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China, o PIB desacelera, mas não muito (+6,9%). A Europa está esperando por Draghi. Ferrari no centro das atenções

O PIB chinês desacelera, mas não muito (+6,9%) - Aguardando os novos movimentos de Draghi - Ferrari no centro das atenções: o preço amanhã - Metroweb e Argentina: dois fatores desconhecidos para a Telecom Italia - As finanças da Saipem estão sendo renovadas à vista pela Cdp – Luxo tenta a recuperação.

China, o PIB desacelera, mas não muito (+6,9%). A Europa está esperando por Draghi. Ferrari no centro das atenções

A China está a abrandar, mas não muito. A economia de Pequim cresceu 6,9% no terceiro trimestre, o valor mais baixo desde 2009, inferior tanto ao valor do final de junho (+7%) como ao de há um ano (+7,3%). Mas ainda assim correu melhor do que o esperado, graças a um bom desempenho nos serviços, em comparação com a forte desaceleração da indústria transformadora. Os mercados apostam agora em novos estímulos, não excluindo uma nova redução da taxa de desconto, até Dezembro. Consequentemente, a reação das Bolsas de Valores foi positiva: Xangai +0,5%, Shenzhen +0,3%. Hong Kong fraco. A Bolsa de Tóquio, por outro lado, abre as portas com queda de 0,6%. 

LOCAL DE NEGÓCIOS

O sábio é aquele que sabe que não sabe. O ditado socrático deve ser mantido em mente nestas semanas marcadas por reações imprevistas e, em parte, imprevisíveis do mercado. A confirmação vem dos resultados mistos do inquérito do Financial Times sobre as taxas dos EUA. Ninguém espera um aumento em Outubro, mas as opiniões estão divididas para Dezembro: dois terços dos economistas apontam para um aumento em Dezembro. Por outro lado, os grandes intervenientes estão convencidos de que a Fed não cederá. 

Muito dependerá da inflação, que por sua vez está ligada à evolução do petróleo: a cimeira extraordinária da OPEP terá lugar em Viena, na quarta-feira, alargada para a ocasião a outros grandes produtores, como a Rússia. No centro do debate estará a proposta da Venezuela de regressar a um regime de cortes automáticos de produção que mantenha o barril acima dos 70 dólares. Entretanto, a barragem dos mercados resistiu à incerteza galopante. Nos EUA, o índice S&P subiu 0,9%, para um máximo de 8 semanas. O bom desempenho da General Electric (+3,2%) compensou os maus dados do Wal Mart (-10% na quinta-feira) e o desempenho misto das ações financeiras.

Na Europa, o índice Stoxx 600 fechou em paridade. Em Milão, o índice FtseMib fechou com alta de 0,36%, recuperando os 3% perdidos no início da semana nas últimas três sessões. Retransmissão esta manhã na cesta Mid Cap. Sorin deixa a bolsa italiana, após a fusão com a Cyberonics. Esprinet toma o seu lugar. 

A ESPERA DE DRAGHI EMPURRA O BTP

Os sinais de desaceleração da economia global têm sido compensados ​​pela espera pelas decisões dos bancos centrais. A chuva de dados contraditórios provenientes da economia dos EUA consolidou a sensação de que o aumento das taxas será adiado pelo menos até Dezembro, se não mais tarde. Entretanto, as atenções dos operadores estão centradas na próxima reunião do BCE, marcada para quinta-feira: crescem as expectativas para o anúncio de um aumento nas compras de flexibilização quantitativa. 

Entretanto, o spread Btp/Bund caiu para 105 pontos base. Este é o mínimo desde meados de abril. A taxa de 1,60 anos caiu para 2016%, o nível mais baixo desde o início de maio. A emissão de títulos do governo em 2015 será inferior à deste ano, disse a chefe de gestão da dívida, Maria Cannata. Em XNUMX, o Tesouro registou um aumento da procura por parte dos investidores internacionais nos leilões de títulos do governo italiano, nomeadamente o retorno dos títulos japoneses “depois de algum tempo” e o juro “muito bom” dos títulos norte-americanos.

FERRARI, O PREÇO CHEGA AMANHÃ

Cresce a expectativa pela estreia da Ferrari na lista de Wall Street na quarta-feira, 21. A carteira de reservas, dada a excepcional procura dos investidores confirmada pelo andamento do road show que encerrou sexta-feira em Maranello, regista reservas muito superiores à oferta. Neste ponto, não está excluído que o preço possa ser superior à faixa de preço (48-52 dólares) já comunicada. Neste caso, o valor do IPO poderá ser superior aos mil milhões de dólares assumidos até agora. O preço será comunicado amanhã, véspera da estreia da Vermelha sob o símbolo “Race”. Para ver a estreia na Piazza Affari, será necessário aguardar a cisão da Ferrari da FCA e sua passagem sob o controle direto da Exor, prevista para o início de 2016. Só então a eventual listagem em Milão se tornará atual. . 

A equipe Agnelli já se mudou para a Piazza Affari. A financeira Exor registou uma subida de 5,5%. A empresa concluiu ainda a compra de 27,8% das ações ordinárias (mais 100% das ações especiais) do grupo The Economist por 287 milhões de libras, o equivalente a 392 milhões de euros. A Fiat Chrysler também sobe (+3,3%): a saída da Ferrari vale, entre o IPO e a cisão, cerca de 4 mil milhões de dólares. Os resultados do terceiro trimestre serão apreciados pelo conselho de administração no dia 28 de outubro. O único ponto sensível continua sendo a difícil situação econômica da CNH Industrial (-8,65%), mais uma vez entre as piores blue chip, sob a pressão da crise no Brasil e dos dados decepcionantes da Caterpillar.

COLOCADO NA CESTA FTSE MIB JÁ EM 21 DE DEZEMBRO

Falando em blue chips, é óbvio que a Poste Italiane já reservou uma vaga no Ftse Mib já no dia 21 de dezembro, por ocasião da primeira revisão da cesta. Enquanto isso, o IPO avança em bom ritmo. A primeira semana registou uma procura que foi o dobro da oferta (38% do capital) dos investidores institucionais, apesar da parte americana do road show só ter começado esta manhã. A resposta dos poupadores também é boa, podendo subir para 30% do total. Por enquanto, a resposta dos funcionários é mais morna. O preço será anunciado na sexta-feira, assim que a transação estiver concluída, e corresponderá ao valor inferior entre o proposto aos investidores institucionais e o máximo fixado em 7,5 euros. 

METROWEB E ARGENTINA, DOIS DESCONHECIDOS PARA TELECOM 

Entre as “vítimas” da última semana está a Telecom Italia (-5,01%), apesar do reinício, condicionado e oposto, da mesa de negociações na frente do Metroweb. O conselho de administração liderado por Marco Patuano pede o controlo total da empresa uma vez concluídos os investimentos, mas também o direito exclusivo às negociações que, portanto, não poderão ser retomadas antes de expirar a carta de intenções já assinada com a Vodafone e a Wind (31 de outubro).

Mas a Argentina está acima de tudo a atrasar o antigo titular. O pare pelas autoridades de Buenos Aires A compra da Telecom Argentina pela Fintech pode mudar os planos: se a Fintech tiver que abandonar a operação, a Telecom poderá tentar recomprar, conforme os contratos, os 17% já vendidos há um ano ao fundo controlado por Martinez por 215,7 milhões de dólares , ou procure um comprador alternativo. 

A falta de cobrança poderá acelerar a conversão da poupança em ordinária com um ajustamento que poderá atingir os 550 milhões de euros, um pouco menos do que o previsto para a venda da subsidiária sul-americana. Uma solução que não deveria desagradar a Vivendi que acabaria controlando 25% do capital sem maiores desembolsos. Mas, por outro lado, o fortalecimento da Ti na América do Sul bloqueia o caminho para o projeto de fusão entre a empresa italiana e a Telefónica, como Vincent Bolloré não se importaria: as autoridades antitruste de Buenos Aires e do Rio nunca aceitarão uma solução tal.

SAIPEM FINANCE FAZ O LEVANTAMENTO ESPERANDO CDP 

Contagem regressiva para a liquidação da Saipem (-7,09%), uma das ações que mais sofreu nos últimos cinco pregões. Pesando a incerteza sobre o futuro aumento de capital além da crença de que a empresa não participará da onda de fusões e aquisições que está afetando o setor. Até 27 de Outubro, data de apresentação do novo plano de negócios, será necessário definir os detalhes da estratégia que prevê uma manobra total de 8 mil milhões, em parte através de um aumento de capital, em parte através da construção de linhas de financiamento que substituirão aqueles garantidos até agora pela Eni.

Em números, o conjunto de instituições lideradas pela Goldman Sachs e JP Morgan pensa num refinanciamento entre 4,5 e 5 mil milhões, mais um aumento entre 3 e 3,5 mil milhões que terá como principal protagonista a Cassa Depositi e Prestiti que, através do O Fundo Estratégico investirá 1-1,5 mil milhões através da aquisição de uma participação entre 15 e 20%, enquanto a Eni, uma vez alcançado o objectivo de desconsolidar a participação na Saipem, permanecerá em qualquer caso no capital. 

EVIDÊNCIA DE RECUPERAÇÃO DO LUXO LIDANDO COM O PIB CHINÊS 

O luxo tentará hoje reverter o curso depois de mais uma semana negra. Moncler (-13%) e Ferragamo foram os destaques da cesta principal da bolsa italiana. Com as bolsas fechadas, as estimativas de lucros e receitas da alemã Hugo Boss para 2015 foram reduzidas na sexta-feira, somando-se à desilusão gerada nos últimos dias pelas contas trimestrais da Lvmh e da Burberry. Em destaque A2A: Montenegro prorrogou por cinco anos o contrato de gestão conjunta da concessionária de energia Elektroprivreda Cme Gore (Epcg). 

Em evidência Pininfarina após o salto de sexta-feira (+4,95%). O mercado aposta na chegada de novidades nas negociações para a venda da empresa ao grupo indiano Mahindra&Mahindra.

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