521 pontos, num contexto europeu sem rumo preciso.

Boas notícias vêm da economia de Bel Paese. A Itália vai recuperar os níveis do PIB pré-Covid "provavelmente ou quase certamente" no primeiro trimestre de 2022. Foi o que afirmou o ministro da Economia, Daniele Franco, no final da reunião do Ecofin. Franco lembrou que antes esperava que o PIB pré-Covid fosse atingido no segundo ou terceiro trimestre. A inflação também está sob controle. “Na Itália – diz Franco – a dinâmica da inflação é significativamente menor: veremos como isso é temporário, mas já se arrasta há algum tempo e isso nos ajuda a recuperar alguma competitividade”.

O ZEW MELHORA, MAS A ALEMANHA DESACELERA

Frankfurt fechou em leve queda (-0,02%), diante de dados econômicos incertos. O índice Zew sobre a economia alemã saltou para 31,7 pontos em novembro, ante os 22,3 anteriores e previsões de 20,0 pontos. Mas o índice sobre as condições econômicas alemãs ficou em 12,5 pontos, pior que o número anterior de 21,6 e contra as estimativas de 18,30.

A Reuters relata que os consultores econômicos do governo alemão estão cortando suas estimativas de crescimento para o ano atual: a atualização do comitê de sábios agora diz +2,7% em 2021, de +3,1% estimado em março. Em setembro, as exportações da Alemanha caíram 0,7%, pior do que o esperado.

A balança comercial da Alemanha em setembro registrou crescimento para 16,2 bilhões, acima das estimativas (16 bilhões).

NISSAN FAZ RENAULT VOAR. CARREFOUR, PONTO DE VIRADA DIGITAL

 Paris e Madri estão estáveis, enquanto Amsterdã perde 0,3% e Londres marca -0,36%. Fly Renault (+3,79%): a subsidiária Nissan (controlada pela Regie em 43,4%) contribuirá com 157 milhões de euros para os resultados do terceiro trimestre.

O Carrefour (+2,26%) anunciou investimentos maciços (até 10 bilhões de euros até 2026) para se tornar protagonista nas vendas online. Um acordo com a Meta (ex-Facebook) também foi anunciado nesta luz.

CHINA ALARME: GOLDMAN AFUNDA MONCLER

O relatório de luxo da Goldman Sachs derrubou Moncler (-3,14%), rebaixou para vender de neutro mesmo com um preço-alvo de 61 euros ante os 60,5 anteriores. O que preocupa os analistas são as restrições impostas pelo presidente chinês, Xi Jinping, ao imposto sobre os ricos e à prosperidade comum. Embora o quarto trimestre do ano, até o momento, tenha registrado bons desempenhos, o banco de investimentos vê uma deterioração do mais importante mercado de luxo.

FERRAGAMO: “BOM” EDIÇÃO DE OUTUBRO

Por outro lado, Tod's acorda (+4,01%). Salvatore Ferragamo +0,96%. O vice-presidente Michele Norsa definiu as estimativas de consenso como "razoáveis" e o desempenho de outubro como "bom". Marco Gobbetti assumirá o cargo de CEO no início de 2022. Safilo também sobe (+3,6%).

UNICREDIT SAI DA TURQUIA, POP SONDRIO DE VERMELHO

Entre os bancos, o Unicrédito mudou de rumo na tarde (-0,84%), que queimou a alta da manhã após o anúncio do alienação de toda a participação remanescente na Yapi Kredi da Turquia. A transacção vai gerar um impacto negativo na conta de resultados de cerca de 1,6 mil milhões, mas o efeito no capital é moderadamente positivo. “Perante o novo plano de negócios que será apresentado a 9 de dezembro, a operação enquadra-se na estratégia de simplificação da estrutura do grupo e otimização da alocação de capital”, sublinha Equita. HSBC levantou a recomendação sobre o instituto na Piazza Gae Aulenti para "comprar" com uma meta de 14,2 de 13 euros.

Mau desempenho do Popolare di Sondrio, que perdeu 3,71% no dia dos resultados dos nove meses e apesar do lucro mais do que triplicado. Tanto o Banco Bpm (-1,97%) como o Bper (-0,29%) estão em terreno negativo. O HSBC revisou para cima as metas para ambos os títulos, para € 3,15 e € 2,8, respectivamente. Benefício obtido na Fineco (-1,82%) após as contas.

No setor de utilidades, a Enel piorou, com queda de 1,4%. A2A também em baixa (-1,28%), Hera e Terna mais estáveis.

INTERPUMP BRILHA, BREMBO Swings

Compras em industriais, sendo Interpump (+1,4%) a mais popular, seguida por Cnh Industrial (+1,38%) e Leonardo (+0,55%). No vermelho Brembo (-2,21%).

EQUITA PROMOVE FIERA MILANO, THUMP DE MAIRE

A Maire Tecnimont despencou (-6,28%), influenciada pela performance de alguns investidores institucionais. WeBuild também cai (-4%) após a prorrogação na véspera.

Fiera Milano +1,10% após os resultados. A Equita aumenta o preço-alvo da ação para 4,10 euros, ante os 3,60 euros anteriores.

Progresso no EGM Digital Value (+2,23%). O Cfo Sim elevou o preço-alvo para 122 euros de 115 euros, confirmando o rating de compra, após a aquisição de 51% da TT Tecnosistemi. A NB Aurora participa no aumento de capital da Blue Vet, que visa constituir uma rede nacional de estabelecimentos veterinários de excelência.

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