Os mercados de ações asiáticos abrem em alta no início da semana dos relatórios trimestrais dos EUA. Hoje, feriado do Columbus Day, as finanças americanas trabalharão em ritmo reduzido: o mercado de títulos está fechado, recuperação em menor grau para as ações. Isso também favorece o avanço do dólar, impulsionado pela perspectiva de redução gradual que se aproxima, apesar do mercado de trabalho menos brilhante do que o esperado (apenas 194 novos empregos contra os 500 esperados). A moeda americana, em alta em três anos em relação ao iene, apoiou a Bolsa de Valores de Tóquio. Quase todas as matérias-primas também subiram, uma hipoteca sobre o aumento da inflação.
EXECUTA ALIBABA, HONG KONG +2,2%
Acima de tudo, a recuperação do setor de tecnologia chinês está favorecendo um clima positivo, após uma longa série de quedas ligadas à atitude do governo. Alibaba (+9%) e Tencent (+3%) estão voando, arrastando o índice de Hong Kong (+2%) para cima.
O antitruste chinês contentou-se em impor uma multa de cerca de meio bilhão de dólares à gigante alimentícia Meituan (+9% esta manhã após a fuga por pouco). O índice Csi 300 avançou 0,3%.
O SUPER DÓLAR FAVORECE TÓQUIO
O Nikkei de Tóquio acumula alta de 1,5%, também após o esbater da ameaça de revisão punitiva do imposto sobre ganhos de capital: o novo primeiro-ministro Fumio Kishida disse que o governo não tem nada na agenda neste tema.
As bolsas de valores de Taipei e Seul estão fechadas. O índice Ftse Straits Times de Cingapura está no mesmo nível depois que as autoridades locais anunciaram a suspensão da obrigação de quarentena para viajantes vacinados que chegam de oito países, incluindo a Itália.
PETRÓLEO BRUTO NO MAIS ALTO DESDE 2014
O índice Bloomberg Commodity subiu para 103,4, uma nova alta desde 2015. Petróleo Wti +2%, a 80,9 dólares o barril, o mais alto desde 2014. Brent a 83,59 dólares. O futuro de referência do gás natural subiu 3%. O ouro não se move, a 1.755 dólares.
FMI: OS EUA CONTRA GEORGEVA, O "AMIGO" DE PEQUIM.
Um cabo de guerra sem precedentes caracteriza a reunião de outono deste ano do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A reunião está carregada de tensão este ano devido às acusações contra a secretária-geral do FMI, Kristalina Georgieva, que segundo uma investigação independente manipulou os dados a favor da China quando presidiu o Banco Mundial. Os Estados Unidos e o Japão exigem o afastamento imediato de Georgieva, mas os europeus, inclusive a Itália, discordam. Uma primeira cimeira entre os sócios para definir a questão acabou em nada. Uma nova reunião será realizada esta semana.
OCDE, ACORDO HISTÓRICO SOBRE IMPOSTOS
Os problemas associados ao aumento da energia, em particular do gás natural, e os efeitos nas medidas ambientais também estarão no centro do encontro. O embaixador russo na UE reiterou a oferta de Moscou: a abertura do gasoduto North Stream poderia aliviar os problemas de abastecimento da Europa.
A situação do mercado imobiliário chinês também está em destaque, aguardando a evolução do Evergrande: um terceiro título em dólares deve vencer esta manhã. Os dois primeiros, por enquanto, não foram homenageados.
Na sexta-feira, a OCDE anunciou a conclusão de um acordo global para estabelecer um imposto mínimo de 15% para grandes empresas.
HOJE O NOME DO NOBEL DA ECONOMIA
Durante o dia, chegará de Estocolmo o nome do Prêmio Nobel de Economia. O dado mais importante da semana para os mercados financeiros será o da inflação americana, divulgado na quarta-feira. Espera-se um aumento mensal de 0,3%. Junto com os números (bem abaixo do previsto) de novos empregos, eles serão o elemento mais seguido pelo Fed tendo em vista a reunião de novembro que deve dar início ao tapering, a redução das compras de títulos no mercado. Entretanto, cresce o número de analistas que contestam a opinião dos bancos centrais, que continuam a considerar a subida dos preços "temporária".
Os títulos do Tesouro de 5 anos, tradicional referência para decisões de taxas, fecharam a semana em 2,7%, acima do patamar de 2% apontado pelo Fed.
EUA: CONTAS DO JP MORGAN EM BREVE
Também na quarta-feira, terá início a campanha trimestral de Wall Street. As primeiras Bigs a apresentar os resultados registrados entre julho e setembro serão BlackRock e JP Morgan juntamente com a Delta Airlines. Bank of America, Wells Fargo, Morgan Stanley e Goldman Sachs seguirão esta semana.
O faturamento médio da lista, segundo projeções, deve ter alta de 17,4%. Mas o dado mais esperado diz respeito aos lucros, que, pressionados pelo aumento dos custos, podem resultar em queda para 12,1% (de 13,1%).
O G20 DE FINANÇAS EM ROMA, CHEGA A NOTA PARA BRUXELAS
Está marcada para quarta-feira a reunião dos ministros das Finanças e dos governadores dos bancos centrais do G20, sob a orientação da presidência italiana, com o ministro da Economia Daniele Franco e o governador do Banco de Itália, Ignazio Visco.
Na Itália, o Istat publica hoje os dados da produção industrial de agosto e divulga mensalmente a Nota sobre o desempenho da economia. Enquanto isso, o governo trabalha no documento de planejamento orçamentário a ser enviado a Bruxelas até o final da semana.
CIMEIRA DE HOJE NO MISE ON STELLANTIS
A mesa de trabalho sobre Stellantis é realizada hoje no Mise com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Giancarlo Giorgetti. O trabalho na Maserati será transferido de Grugliasco para Mirafiori, agora a única fábrica de produção de automóveis ativa em Turim.