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Di Maio quer imitar Macron no déficit, mas dívida é diferente

A incerteza na frente tarifária entre EUA e China e a alta do preço do petróleo afetam os mercados financeiros, que também seguem atentos à manobra orçamentária da Itália - Di Maio: "Façamos como a França", mas Roma tem uma dívida enorme ao contrário Paris e o spread corre – ações da Kors caem após a compra da Versace

Di Maio quer imitar Macron no déficit, mas dívida é diferente

Tudo está em silêncio, pelo menos na aparência, na frente da guerra comercial entre os EUA e a China. E a incerteza trava as bolsas dos dois duelistas. Donald Trump se consola com o acordo comercial assinado ontem à noite com a Coréia do Sul, enquanto as negociações com o Japão estão em pleno andamento hoje: Shinzo Abe está pronto para fazer concessões aos EUA para proteger as gigantes automobilísticas. Enquanto aguardam as decisões do Fed de amanhã, a atenção dos mercados concentra-se quase em toda parte na política. Nos EUA, onde Trump se apresentará hoje na Assembleia da ONU, o novo capítulo do Russiagate está tomando conta do palco: o presidente parece querer se livrar do vice-ministro da Justiça, Rod Rosenstein, que está acompanhando o caso. No Reino Unido, o debate sobre o Brexit está em alta, enquanto na Itália está ganhando força comparação de manobra. O aumento dos preços do petróleo também abalou os mercados.

EM TÓQUIO, HONG KONG NO FERIADO

a Bolsa Japonesa sobe ligeiramente (+0,2%), enquanto o índice CSI 300 de Xangai e Shenzhen perde 1%. Ambos os mercados foram fechados ontem para as comemorações do Equinócio de Outono. As bolsas na Ásia continuam muito baixas, como ontem, porque hoje as negociações estão paradas em Hong Kong. A Bolsa de Valores de Seul também está fechada, então teremos que esperar um dia para saber como os investidores avaliam o acordo comercial com os EUA.

BRENT ACIMA DE $ 81. SAIPEM NO TOPO

O petróleo Brent confirma as máximas dos últimos quatro anos a 81,32 dólares o barril, ontem o futuro de referência ganhou 3%.

Brilhantes companhias petrolíferas que ontem limitaram o declínio na Piazza Affari. A Saipem, a melhor ação da lista, ganhou 3,6% a 5 euros, a maior desde fevereiro de 2017. Eni +1,67% após o destaque do cupom provisório, Tenaris +1,01%.

THUMP DE MICHAEL KORS (-9%) APÓS A COMPRA DA VERSACE

Fechamento fraco para Wall Street. O índice Dow Jones perdeu 0,68%. S&P500 (-0,35%). Detém o Nasdaq (+0,08%) graças à Apple (+1,4%) e ao Facebook (+1,5%). O New York Times escreveu que o cofundador do Instagram, Kevin Systrom, se demitiu de suas postagens e se prepara para deixar a rede social de compartilhamento de imagens agora propriedade do Facebook.

Michael Kors caiu acentuadamente (-8,21%) aguardando o anúncio da compra do spa Versace por uma avaliação de dois bilhões de dólares (incluindo dívida).

Fly to London Sky (+9%), transferido por 30 bilhões de libras para a Comcast (-6,7%).

DRAGÕES: A INFLAÇÃO AUMENTA, OS SALÁRIOS VÃO SEGUIR

"Espera-se que a inflação se fortaleça nos próximos meses, já que o encolhimento da ociosidade no mercado de trabalho impulsionará o crescimento dos salários." Assim Mario Draghi deu um choque nos mercados em um longo discurso do presidente do BCE em discurso à comissão de assuntos econômicos e monetários do Parlamento Europeu. Mas desta vez a intervenção do banqueiro central não foi suficiente para anular o efeito negativo do cabo de guerra entre Pequim e Washington.

O Milan sofre mais que todos os mercados, afetado pelo aumento do spread: -0,91%, para 21.339 pontos.

As outras listas de preços também estão em vermelho. Frankfurt fechou em baixa de 0,62%, Paris -0,33%, Madri -0,84%, Londres -0,44%, Zurique -0,58%.

DI MAIO: IMITAMOS A FRANÇA NO DÉFICIT

“A França terá um déficit de 2,8% para financiar sua manobra econômica. Somos um país soberano como a França. O dinheiro está aí e pode finalmente ser gasto em nome dos cidadãos. Na Itália como na França”. Assim Luigi Di Maio aproveitando a assistência do projeto orçamentário que Paris está prestes a apresentar em Bruxelas.

MAS O SPREAD DO PARIS ESTÁ DE 32 PONTOS CONTRA 243

As declarações do vice-primeiro-ministro empurraram o spread para 243, o rendimento de 2,93 anos saltou para 32,4%. Por outro lado, a diferença entre as ações francesas e alemãs diminuiu para XNUMX pontos.

Duas considerações podem explicar a diversidade: 1) a diferente taxa de crescimento da economia (+1,7% para a França em 2019, 1,1% para a Itália) e o estoque da dívida (98,8% para Paris, 132,5 Roma).

Draghi voltou ontem ao tema dos danos que as palavras dos políticos italianos causaram às famílias e empresas. “As famílias e as empresas – disse – estão agora a pagar aos bancos taxas mais elevadas do que antes: os bancos aumentaram as taxas em cerca de 20 pontos base, especialmente para as pequenas e médias empresas”.

A Pimco e a Aberdeen Standard, duas grandes empresas de gestão de ativos, aconselharam mais uma vez a vender ou subponderar a dívida italiana na carteira. O Société Générale pede cautela, pois acredita que é provável um forte aumento da volatilidade nas próximas duas semanas.

QUINTA BTP E CCTEU POR 5,25 BILHÕES

Neste contexto, arrancam hoje os leilões de fim de mês: começamos com 1,75 mil milhões de Ctz e Btpei. Amanhã será a vez dos Bots de seis meses (6 bilhões contra o mesmo valor devido). A quinta-feira termina com a oferta de dois novos BTPs: 2 bilhões para o novo de cinco anos mais outros 2 bilhões para o de dez anos mais 1,25 bilhão de Ccteu.

No quarto trimestre, o Tesouro anunciou que vai emitir um novo BTP a três anos e um novo CTZ em novembro de 2020, ambos no valor mínimo de 9 mil milhões de euros. Mesmo valor mínimo também para o Ctz 27/11/2020.

BANCOS À VISTA. ENTENDIMENTO -2,1%, CARIGE CAI

As tensões no spread afetaram o setor bancário. O índice dos institutos italianos deixa 1,11% no chão. Destaca-se a queda negativa de 2,1% da Intesa, ação mais representativa do sistema. Em contrapartida, o Bper ganha 1,15%.

Pesante Carige: -10,71%, com fortes volumes. Finalizado a batalha pelo controle da governança, o apelo especulativo sobre o banco genovês desapareceu, alimentando a saída de investidores que apostavam numa operação de M&A de curto prazo, enquanto o espectro de um novo aumento de capital se aproxima. À tarde, o banco anunciou que vai respeitar os prazos exigidos pelo BCE para finalizar o plano “operacional e estratégico”.

Em evidência o Banco Fineco, que atingiu um novo recorde histórico com 11,865 euros. A ação caiu nos estágios finais, na sequência do fraco desempenho dos mercados europeus e de Wall Street, fechando em 11,69 euros.

TELECOM -1,4%, É SOBRE PERSIDERA E BRILHO

Telecom Italia perde 1,41% no primeiro dia reunião do conselho de administração (oito horas de discussão) sobre os vários dossiers estratégicos que envolvem o grupo. De tudo se discutiu um pouco, a começar pela possível aquisição da brasileira Nextel, querida de Amos Genish. No entanto, isso só pode ser discutido a atribuição de frequências 5Gmais caro do que o esperado. O destino da Persidera e a possível venda da Sparkle ainda estão por definir. No que diz respeito à governança, uma das questões de atrito entre os acionistas, foi decidido um maior controle do comitê de nomeação e remuneração na alta administração.

FCA, MOODY'S AUMENTA AS PERSPECTIVAS

Os industriais ficaram fracos: Prysmian -2,37% e Brembo -1,43%.

Fiat Chrysler também caiu (-0,90%). Ontem à noite, a Moody's confirmou seu rating Ba2, elevando sua perspectiva de estável para positiva. "A mudança na perspectiva para positiva reflete melhorias contínuas nas métricas de crédito do grupo", disse Falk Frey, analista-chefe da Moody's FCA, em comunicado. “Se esses parâmetros forem mantidos – concluiu – poderemos ver um aumento do rating nos próximos 12-18 meses”.

ASTALDI E INWIT SOB FOGO

Astaldi -5% após o Il Sole 24 Ore anunciar a sua intenção de definir um novo plano de reforço de capital que deverá incluir também uma reestruturação da obrigação.

A Inwit caiu cerca de 4,3% depois que o Morgan Stanley cortou a avaliação para "subponderação" de "peso igual" com um preço-alvo reduzido para 5,70 euros.

Destaque também para o salto de Bialetti: +21,39%, para 0,403 euros.

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