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CR7 e o jogo dos fundos de investimento estrangeiro no futebol

Cristiano Ronaldo na Juventus tem despertado o interesse dos grandes fundos de investimento asiáticos. Um investimento tão importante representa uma oportunidade para a Serie A se relançar e competir com as principais ligas europeias. Stoxx Europe Football subiu 25%

CR7 e o jogo dos fundos de investimento estrangeiro no futebol

16 de julho de 2018 Cristiano Ronaldo chegou oficialmente a Turim onde passou por exames médicos obrigatórios antes de treinar com seus novos companheiros de equipe na Juventus. O clamor provocado pela compra da cinco vezes Bola de Ouro portuguesa não só ressoou na Itália entre os torcedores da Velha Senhora e não só, como o eco se estendeu por linhas que antes não seguia, como o asiático mercado.

Certamente o golpe marcado por Andrea Agnelli para o caso CR7 ultrapassou os níveis de negociação nunca vistos na Itália e por isso tem atraído o interesse de fundos de investimento não europeus onde a Juventus não registrou muitos seguidores. Com efeito, em geral, Os resultados do Stoxx Europe Football mostram que o índice atuante desde 2002 e que acompanha o desempenho de 22 clubes de futebol listados na Bolsa de Valores, nos últimos cinco anos cresceu 25% pelo interesse que despertou em instituições financeiras que pensaram em investir seu dinheiro nele com retorno. Acima de tudo, os fundos começaram a se abrir para investimentos no futebol porque representa uma forma alternativa de diversificação de riscos.

 “Esta pode ser uma oportunidade porque há amplo espaço para crescimento de receita onde atualmente somos mais fracos. Refiro-me às receitas de dia de jogo, onde faltamos também devido à histórica falta de estádios próprios: a receita média por espectador na Itália é metade da Premier League. Não é só isso: em comparação com o espanhol e o inglês, estamos atrasados ​​nas vendas de direitos de TV no mercado internacional. Mas repito: como as marcas de times como Juventus, Milan e Inter ainda são atraentes internacionalmente, fundos de investimento e financeiras estariam muito interessados ​​em investir diante de projetos credíveis”, explicou Luca Petrone, sócio da Deloitte Italia, entrevistado pela A República.

Os números do clube piemontês eram vertiginosos: A Juventus pagou ao Real Madrid 100 milhões de euros para ter Ronaldo que lhe custará um total de 86 milhões por ano, o valor das ações da equipe aumentou 210 milhões nos dias anteriores à assinatura do contrato, os seguidores no Instagram do clube de Turim página aumentou em mais de um milhão, enquanto as da página do Facebook cresceram 500.000 mil curtidas e a conta do Twitter ganhou 1 milhão de seguidores. Portanto, a Juventus provavelmente pagou menos do que receberá de Cristiano Ronaldo em termos de potenciais vitórias, patrocinadores, merchandising, ingressos e retorno de imagem.

Isso é porque o futebol ultrapassou as fronteiras do esporte, tornando-se espetáculo e entretenimento: “O interesse dos investidores internacionais pelo futebol europeu é uma tendência crescente. E diz respeito a tudo o que envolve um clube: podem financiar a construção de um estádio, bem como titularizar os direitos televisivos ou os rendimentos garantidos pela participação numa competição internacional. Assim como podem trabalhar para a reestruturação da dívida. O mundo do futebol passou por uma grande transformação, as demonstrações de resultados dessas empresas estão evoluindo e precisarão ser adequadamente acompanhadas por finanças estruturadas", disse Piergiorgio Mancone, fundador e sócio-gerente do LegisLAB, escritório de advocacia especializado em transações relacionadas, ao La Repubblica para esportes e clubes de futebol.

Até os números de um relatório da Deloitte confirmam essa crença: faturamento de 25,5 bilhões de euros na temporada 2016-2017 e um crescimento de +9% em relação aos campeonatos do ano anterior. Destes, uns bons 14,7 mil milhões vêm dos cinco grandes do futebol europeu, na classificação: Premier League (a melhor e que gera 5,3 mil milhões de receitas), La Liga, Bundesliga, Serie A e Ligue 1.

E, acima de tudo, os jogadores de futebol se tornaram mais do que apenas esportistas, assim como na década de XNUMX quem desfilava nas passarelas do mundo inteiro não era mais uma modelo que usava o vestido de uma famosa casa de moda, mas era a modelo que caracterizava o vestido ele usava, muitas vezes tornando-se o testemunho dessa marca. O mesmo está acontecendo agora com os jogadores, suas histórias, seus patrocinadores que se tornam parte integrante de seu contrato.

 

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