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Deveres: EUA e China assinam acordo, mas bolsas estão perplexas

Esta tarde, EUA e China assinam o acordo tarifário, que começará em novembro: é paz real ou apenas uma trégua? – Ganhos recordes do JP Morgan – BlackRock luta contra a sustentabilidade – O Tesouro lança o BTP de trinta anos

Deveres: EUA e China assinam acordo, mas bolsas estão perplexas

A assinatura do acordo entre Washington e Pequim está marcada para as 17h30, hora italiana. Mas já estão acesas as controvérsias sobre o alcance real do acordo, sobre quem dele se beneficia e, sobretudo, sobre seus efeitos concretos. Tantas dúvidas que tiveram como efeito conter a alta dos preços das ações, apesar dos fogos de artifício do JP Morgan, que abriu a temporada trimestral com resultados espetaculares.

As bolsas asiáticas caíram esta manhã: em Tóquio, o Nikkei caiu 0,6%. Hong Kong (-0,9%), Xangai (-0,6%) e o coreano Kospi também foram fracos. Apenas o S&P ASX200 de Sydney (+0,3%) contrariou a tendência.

Ontem à noite em Wall Street, os três principais índices bolsistas fecharam mistos, depois de atingirem máximos históricos à tarde: Dow Jones +0,1%, S&P500 -0,15% no vermelho e Nasdaq -0,24%.

Venda JP Morgan (+1,2%), que registou lucros trimestrais crescentes em 21%, para US$ 8,52 bilhões. Para 2019, os lucros subiram para 36,43 bilhões (+12%).

O trimestre do Citi (+1,6%) foi melhor do que o esperado, também neste caso graças à atividade de negociação de obrigações.

Respingo do Wells Fargo (-5,4%). US$ 1,5 bilhão em honorários advocatícios por processo de conta corrente falsa

DELTA AIRLINES +3,4% APÓS CONTAGEM. TESLA SUPERSTAR

A Delta Airlines saltou 3,4% depois de relatar resultados melhores do que o esperado para o trimestre. O lucro ajustado por ação ficou em US$ 1,7, acima das expectativas de US$ 1,4.

Ainda novos recordes para a Tesla, alta de 3,5% após +9% na segunda-feira.

DEVER SÓ VAI CAIR EM NOVEMBRO, FAÍSCAS NO 5G

Hoje, em Washington, Trump e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinarão um primeiro acordo comercial entre os EUA e a China, que incluirá o compromisso de Pequim de aumentar as compras de bens dos EUA em 200 bilhões nos próximos quatro anos, para abrir seu mercado de serviços financeiros. e proibir o roubo de tecnologia ou propriedade intelectual. Mas a notícia de que uma parte significativa das tarifas sobre as importações chinesas pode permanecer em vigor até depois das eleições presidenciais nos Estados Unidos reduz o entusiasmo. A comparação, portanto, continua quente, até porque há muitas dúvidas sobre os reais compromissos assumidos pelos chineses nas importações, de energia a carros. Permanece o significado político de um acordo que, por enquanto, tem sabor de trégua. Mas o confronto, principalmente em tecnologia (5G e inteligência artificial na liderança) promete ser quente. E isso explica a cautela da Bolsa americana: "Com p/e de 18 vezes - explica um especialista à Reuters - é natural que o mercado evite o entusiasmo".

INFLAÇÃO DOS EUA BAIXA, OURO SE RECUPERA

No mercado de câmbio, o dólar está mais uma vez se valorizando em relação às suas principais contrapartes na Ásia-Pacífico.

As obrigações rendem em baixa, a 1,80 anos, para XNUMX%, após os dados fracos da inflação americana divulgados ontem à tarde em linha com as estimativas recentes da Fed: a hipótese de uma intervenção do banco central está mais longe.

Ouro a 1.553 dólares a onça, +0,5%.

O petróleo Brent recuou 0,3% para 64,3 dólares, após subir 0,5% no fecho da noite de ontem. Na Piazza Affari Eni -1,2%. Saipem -1%, Tenaris -2%.

TRUMP PUXA AS ORELHAS DA SUÍÇA

As bolsas europeias vagaram ontem sem uma direção precisa, à espera de sinais no front tarifário. Nem mesmo as indicações vindas dos primeiros relatórios trimestrais dos EUA abalaram os mercados do clima de incerteza para o qual a notícia de que a Suíça, juntamente com a Alemanha, foi incluída pelo Tesouro dos EUA na lista de países acusados ​​de manipular a taxa de câmbio para favorecem a competitividade da própria exportação. É um sinal, argumenta State Street, de que Donald Trump, uma vez iniciado o processo de paz com Pequim, escolheu um novo inimigo para enfrentar a batalha, a estratégia de governo que mais lhe agrada. Daí um clima de expectativa, acompanhado de uma recuperação parcial dos mercados obrigacionistas. Para encontrar uma tendência mais agitada, foi preciso ir até as fronteiras da Europa: a Bolsa de Istambul fechou pelo sexto dia consecutivo em alta, chegando perto das máximas históricas.

O Milan fechou com leve alta: +0,13% aos 23.928, recuperando-se das mínimas da manhã (-0,6%).

Tendências semelhantes para os outros mercados: Frankfurt, Paris e Londres apresentam variações mínimas. O índice EuroStoxx 50 fechou em -0,1%, face aos -0,7% iniciais.

EUROPA VERDE DECOLA: 1.000 BILHÕES CONTRA CO2

Entretanto, a União Europeia está a dar os primeiros passos na frente da economia verde: o comissário europeu do orçamento, Johannes Hahn, ilustrou ontem um plano de triliões de euros para eliminar as emissões líquidas de C02 até 2050, favorecendo a transição dos países dependentes do carvão.

O Green Deal, aprovado em sessão plenária do Parlamento Europeu, vai alavancar os instrumentos financeiros da UE para mobilizar investimentos públicos e fundos privados no valor de 300 mil milhões de euros, um esforço necessário “para evitar uma crise climática”, disse Hahn. Dos triliões do plano a dez anos, cerca de metade deverá vir do orçamento de longo prazo da UE, mais de cem mil milhões terão de ser co-financiados pelos governos.

COLOCOU 6,75 BILHÕES DE BTPs

O Tesouro italiano anunciou ontem à noite o lançamento de uma emissão de BTP de 30 anos que será colocada hoje por meio de um sindicato. A operação, já debatida nos últimos dias, surge num momento propício: ontem a nova espanhola a 10 anos de 10 mil milhões de euros recebeu encomendas superiores a 53 mil milhões.

O Tesouro italiano colocou 6,75 bilhões de euros, o máximo da faixa ofertada, na reabertura dos BTPs de 3, 7 e 20 anos.

Os rendimentos dos dois títulos de vencimento mais longo aumentaram – especialmente os de 20 anos – para os níveis mais altos desde julho e junho de 2019.

O spread fechou em 160 pontos base contra 159. A taxa de dez anos situou-se em torno de 1,39%, inalterada em relação ao fechamento anterior.

O rendimento do Bund de 0,17 anos moveu-se pouco em -XNUMX%, em uma alta de sete meses.

UBS PUNE PIRELLI, RECUPERA PRYSMIAN

Modesti em movimento na Piazza Affari. Merece destaque a queda da Pirelli (-3,12%), afetada pelo corte de rating do Ubs. Ferrari ainda sobe (+0,4%), fraco FCA (-0,5%).

Já a Prysmian recuperou (+1,38%): mais um revés registado pela Western Link, o cabo que liga Escócia, País de Gales e Inglaterra é menos grave do que o esperado.

A blue chip mais brilhante foi a Moncler (+1,94%).

ATLANTIA RUMO À REVOGAÇÃO DA CONCESSÃO

Atlantia continua sofrendo (-0,6%). Segundo o "La Stampa", o Governo optou agora por revogar a concessão concedida pela Autostrade per l'Italia: isso será discutido no Conselho de Ministros na sexta-feira. A S&P rebaixou os ratings de curto e longo prazo da holding e da ASPI para 'BB-/B' devido ao "risco crescente" de revogação da concessão.

Ao nível dos bancos, a Banca Mps volta a subir (+4,91%) que se aproxima dos valores registados na sexta-feira com um salto de 19,7%. Subida do Guinness Book of Records para a Banca Intermobiliare (+31,36%), suspensa durante a maior parte da sessão. O Banca Ifis também foi positivo, mas abaixo das máximas registradas após o anúncio do plano de negócios. Nos negócios geridos destaca-se a Azimut (+1,5%). Nexi também subiu (+1,3%).

ACEA NO MAIS ALTO DESDE 2000

Acea (+3,7%) sobe para o nível mais alto desde 2000. Raiway fraca (-0,5%): Morgan Stanley sobe preço-alvo para 6 euros, de 5,6 euros.

Casta Diva (+18,36%) e Agatos (+18,7%) voam para Aim Italia. A Saicef, segunda empresa por capitalização bolsista, subiu 2,68% na sequência da notícia de que as empresas do grupo assinaram contratos no final de 2019 no valor de cerca de 73 milhões de euros, relativos a obras a realizar em 5 países: Áustria, Alemanha, Emirados Árabes Unidos, Suíça e Noruega.

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