comparatilhe

O dia D é hoje: às 14h, a conferência Draghi mais esperada da história do BCE. Balanço na Piazza Affari

O presidente do BCE ilustra os movimentos para salvar o euro - Os mercados aguardam sinais fortes - Enquanto isso, o Fed adia estímulos à economia americana e Monti tenta convencer a Espanha a pedir ajuda - O caso Nagel domina o cenário financeiro italiano: Fonsai- Unipol de volta à balança – Hoje as contas da Generali – Esta manhã balançou na Piazza Affari.

O dia D é hoje: às 14h, a conferência Draghi mais esperada da história do BCE. Balanço na Piazza Affari

TODOS OS OLHOS ESTÃO VOLTADOS PARA OS DRAGÕES. NAGEL E LIGRESTI INVESTIGADOS PELO PROCURADOR

O grande dia chegou. Hoje, como de costume, o presidente do BCE, Mario Draghi, dará a coletiva de imprensa mais esperada da história do banco central da zona do euro.

A imprensa alemã prevê que Draghi apresentará um plano de compra de títulos italianos e espanhóis na reunião do BCE. O cerne diz respeito à concessão da licença bancária ao nascente ESM, que teria assim poder de fogo ilimitado à sua disposição na defesa do euro e numa função anti-spread. Mas neste ponto o Bundesbank parece inflexível.

Enquanto isso, o Federal Reserve não tomou as decisões extraordinárias que muitos esperavam no final do FOMC. No entanto, o banco central confirmou a política de "taxa de juro zero" e admitiu que a situação económica exige um acompanhamento atento: a flexibilização quantitativa só está adiada para setembro.

Como era de se esperar, a véspera da zona do euro foi agitada: Monti, em visita a Helsinque do falcão Katainen observa, pela primeira vez, que "a ajuda pode ser necessária para afrouxar o aperto do spread". Por seu lado, o primeiro-ministro finlandês declarou que o mercado europeu de títulos soberanos não é normal e que em alguns países os rendimentos são muito altos. Mas a linha de Helsinque essencialmente não muda.

Os mercados, às vésperas do confronto, mantinham-se cautelosos, mas otimistas. A decepção com o resultado do FOMC não afetou Wall Street de maneira particular. O enésimo incidente de um operador que confia em programas automáticos de compra e venda causou mais sensação: no espaço de meia hora 128 ações, incluindo Alcoa e Ford, sofreram oscilações emocionantes. Após o escândalo da Libor e o fracasso do IPO do Facebook, os problemas de funcionamento do mercado, sob o estresse da especulação em busca de margens em um clima cada vez mais difícil, já são muitos para serem definidos como casuais.

A Ásia também aguarda a conferência de Draghi com alguma esperança. Em Tóquio, o índice está prestes a fechar com uma alta de cerca de meio ponto percentual. Abaixo Hong Kong -0,78%.

As bolsas europeias oscilaram em torno da paridade ao longo da sessão, em meio a muitas mudanças de tendência, para fechar em alta fracionária. A Piazza Affari fechou em +0,27%, Londres em +1,38%, Paris subiu em +0,91% enquanto Frankfurt caiu em -0,26%. O spread de 23 anos caiu 453 pontos base para 5,89, com o rendimento caindo para XNUMX%.

Certamente não faltam temas "amarelos" na Piazza Affari. Em primeiro lugar, o caso da Fondiaria. Ontem foi comunicado que, durante o aumento de capital, foram subscritos 68% da Fonsai e 73% da Unipol. A empresa sediada em Bolonha, com uma participação de 37% na Fonsai, pagou a maior parte dos 666 milhões de euros que entraram nos cofres da Fonsai numa base pro-rata enquanto aguardava que o consórcio assumisse o restante da operação (até 1,1 bilhão). A Unicrédito vem em seguida, com 7%, enquanto 19% vem do mercado.

Mas a notícia bombástica vem do Ministério Público de Milão: o CEO do Mediobanca, Alberto Nagel está sob investigação em concorrência com Salvatore Ligresti por obstáculo à autoridade supervisora. Tudo decorre da agora famosa carta cuja existência Mediobanca negou até o fim. Mas a folha, assinada por Ligresti e pelo próprio Nagel, existe e está nas mãos do procurador substituto Luigi Orsi. Como se sabe, prevê a liquidação da família Ligresti por 42 milhões mais outras prestações. Segundo o Mediobanca trata-se de uma simples lista de pedidos de Ligresti, a suspeita é de que tenha sido um acordo clandestino para desobstruir a operação Fonsai-Unipol. Poucos dias depois da assinatura, chegou a isenção do Consob da OPA obrigatória para a Unipol, condicionada, porém, ao veto a qualquer benefício econômico para os Ligresti.

Além dos aspectos penais, ainda que muito relevantes, qual pode ser o impacto para o casamento Fonsai-Unipol? A Consob poderia impor à Unipol (que se diz alheia e desconhecedora do suposto acordo) a OPA da Premafin. 

Troca da guarda, entretanto, no topo do Genreali. Ontem, o conselho de administração da Generali cooptou Mario Greco, nomeando-o CEO do grupo e gerente geral da empresa. Os resultados consolidados do grupo em 30 de junho de 2012 serão divulgados hoje e divulgados amanhã pela manhã. Segue-se a teleconferência sobre os resultados do semestre, ocasião para a estreia do próprio Greco na sua nova roupagem, ladeado pelo diretor financeiro Raffaele Agrusti.

O mandado de citação da holding Igli (família Gavio) contra a Impregilo foi interposto ontem de manhã no Tribunal de Milão, no qual é solicitado o recurso das deliberações da assembleia geral ordinária de 17 de julho passado que havia sancionado por um punhado de votos a vitória do antagonista Salini, com o consequente zeramento da diretoria comandada por Fabrizio Palenzona. 'Estamos a levar a cabo todas as acções necessárias', disse à Radiocor o número um do grupo Tortona, Beniamino Gavio, dando a entender que se seguirão outras iniciativas de Igli, enquanto a nova direcção liderada por Claudio Costamagna já está a lançar as bases para dar corpo à o projeto de fusão entre Salini e Impregilo.

Na Piazza Affari, entre as blue chips milanesas, o melhor desempenho foi o de Parmalat alta de 9,5% após bons resultados trimestrais. Cheuvreux levantou o julgamento para Superar da ter baixo desempenho. lotomática graças aos +2% de hoje, atinge seu nível mais alto desde outubro de 2009. A queda acentuada em Mediaset que perdeu 10% atingido por uma onda de cortes de preço-alvo por corretores internacionais. Salto final de 4,5% para Enel Green Power após a comunicação trimestral.

As ações dos bancos estão se recuperando, mas não muito, esperando o BCE: Unicredit + 0,4% Intesa + 0,5% Banco Popolare + 0,7% Monte Paschi + 1,7%.

decreto subiu 0,1% à tarde, depois de registrar uma perda de 2% pela manhã. Em julho, o mercado de automóveis recuou 21,39%, para 108.826 unidades. Diante desses números Sergio Marchionne anunciou, na reunião com os secretários dos sindicatos que assinaram o acordo de Pomigliano, que as decisões sobre futuros investimentos na Itália só serão tomadas em outubro.

Também Finmeccanica elimina quase totalmente os -5% da abertura e fecha com queda de 0,7%. A2A saltou 1% de -4% após resultados trimestrais melhores do que o esperado. Entre os médios, RCS cai 4,4%, Geox -8,9%. Dia para esquecer para os refinadores: Erg -3% Saras -4%. Ambos foram rebaixados hoje pelo Bank of America.

Comente