Mais problemas para os dois principais bancos alemães: Commerzbank corta dividendos e empregos, enquanto Deutsche Bank registra a nova baixa histórica na Bolsa de Valores.
O Commerzbank pretende cortar cerca de 9.000 empregos nos próximos anos e cortará seu dividendo de 2016 como parte de seu plano de corte de custos, de acordo com uma fonte próxima ao conselho de supervisão do banco. Os despedimentos serão geridos ao longo de um período até 2020, mas a dimensão dos cortes, que representa aproximadamente um quinto de toda a força de trabalho do segundo maior banco da Alemanha, não exclui a possibilidade de intervir com êxodos obrigatórios. “Esta medida é muito mais radical do que as anteriores”, explica a fonte. O plano de pessoal tem um custo estimado em cerca de mil milhões de euros que o instituto espera cobrir com a eliminação do dividendo.
No entanto, a queda do Deutsche Bank não pára, estabelecendo um novo mínimo histórico enquanto as perspectivas negativas ligadas aos problemas gerais do setor continuam pesando mas sobretudo às maxi multas exigidas pelas autoridades americanas em uma série de disputas. Ontem a ação já havia sofrido fortes quedas após rumores na imprensa segundo os quais o governo Merkel havia excluído ajudas públicas, mas o banco precisou que nunca havia solicitado. Ao início da tarde, as ações do Deutsche Bank registaram mais uma desvalorização de 3,13 por cento para 10,22 euros, depois de terem caído para um novo mínimo histórico de 10,19.
