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O voto britânico afunda a libra, mas não as bolsas de valores

Piazza Affari volta a subir e fecha a semana em terreno positivo, retornando acima dos 21 pontos – Quase todos os bancos vão bem, incluindo Cnh Industrial e Tenaris em evidência – Brembo e Campari perdem mais de 2% – A libra esterlina continua pagando a conta, que registrou a pior queda desde outubro passado em relação ao dólar e ao euro.

O voto britânico afunda a libra, mas não as bolsas de valores

A calma impera nos mercados, após as três principais nomeações de ontem, ou seja as eleições britânicas, a reunião do BCE e a audição de James Comey, ex-diretor do FBI no Senado dos Estados Unidos. A semana fechou com sessão positiva também para o Milan, que ganhou 0,38%, chegando a 21.122 pontos, com Ubi subindo 3,53%. 

As compras recompensam títulos do governo italiano, apesar do julgamento de Moody's sobre o Belpaese ser aguardado esta noite. A classificação atual é 'Baa2', apenas dois degraus acima de 'lixo'. A yield do BTP a dez anos cai para 2,09% e o spread com o Bund cai para 182.50 (-4,40%). 

O mercado europeu mais tônico acaba sendo Londres, +1,04%, apoiado pela queda da libra. No Forex, a moeda britânica continua fraca em relação ao euro (EUR/GBP a 0,878) e ao dólar (GBP/USD a 1,274) após o resultado das eleições, que deixa Theresa May no cargo, mas sem maioria no Parlamento. O objetivo de antecipar as eleições, de iniciar o Brexit com bases mais sólidas, falhou, mas o líder conservador avança e anuncia a formação de um governo com o apoio externo dos unionistas da Irlanda do Norte.

Sessão de alta para Frankfurt +0,8% e Paris, +0,67%. Madri mais quente +0,23%. Wall Street abre com cautela, então viaja em contraste, com o Dow atingindo novos recordes. As palavras de Comey não abalam muito os investidores, enquanto as expectativas estão crescendo para a reunião do Fed em 13 e 14 de junho, onde uma nova alta de juros parece muito provável. Enquanto isso, no meio da sessão, a gigante dos carros elétricos Tesla ganhou 1,52% e ultrapassou a alemã BMW em valor de mercado, tornando-se a quarta fabricante de automóveis mais valiosa do mundo.

O dólar se fortalece. O cruzamento da moeda única face ao dólar cai para 1,1188 (-0,15%). Ouro continua sua trilha de baixa: -0,87%, 1267.775 dólares por onça. No fracionário o Brent recuperou +0,75%, 48,22 dólares o barril.

Entre os grandes nomes da Piazza Affari hoje a número um é a Ubi, com sinal verde do Consob para o prospecto do aumento de capital de cerca de 400 milhões. A operação apoia a compra de três dos quatro "bancos bons" (Banca Marche, Banca Etruria e CariChieti). O banco também se beneficia das avaliações positivas de alguns analistas. Na esteira do Ubi, quase todos os banqueiros estão bem sintonizados, incluindo Banco Bpm +2,74%, Unicredit e Intesa +0,6%, Banca Generali +1,34%. 

Uma sessão a enquadrar para Cnh, +3,46%, na qual Kepler Cheuvreux melhorou o preço-alvo de 5,4 dólares para 7,2 dólares. Bom para Buzzi +1,17% e Correios +1,45%. Entre as petrolíferas, a Tenaris se destaca +1,92%. Fiat ganha 0,9%, apesar de a Morgan Stanley ter revisto em baixa o preço-alvo (de 15 para 14 dólares). Exor Sólido +1,29%. Ferragamo recupera algum terreno, +1,04%. Dia ruim para Campari, -2,21%, Brembo -2,23%, Italgas -1,96%. Fora do Ftse Mib, nota-se a queda do RCS, -10,97%.

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