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Demissões por maternidade, tendência crescente

Forte aumento das demissões por maternidade, que passaram de 17.676 em 2009 para mais de 19 mil em 2010 – Os principais motivos são a falta de serviços de atendimento à primeira infância, e seu alto custo – Fornero: “Sintomático da dificuldade de conciliar trabalho com o cuidado da prole”.

Demissões por maternidade, tendência crescente

Demissões crescentes: em 2010 foram 19.017, ante 17.676 no ano anterior. O empurrão: o nascimento de um filho e a impossibilidade de ter alguém a quem confiar ou serviços adequados e acessíveis. O fenómeno é confirmado pela ministra do Trabalho, Elsa Fornero. Demissões espontâneas, voluntárias, que atingem sobretudo mulheres, entre 26 e 35 anos. As trabalhadoras - explica a ministra, respondendo a uma pergunta - abandonam o trabalho já com o primeiro filho: facto "sintomático da dificuldade em conciliar o horário de trabalho com os tempos para cuidar da prole", reconhece a ministra.

Os motivos mais frequentes de demissão dizem respeito a lescassez e altos custos de serviços de cuidados na primeira infância. De facto, verifica-se que 4.620 trabalhadoras pediram demissão por não aceitarem a criança na creche, outras tantas (4.394) por ausência de familiares que o apoiassem, enquanto 2005 trabalhadoras pediram demissão por não poderem fazer face aos elevados custos do cuidado dos filhos Serviços. Há, é claro, razões pessoais: o desejo de cuidar da prole, reunificação com o cônjuge e muito mais.

Os mais interessados ​​no fenômeno da demissão em caso de maternidade são empresas com até 15 funcionários: "Provavelmente - nota Fornero - nestas empresas é mais difícil implementar formas de trabalho flexível". Aliás, não é por acaso até 1.594 trabalhadores entrevistados reclamaram que o trabalho em meio período não era concedido. Os setores produtivos mais afetados são os do comércio e da indústria que empregam mão-de-obra feminina.

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