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Existem 6,3 bilhões de smartphones: agora mais Sims do que pessoas

De acordo com o Mobility Report da Ericsson, existem 7,9 bilhões de cartões SIM no mundo, 70% dos quais são assinaturas de smartphones - O tráfego de dados aumentou 49% em um ano - Passamos mais de 4 horas por dia na frente desses dispositivos

Existem 6,3 bilhões de smartphones: agora mais Sims do que pessoas

Quase todo mundo no planeta possui um smartphone. Dizem-no os números que emergem do Relatório de Mobilidade da Ericsson, segundo os quais a difusão dos cartões SIM já ultrapassou largamente a de pessoas no mundo: 7,9 mil milhões, contra 5,9 mil milhões. Mas se este número está certamente maculado pela contagem de cartões inativos e pelo facto de muitas pessoas possuírem mais do que um cartão (e nalguns casos mais do que um telemóvel), o mais interessante é que Existem agora 6,3 bilhões de assinaturas de smartphones no mundo, número que por sua vez supera o de pessoas e que equivale a 70% do total de cartões em circulação.

Nesses smartphones, cada vez mais pessoas usam o tráfego de dados da Internet. O aumento, só no quarto trimestre de 2019, foi de quase 10%, com mais 130 milhões de assinaturas de banda larga móvel. eu sou em vez disso As assinaturas LTE aumentaram em 170 milhões, para 4,3 bilhões, ou 55% de todas as assinaturas móveis. E o 5G, a tecnologia capacitadora da Internet das coisas e sobretudo da inteligência artificial, também começa a abrir caminho, o que está desencadeando um verdadeiro guerra remota entre os EUA e a China, com Washington tentando de todas as formas conter o monopólio da Huawei, inclusive financiando players europeus como a Nokia: no último trimestre de 2019, as assinaturas 5G atingiram 13 milhões em todo o mundo.

Falando da China e da tecnologia chinesa, acrescente-se ainda que, se é verdade que as assinaturas estão a aumentar e o tráfego de dados também, isto ocorre num cenário em que a venda de hardware, ou seja, de telefones reais, está a abrandar e tornou-se a prerrogativa de Pequim: se há dez anos o desafio era principalmente entre a americana Apple e a coreana Samsung, hoje 35% do mercado está nas mãos das chinesas Huawei, Xiaomi e Oppo. A Ásia também é o epicentro das vendas de SIMs móveis, dado que a maior contribuição para o crescimento trimestral vem da China (+7 milhões), seguida da Indonésia (+5 milhões) e das Filipinas (+4 milhões). 

A difusão dos smartphones e a possibilidade de acesso à Internet para qualquer tipo de utilização (agora também para trabalhar, com smart working, como estamos a assistir nestas semanas de Emergência de coronavírus, bem como pela visualização cada vez mais frequente de vídeos), garantem que o tráfego de dados utilizado continue a crescer de forma natural e inexorável: do quarto trimestre de 2018 ao do ano seguinte aumentou em impressionantes 49% para 40 Exabytes (EB), enquanto o crescimento trimestral foi de cerca de 8%.

Como resultado, cada vez mais tempo é gasto na frente desses gadgets: de uma hora e 48 minutos por dia em 2015, para quatro horas e 8 minutos por dia hoje, mais que o dobro em cinco anos. Na faixa etária de 18 a 34 anos, chega a quase 5 horas por dia: segundo pesquisa da LivePerson, 65% das pessoas entre 18 e 34 anos se comunicam mais digitalmente do que pessoalmente. Em tempos de coronavírus pareceria uma precaução certa, mas a verdade é que sempre é.

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