Após 13 dias de intensas negociações, os representantes presentes na 21ª Conferência do Clima da ONU finalmente chegaram a um acordo para limitar o aquecimento global. O negócio foi finalizado durante a noite. O anúncio foi feito pelo chanceler francês Laurent Fabius e presidente da Cop 21 que, quase em lágrimas de emoção, quis agradecer a todos aqueles que tornaram o acordo possível.
“Temos um rascunho que é justo, ambicioso e equilibrado e que reflete todas as partes. É juridicamente vinculativo”, disse Fabius, especificando que o acordo para limitar o aquecimento global está bem abaixo do limite inicial de 2 graus, uma vez que a barra foi elevada para o limite de 1 grau e meio.
“Este acordo – continuou Fabius – é necessário para o mundo inteiro e para cada um dos nossos países. Ajudará os Estados insulares a se protegerem do avanço dos mares que ameaçam suas costas; dará meios financeiros à África, apoiará a América Latina na proteção de suas florestas e apoiará os produtores de petróleo na diversificação de sua produção de energia. Este texto servirá as grandes causas: a segurança alimentar, a luta contra a pobreza, os direitos essenciais e, em última análise, a paz. Chegamos ao fim de uma jornada, mas também ao início de outra. O mundo está prendendo a respiração e contando com todos nós."
Mas não há apenas o teto de 1,5 grau entre os pontos salientes do acordo climático de Paris. O projeto que será aprovado pelos delegados à tarde prevê uma alocação de 100 bilhões de dólares até 2020 para os países em desenvolvimento e inclui a disposição relativa à revisão quinquenal dos planos nacionais de redução de gases de efeito estufa.
Fabius encerrou seu anúncio sobre o acordo climático citando uma famosa frase do falecido Nelson Mandela, frase que atesta a importância do acordo alcançado entre todos os Estados para salvar o planeta: "Nenhum de nós agindo sozinho pode alcançar o sucesso, o sucesso é trazido por todas as nossas mãos unidas”.
