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Enel, Starace: lucro de 2016 bilhões em 3,2 e mais dividendos com o ponto de virada verde

Durante a audiência no Senado, o CEO fez um balanço dos três anos à frente do grupo de eletricidade. O lucro aumentou 45,7% em relação a 2015. Os dividendos aumentaram 50%, de 1,2 para 1,8 bilhão. Ebitda em alta e dívidas em queda apesar da queda na demanda e no preço da energia elétrica

Enel, Starace: lucro de 2016 bilhões em 3,2 e mais dividendos com o ponto de virada verde

A Enel fecha 2016 com 3,2 bilhões de lucro, com um crescimento de 45,7% e é o grupo de eletricidade mais renovável da Europa. Palavra de Francesco Starace, diretor administrativo e gerente geral do grupo multinacional de eletricidade, ouvido em audiência na tarde de quinta-feira na Comissão da Indústria do Senado. A primazia verde diz respeito à capacidade das usinas que utilizam fontes renováveis ​​(água, sol, vento, biomassa) e não à capacidade instalada total em que o Edf francês mantém o primeiro lugar, mas serve para fazer entender o ponto de virada que foi dado ao grupo nos últimos três anos, com um verdadeiro boom em novos megawatts-hora renováveis ​​instalados este ano pela divisão de energia verde da Enel (mais de 2.000), enquanto para o próximo triênio 2017-19 o plano estratégico que será apresentado aos acionistas em maio 3 pisa no acelerador na sustentabilidade integrada, no carro elétrico e na descarbonização. O próprio anúncio explicou, em um PRIMEIRA entrevistaonline, aceleração na mobilidade elétrica.

Francesco Starace apresentou aos senadores os resultados obtidos pelo grupo no triênio (o mandato termina na primavera com a aprovação das demonstrações financeiras de 2016), assim como Matteo Del Fante, CEO da Terna, também previsto para quarta-feira. O gestor confirmou as contas preliminares de 2016 já anunciadas em fevereiro passado e os objetivos apresentados com o último plano de negócios 2017-19 em novembro.

“A Enel – sublinhou – fechou 2016 com um lucro de 3,2 mil milhões de euros, contra um volume de negócios de 70,6 mil milhões de euros e um EBITDA de 15,2 mil milhões. Face a dados de 2013, o volume de negócios diminuiu 12% (em 2013 tinha sido de 80,5 mil milhões de euros) e o Ebitda diminuiu, no mesmo período, 4% (de 15,8 para 15,2 mil milhões)” devido sobretudo à quebra da eletricidade vendas e a simultânea redução acentuada dos preços. Neste contexto, porém, o CEO destacou o crescimento do lucro “de 3,1 para 3,2 mil milhões, igual a +3% alcançado também graças a uma redução de custos de 8%”. Uma defesa da lucratividade corporativa que conseguiu manter um Ebitda acima de 15 bilhões enquanto i dividendos garantidos aos acionistas passaram de 1,2 para 1,8 bilhão de 2013 a 2016, um aumento de 50%. Isso permitiu ao Estado italiano arrecadar um total de 1,1 bilhão durante o período de três anos. Ao mesmo tempo, a dívida líquida diminuiu 2,1 bilhões e o patrimônio líquido aumentou 0,6 bilhão para 53,4 bilhões. O CEO voltou a sublinhar que estes são “resultados obtidos perante um cenário absolutamente adverso, com a procura de eletricidade em Itália a cair 3% e em Espanha 1%, e o preço em Itália a cair 30%”.

Os objetivos do novo plano de negócios 2017-19 foram todos confirmados: crescimento do lucro para 3,6 bilhões este ano, investimentos na Itália de 6,7 bilhões de euros equivalentes a 32% dos investimentos totais do Grupo. Desses 6,7 bilhões, pouco mais de um terço (2,5 bilhões) se beneficiará da digitalização.

A Starace foi solicitada explicações sobre o plano de recompra de ações em tesouraria por 2,5 bilhões, que será submetido à assembléia de acionistas. Segundo alguns, o plano serviria para permitir que o estado "dono" retorne acima de 25 por cento do capital. Segundo Starace, porém, “o plano não é um fim em si mesmo, mas uma opção que pode ser acionada caso não consigamos concluir com sucesso a recompra de minoritários na América Latina” como parte do plano de reorganização das subsidiárias. “Para a recompra de cotas de terceiros – de fato – há margem para negociação, mas não exagerada”, finalizou o gerente.

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