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Compass renuncia à aquisição de 19,9% do BFI

Mediobanca anuncia que sua subsidiária renunciou à aquisição em acordo com o consórcio Trinugraha porque a crise da pandemia mudou os termos em que nasceu

Compass renuncia à aquisição de 19,9% do BFI

A Compass, subsidiária a 100% da Mediobanca, renunciou ao acordo, anunciado em agosto de 2018, para a aquisição de 19,9% da BFI Finance Indonesia (“BFI”) ao consórcio Trinugraha detentor de 45,7% do capital social. O próprio Mediobanca comunica-o com uma nota em que relembra todos os detalhes da operação e explica as razões que levaram à renúncia de continuar com o acordo.

O BFI é, refere a nota, um dos principais players independentes no mercado de crédito ao consumo na Indonésia, uma história de sucesso em termos de taxas de crescimento, rendibilidade e solidez de capital. A operação insere-se no processo de realocação de capital do Mediobanca em atividades de banca especializada de elevado crescimento e rentabilidade e representa uma opção adicional de crescimento para a Compass, concluindo o já excelente percurso percorrido no mercado nacional.

Desde a assinatura do acordo, o consórcio Trinugraha, em concertação com o BFI - especifica o comunicado de imprensa do Mediobanca - comprometeu-se a resolver os elementos que impediam a concretização da transacção com a Compass, incluindo um litígio judicial pré-existente na Indonésia resolvido em definitivo no final de 2019, desbloqueando assim o procedimento de autorização local prodrômico ao junto ao Banco Central Europeu, necessário para o fechamento da transação.

“Desde então, o início da emergência econômica e de saúde ligada ao COVID-19 fez com que os termos econômicos do acordo não fossem mais atuais e mudassem as prioridades operacionais da Compass. Diante disso, em 30 de abril, a Compass e o Consórcio Trinugraha, de comum acordo, rescindiram o acordo assinado em agosto de 2018”, conclui.

Superada a fase de crise económico-financeira ligada à emergência sanitária, a Compass "pretende retomar a avaliação de uma eventual expansão em mercados que apresentem um contexto macroeconómico favorável através de empresas financeiras "target" capazes de garantir crescimento e rentabilidade ao Grupo Mediobanca”.

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