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Brexit adiado para abril, Apple e Levi's dispararam em Wall Street

Bruxelas dá a May mais duas semanas para sair do Brexit e a libra respira – Wall Street tranquilizada pela estabilidade da economia americana. Apple e Levi's estão voando – Guerra dos óculos em Paris – Poste Italiane detém recorde histórico na Piazza Affari – Enel e Terna aumentam os dividendos – Autogrill corre

Brexit adiado para abril, Apple e Levi's dispararam em Wall Street

Os sinais positivos que chegaram ontem da economia norte-americana reduziram os receios sobre o estado de saúde da locomotiva norte-americana que surgiram após os sinais "suaves" da Fed que justificaram as suspeitas de uma possível recessão. Os mercados caminham assim para um fim de semana tranquilo, até porque o ultimato sobre o Brexit passa para 12 de abril. O mapa da tabela de preços reflete o quadro apresentado pelos bancos centrais, mais uma vez dedicados a uma política extremamente "suave" à prova de recessão.

As listas de preços asiáticas estão ligeiramente deslocadas ou ligeiramente para baixo. O índice Nikkei de Tóquio perde 0,1%, com saldo semanal positivo de 1,4%. Hong Kong caiu 0,5% (-0,3% na semana). Índice CSI 300 das bolsas de Xangai e Shenzhen -0,9%, mas +1,4% na semana. A Bolsa de Valores da Índia ganha 0,3%, +2,1% na semana.

Desempenho positivo para os mercados norte-americanos. O Índice de Atividade Econômica do Centro-Oeste sinaliza um desempenho muito mais forte do que o esperado. O Dow Jones subiu 0,8%, o índice S&P 500 +1,09%, o Nasdaq se saiu ainda melhor, +1,42%.

ESTREIA RECORDE DA LEVI'S EM WALL STREET

A liderar o mercado esteve sobretudo a Apple (+3,5%), que voltou ontem a ser a empresa mais capitalizada do mundo. Para apoiar a Apple é esperar o desembarque no setor de produção de TV. Laura Martin, analista da Needham, elevou a classificação da empresa de compra para compra forte e o preço-alvo de US$ 180 para US$ 225.

Grande estreia (de fato, retorno) da Levi's Strauss: +31,8% para 22 dólares no primeiro dia de listagem.

A promessa de juros baixos até o final do ano estimulou a corrida para comprar títulos, o rendimento dos títulos do Tesouro de dez anos caiu para 2,52%, o menor dos últimos treze meses.

O dólar está se recuperando na maioria das contrapartes, após a queda dos dias anteriores. Euro-dólar estava em 1,137 (-0,4%) no fechamento de ontem, esta manhã está estável.

O petróleo Brent é negociado a 67,8 dólares o barril, queda de 0,1%, fechando ontem em -0,9%: a preços de hoje, estaríamos na terceira semana consecutiva de altas. Saipem -1,5%, Tenaris +2%, Eni +0,5%.

BREXIT, O ULTIMATUM POSTADO PARA 12 DE ABRIL

A libra está subindo em relação ao euro esta manhã, em 0,866, após quatro dias de queda: a hipótese de um Brexit sem acordo em 29 de março, pelo menos por enquanto, é descartada: a União Europeia decidiu esta noite ceder a Theresa May mais duas semanas: em caso de não ratificação do acordo de divórcio pela Câmara dos Comuns, será possível chegar a 12 de abril, então a Grã-Bretanha está fora.

Ontem a Bolsa de Valores de Londres fechou em +0,91%. O Banco da Inglaterra, que ontem deixou as taxas inalteradas, divulgou uma pesquisa que mostra que 80% das empresas acreditam estar "prontas" para lidar com o cenário 'sem acordo', um aumento ante 50% em janeiro. Mas a petição popular para ficar na UE ontem alcançou dois milhões de assinaturas no site do Parlamento.

MILÃO +0,2%: HOJE A MISSÃO DO XI

O nevoeiro na frente do Brexit, bem como as dificuldades dos bancos alemães, travaram ontem as bolsas europeias, que recuperaram à tarde graças ao impulso dos dados dos EUA.

O Milan subiu 0,2% para 21.373 pontos no dia da chegada de Xi Jinping.

“O governo italiano espera aumentar as exportações para a China em 7 bilhões de euros”, disse o subsecretário do ministério do desenvolvimento econômico, Michele Geraci. Além do acordo preliminar sobre o "Belt and Road", também está prevista a assinatura de cerca de trinta acordos industriais.

Emmanuel Macron, o próximo convidado de Xi, estendeu a reunião para incluir Angela Merkel e Jean-Claude Juncker, para sublinhar a frente comum europeia em direção a Pequim.

Queda em Frankfurt -0,49%, dobrada pelo baque do Deutsche Bank (-4,10%).

A "GUERRA" DOS ÓCULOS NO AR DE PARIS

Flat Paris, -0,07%, palco do desafio da EssilorLuxottica, -6,55%, assolada pelo embate entre o principal acionista e presidente executivo Leonardo Del Vecchio e o vice-presidente Hubert Sagnières: O gerente Dolfin (Del Vecchio) acusou o francês reagir por definindo a atitude do sócio italiano como "prejudicial para a empresa e para todos os seus acionistas". O desafio centra-se na figura do novo CEO que terá de ser identificado até 2020. Del Vecchio aposta todas as cartas em Francesco Milleri, antigo CEO da Luxottica. Os franceses se opõem à tentativa "de assumir a empresa em detrimento dos demais acionistas": a fusão, agora fica claro, foi mal planejada. Desde o início do ano, a ação perdeu cerca de 10% desde o início do ano contra os +15% registrados pelo índice Cac 40.

SPREAD PARA 241 PONTOS, TRÊS BILHÕES DE CTZ ENTRADA

O mercado de títulos é positivo. Para encerrar, o diferencial de rendimento entre Itália e Alemanha no trecho de dez anos situou-se em 241 pontos base, após ter atingido 245 durante a sessão.

A taxa a dez anos pára nos 2,446%, depois de ter fechado a sessão anterior nos 2,425%.

No leilão de terça-feira, 26 de março, o Ministério da Economia oferecerá entre 2 e 3 bilhões de euros entre Ctz novembro de 2020 e Btpei de 10 anos. Em particular, a Via XX Settembre colocará à disposição dos investidores entre 1,5 e 2 bilhões na décima primeira tranche do CTZ em novembro de 2020 e entre 500 milhões e 1 bilhão na vigésima reabertura do BTPEI em maio de 2028.

RUMORES APOIAM TIM E FCA

Na Piazza Affari, brilhou a estrela de Stm (+4,4%), impulsionada pela recuperação do índice de semicondutores de Filadélfia, pelas previsões positivas para o corrente ano do US Micron e, sobretudo, pela recuperação dos preços do principal cliente: Apple.

Duas blue chips avançam na onda dos boatos. Os rumores sobre a possível venda da subsidiária brasileira sustentaram a Tim + 1,3%. A perspectiva de fusão com a Peugeot mantém as atenções em alta na Fiat Chrysler, +0,4% em um dia negativo para o setor automotivo europeu.

REGISTRO HISTÓRICO PARA OS POSTAIS ITALIANOS

O cenário de juros baixos deprimiu os bancos, o pior setor da Europa (Stoxx Banks -1,4%, contra -0,8% da Itália): Unicredit -1,7%, Ubi Banca -1,2%, entre as grandes empresas, a Intesa se defende mais , -0,7%.

Muito mais brilhante Poste Italiane que marcou um novo recorde após os resultados e previsões divulgados nos últimos dias. Kepler Cheuvreux eleva a meta para 9,1 de 8,6 euros.

LUCRO RECORDE PARA A ENEL: O CUPOM AUMENTA PARA 0,33 EURO

As concessionárias amparadas por tarifas baixas estão em grande evidência. Continuou o avanço da Enel (+0,65% para 5,58 euros). O resultado do grupo em 2018 foi de 4,79 bilhões, com crescimento de 26,7% em relação aos doze meses anteriores. O cupão sobe para 0,33 euros por ação, contra 0.28 euros em 2018.

Terna +0,4%, apresentou a atualização do plano de negócios: em 2023 o Ebitda deverá ser de 2 mil milhões de euros. O dividendo, entre 2019 e 2021, é apontado como um crescimento médio anual de 7%.

A A2A (+0,1%) anunciou que assinou uma carta de intenções com duas empresas de serviços públicos da região do Vêneto (Vicenza e Verona) para o desenvolvimento de atividades no Nordeste. O Banca Akros retomou a cobertura com rating neutro e meta preço de 1,7 euros.

EXECUÇÃO DE GRUPO AUTOGRILL E GIGLIO

Rally Autogrill (+4,5%). O Goldman Sachs inicia a cobertura com o rating Buy, visando 11 euros.

O Grupo Giglio está em execução (+6% para 3,53 euros). A Banca IMI anunciou que iniciou a cobertura da empresa ativa na área do comércio eletrónico, com uma recomendação de Compra e um preço-alvo de 6,20 euros (potencial upside +80% aproximadamente).

A ASTM/Sias (+0,2%) adiou a aprovação das demonstrações financeiras porque está em curso no Brasil uma investigação sobre dois ex-executivos da subsidiária Ecorodovias.

No Fila vermelho (-4%): a Banca Akros confirmou o rating de compra, reduzindo o preço-alvo para 17,3 euros de 21,05, após a divulgação dos resultados de 2018.

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