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Fed: A chegada de Yellen não é suficiente para neutralizar o frio nos mercados. Tenha cuidado esta manhã em Milão

O vórtice polar que atingiu a América e a indústria dos EUA e o efeito de redução estão assustando os mercados: a chegada de Yellen à frente do Fed não é suficiente para neutralizar os medos - Prudência esta manhã em Milão: os bancos estão sempre sob fogo popular - Dois- carros velozes: Chrysler vai bem nos EUA, Fiat mal na Itália – No made in Italy há quem sorria

Fed: A chegada de Yellen não é suficiente para neutralizar o frio nos mercados. Tenha cuidado esta manhã em Milão

O grande frio caiu nas bolsas de valores. Depois da China e dos países emergentes, a locomotiva dos Estados Unidos também dá sinais de desaceleração. E os mercados perceberam isso. A Bolsa de Valores de Tóquio, uma hora após o fechamento, perdia 3,8%, Hong Kong mais de 2,5%. Xangai está salva, fechada para férias até quinta-feira.

Wall Street, ocupada digerindo a redução, reagiu com um declínio igualmente violento. No final da sessão, o índice Dow Jones perdia 2,08%, o S&P 500 cerca de 2,2% e o Nasdaq 2,61%.

Sob a pressão dos dados provenientes dos EUA, a Europa perdeu terreno durante a tarde: os índices de Paris e Frankfurt caíram 1,3%, Madrid -2%, Londres -0,6%. Na Europa, o índice Stoxx dos bancos é o pior com queda de 2,5%. Em Milão, a pior bolsa da Europa, o índice FtseMib fechou em baixa de 2,6%, com quedas acentuadas para todas as blue chips e em particular para os bancos.

O dólar enfraquece a 1,353 face ao euro, e o petróleo: Wti a 96,8 dólares o barril (-0,8%), Brent a 105,6 dólares (-0,7%). Já o ouro recuperou, subindo 1,6% para 1.264 dólares a onça.

INDÚSTRIA DOS EUA, A PIOR QUEDA DOS ÚLTIMOS 20 ANOS 

Os mercados deram as boas-vindas à posse de Janet Yellen como chefe do Fed, com uma mensagem dramática. A venda foi desencadeada por dados do ISM, a versão americana do PMI europeu, que caiu 5,7 pontos em janeiro.

Foi o pior desempenho desde maio passado e a quarta vez nos últimos 20 anos que o índice caiu em um mês mais de 5 pontos. O dado foi influenciado pelo vórtice polar que atingiu o país no mês passado, mas há outros sinais negativos: a queda nas encomendas, sobretudo, a maior desde 1980.

Enquanto isso, a volta dos temores de inadimplência contribui para piorar o quadro: o teto da dívida, segundo o subsecretário do Tesouro, Jack Lew, deve ser elevado o quanto antes.

Enquanto isso, Ben Bernanke já encontrou trabalho. O ex-chairman do Fed passou a integrar as fileiras da Brooking Institution: ficará encarregado de pesquisar políticas "para apoiar uma recuperação mais sólida após a grande recessão". 

LIGAÇÃO PERIFÉRICA, MANTÉM A REPRESA ESPERANDO DRAGÕES

O Vix, índice de volatilidade, saltou 14,5% para 21,07 pontos, máximas em pelo menos 13 meses. Assim, a subida das obrigações dos países líderes não surpreende: a obrigação T a dez anos sobe para 2.60% e a Bund para 1.64% enquanto a periferia perdeu algum do seu brilho, mas por enquanto a dívida soberana dos a periferia está se segurando melhor do que o patrimônio do mercado. 
Provavelmente a retenção se deve à expectativa de algum tipo de intervenção do BCE na próxima quinta-feira, por ocasião da diretoria. Se Draghi decepcionar, a música pode mudar.

Enquanto isso, o rendimento dos títulos do governo de 2010 anos de Portugal atingiu uma nova baixa desde junho de 4,94 em 220% na manhã de ontem. O spread Itália/Alemanha a 3,77 anos oscila em torno dos 3,75 pontos base, com uma yield de XNUMX%, muito próximo (XNUMX%) dos que são atualmente os mínimos dos últimos três anos.

INTESA TAMBÉM EM BAIXA, MAS GOSTA DO BANCO RUIM

Os bancos foram penalizados em toda a Europa (-2,6%) pelas contas do Lloyds Banking Group (-3,5%), que adiou o regresso ao dividendo. E sobretudo pelos resultados decepcionantes de Julius Baer -6,6%, que luta para digerir a compra da divisão de poupança da Merrill Lynch.

Na Piazza Affari, as perdas mais substanciais dizem respeito aos bancos Popolari: Banco Popolare-6,9%, Pop.Milano-4,3%, Pop.Emilia-6,9%, Ubi-5%. Pesa o lembrete do vice-presidente do BCE, Victor Constancio: os aumentos de capital, quando necessários, terão que ser feitos imediatamente, antes dos testes de estresse de outubro.

O Intesa também caiu -2,84%, apoiado pela manhã pelos avanços do Financial Times sobre o projeto de um bad bank interno que receberia parte dos 55 bilhões de euros de empréstimos malparados. Unicrédito -4%. 
Dia difícil também para as seguradoras. Generali perdeu 2,4%. A Mediobanca Securities rebaixou a classificação das ações de neutra para underperform, confirmando o preço-alvo em 15 euros. O Jp Morgan então reduziu o preço-alvo da ação de 20 euros para 21 euros, deixando o rating inalterado em sobreponderação. Unipol Sai - 2,3%.

FCA: CHRYSLER BOM NOS EUA, FIAT RUIM NA ITÁLIA

Um dia difícil para a Fiat que perdeu 3,5% apesar dos bons números de vendas da Chrysler (+8%) na América em janeiro. Mais uma vez, Sergio Marchionne acertou em cheio na escolha do depoimento para a vaga no Superbowl: as redes sociais transbordam de comentários sobre a atuação "patriótica" de Bob Dylan. Em Wall Street, Ford (-3,1%) e General Motors (-1,6%) também registram forte queda.

Um sinal positivo vem dos registros de carros na Itália em janeiro (+3,24%). No entanto, sofre o grupo Fiat, que registou uma quebra de 2,6% no ano para 33.304, com uma quota de mercado de 28,27% face aos 27,97% em dezembro de 2013 e aos 30,1% em janeiro de 2013. 

Entre as ações industriais da lista milanesa, a melhor é a Pirelli que perdeu apenas 0,3%. Finmeccanica -3,2%, StM -2,9%.

ENEL DESLIGA NA VÉSPERA DAS CONTAS. POR EQUIDADE É COMPRAR

Snam +0,25% foi a única ação positiva na cesta principal. Nenhum setor escapou da queda: Enel -2,8%. A Equita Sim aumentou o peso da ação na sua carteira principal em 50 pontos base, reiterando a recomendação de compra e o preço-alvo em 3,8 euros. Eni -2%, Telecom Italia -3%.

Autogrill -3,1% e World Duty Free -6,5% também foram pesados, rebaixados pelo Citigroup para Neutral de Buy. Nova sessão no vermelho para o luxo: Tod's registrou queda de 3,26%. A Equita Sim incluiu a ação na carteira de ações "menos preferidas". Salvatore Ferragamo -3,87%, Luxottica -1,01% e Yoox -0,53% também estão abaixo da paridade.

NO MADE IN ITALY HÁ QUEM SORRI 

Dia positivo para alguns campeões made in Italy. DeLonghi +4,43%. Segundo os especialistas da Equita Sim, as receitas preliminares do grupo ficaram em linha com as expectativas, enquanto as perspectivas para 2014 são mais animadoras do que os comentários divulgados após os primeiros nove meses. Piaggio também se saiu bem, ganhando 0,79%,

A Amplifon avança +5,11%, com o Banca Akros que elevou a recomendação de estoque para acumular de espera e o preço-alvo para 4,6 euros de 4,1 euros. Banca Profilo também subiu +1,75%. Na quinta-feira, o grupo apresentará à comunidade financeira o plano de negócios 2014-2016 anunciado na semana passada.

Vendas maciças em Molmed (-16,78%), que marcaram um dos piores desempenhos de toda a Piazza Affari. O CA deliberou submeter à Assembleia Geral Extraordinária uma proposta de redução do capital social de 27 milhões de euros para 10,4 milhões de euros, sem cancelamento de ações, e um aumento do capital social até ao máximo de 5 milhões. As propostas foram apresentadas após perdas superiores a um terço do capital social subscrito e realizado.

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