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Tempestade em títulos e moedas do governo e Tremonti antecipa a manobra

O spread entre Btp e Bund sobe para 181 pontos. Títulos do governo espanhol e grego na tempestade. Fugnoli (Kairos): "nessas duas semanas a especulação está no ataque e não me surpreenderia se piorasse". Tremonti antecipa a definição da manobra 2013-2014 para meados de junho. Euro abaixo de 1,4 em relação ao dólar.

Tempestade em títulos e moedas do governo e Tremonti antecipa a manobra

O spread entre o BTP e o Bund subiu para 181 pontos, os níveis mais elevados desde o passado dia 11 de janeiro, igual a uma yield de 4,89 por cento. Na esteira do resultado eleitoral, o spread dos Bonos espanhóis também piora: a diferença para os Bunds alemães é de 255,7 pontos. Recorde também para a Grécia: o spread com títulos alemães atingiu 1379.6, o máximo absoluto. Estes são os números da nova tempestade que se abateu sobre a zona euro, num momento extremamente delicado da crise. “As reuniões que terão de decidir sobre a Grécia – explica Alessandro Fugnoli, estrategista da Kairos – estão marcadas para meados de junho. Portanto, abriu-se uma janela de duas semanas em que a especulação poderá operar sem perturbações. Salvo notícias, não ficaria surpreso se a situação pudesse piorar. Mesmo que nada tenha mudado substancialmente de sexta para hoje ”.

Com efeito, a perspetiva negativa da S&P sobre Itália, ainda que mitigada pela opinião hoje expressa pela Moody's, teve como efeito levar o Tesouro a antecipar a definição da manobra 2013/14 para meados de junho de forma a alcançar um orçamento equilibrado . Um empurrão na direção certa, ainda que insuficiente para compensar as notícias negativas, entre as quais se destaca o resultado eleitoral na Espanha. “Na realidade – continua Fugnoli – o EPP não tem fama de ser um partido perdulário. Porém, nesses momentos, teme-se que sejam descobertos buracos no orçamento durante o revezamento do governo”.

A fragilidade da área do euro refletiu-se de imediato nos mercados cambiais. A moeda única recuou em relação ao dólar abaixo de 1,40 (a 12 a cotação era de 1,3985). A nota mais relevante, no entanto, diz respeito à corrida do franco suíço face à qual o euro caiu para 1,2345, e caminha para 1,20.

A turbulência dos mercados monetário e cambial explica em grande parte o dia difícil para as bolsas, tanto na Ásia, onde pesavam novos sinais de abrandamento da locomotiva chinesa, como em toda a Europa. O efeito cupom também pesa na Piazza Affari: hoje, 64 empresas pagam seus dividendos, com um impacto negativo de 1,85%. O preçário, que começou de manhã com uma descida superior a 3 por cento, corrigiu depois parcialmente até -2,98 (cotação às 12hXNUMX). Líquida do efeito cupom, portanto, a Bolsa italiana reagiu melhor do que Frankfurt, Londres e Paris. Mesmo o setor bancário, o mais atingido nas fases iniciais, recuperou posições ainda que o Intesa, no primeiro dia do aumento de capital, se mantenha em território negativo. (ub)

 

 

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