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Mercado de transferências: super-sucessos na Europa, Itália marca época

Kroos e Rodriguez para o Real Madrid, Suárez para o Barcelona, ​​Sanchez para o Arsenal, Diego Costa para o Chelsea: estes são apenas alguns dos grandes sucessos do mercado que têm tido sobretudo equipas espanholas e inglesas como protagonistas – a Itália no cenário internacional está cada vez mais tendo um papel coadjuvante: apenas sucatas ou compras de baixo custo.

Mercado de transferências: super-sucessos na Europa, Itália marca época

A Europa foge, a Itália continua a assistir. Até no futebol, infelizmente, há quem corra mais rápido que nós; não é novidade, mas talvez este ano, com a Copa do Mundo recém-concluída, esteja ainda mais evidente do que de costume. Quatro anos se passaram desde nosso último triunfo europeu (Inter 4), 2010 desde uma final totalmente italiana (Milan-Juventus 11 em Manchester), até 2003 desde nosso último sucesso em uma copa que não a Champions League (Uefa Cup, Parma 15 ): em suma, o futebol italiano entrou no túnel por muitos anos, bem antes da crise econômica mundial, e a saída parece apenas uma quimera. O problema não é apenas econômico (Benfica, Borussia Dortmund, Atlético de Madrid, só para citar três times que levantaram ou quase ganharam uma taça, faturam menos que os principais clubes italianos), mas certamente o dinheiro é a causa primária. Na verdade, os números são impiedosos: a Premier League e a Liga gastaram, respectivamente, 1999 e 436 milhões, a Serie A "apenas" 315. No momento, nosso campeonato está à frente da Ligue 198 e da Bundesliga, mas apenas porque PSG, Mônaco e o Bayern de Munique ainda não conseguiu os maiores sucessos. Resumindo, se o bom dia começa pela manhã, o italiano será uma pequena viagem ao invés de um passeio europeu. Não queremos Juventus, Roma e Nápoles (que de qualquer forma terão de passar primeiro pela fase preliminar), justamente ansiosos para causar uma boa impressão, mas como podemos contrariar o poder esmagador dos ingleses, espanhóis, alemães e franceses? grandes nomes? A aquisição mais cara da Série A é Juan Manuel Iturbe, que se mudou do Verona para a Roma por cerca de 1 milhões (incluindo bônus): um belo golpe, sem dúvida, que no entanto empalidece em comparação com o que foi feito em outras margens. Acima de tudo, mais uma vez, o Real Madrid destaca-se como novo campeão europeu. A "Decima" não tirou o apetite de Florentino Perez que deu aos brancos James Rodriguez (28 milhões) e Toni Kroos (80): se o futebol fosse uma ciência exata já poderíamos dizer quem será o vencedor da próxima Champions League, mas para a sorte não é assim…

Até porque, enquanto isso, os outros não ficam só olhando. O Barcelona lançou o desafio com a compra de Luis Suarez (80 milhões) que vai assim compor um tridente nada mau com Messi e Neymar, mas também Ter Stegen, guarda-redes alemão com futuro brilhante. Atletico Madrid? Vendeu muito (falaremos disso daqui a pouco) mas comprou bem (o goleiro Oblak do Benfica por 16 milhões, Siquieira do Granada por 10, Mandzukic do Bayern por 22): enfim, o dinheiro arrecadado não vai para o balanço... Passemos à Inglaterra e mesmo aqui há pouco motivo para sorrir (para nós claro). Depois de um ano de "zeru tituli" José Mourinho exigiu um exército de verdade e Abramovich, ça va sans dire, o satisfez com libras. Os Blues compraram Diego Costa (38 milhões), Fabregas (33), Filipe Luis (20) e Drogba (lançado), além do regresso de Courtois; reparem quantos reforços vêm do Atlético de Madrid, coincidentemente a equipa que eliminou o Chelsea na última Liga dos Campeões… Outro protagonista do mercado do outro lado do Canal é o Liverpool: Suarez vendeu, os Reds compraram Lallana, Lambert (Southampton, respetivamente 31 e 5,5 milhões) , Markovic (Benfica, 25), Can (Bayer Leverkusen, 12) e Remy (Newcastle, 10). Mercado mais "seletivo" para Manchester City e Arsenal, mas longe de ser barato, dados os números em campo. Os campeões ingleses fizeram as compras do Porto em casa (Mangala e Fernando, 40 e 15 milhões), os Gunners apostaram na ala direita ao comprar Sanchez (38 milhões) e Debuchy (15). ManchesterUnited? Ele não vai ganhar copas e por isso está fora da nossa investigação, mas conhecendo Van Gaal certamente não vai se limitar a gastar. Os grandes franceses e alemães gastaram menos, mas isso não nos deve enganar: por um lado, aqueles que já têm plantéis completos (Psg e Bayern, que de qualquer forma adicionaram David Luiz e Lewandowski aos seus respectivos "quadros") , por outro quem aguenta as danças de um momento para o outro (Munique).

E nós? Limitamo-nos a observar o mercado "real", o dos jogadores de topo, por assim dizer, no máximo recolhemos alguns rejeitos (Evra ou Cole) ou tentamos lançar jovens promissores (Morata e Iturbe). Com estas premissas, porém, é difícil vencer a Liga dos Campeões, muito difícil mesmo. Há alguns meses Conte, evidentemente já pensando em sua demissão, falou da Europa como um restaurante de 100 euros onde nós (entendidos como futebol italiano) pensávamos que poderíamos comer com 10. Depois de ver esses números, ainda é possível culpá-lo? 

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