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Bolsas de valores: EUA, UE, BCE e Reino Unido são os temas do dia

A vitória definitiva de Biden no Arizona, o sinal verde da UE para o Fundo de Recuperação propiciado por Merkel e o fortalecimento da bazuca do BCE desejada por Lagarde: 3 ideias para os mercados que também estão de olho nas negociações Johnson-Von der Leyen

Bolsas de valores: EUA, UE, BCE e Reino Unido são os temas do dia

Três notícias influenciam os mercados: o reforço da bazuca pelo BCE; o sinal verde do Conselho Europeu ao Fundo de Recuperação (graças ao acordo alcançado por Angela Merkel com a Hungria e a Polónia); e o sucesso de Joe Biden no Arizona, que derruba o primeiro apelo de Trump. A atualização dos EUA, que chegou durante a noite, alivia a tensão nas bolsas de valores que, após dias de euforia vacinal, marcaram ponto na quinta-feira, seja pelo impasse das medidas no Congresso, travadas pela guerrilha do ex-presidente, quer para a situação da saúde: mais de uma dezena de estados dos EUA relataram uma duplicação de novos casos de Covid-19 nas últimas duas semanas.

Assim, os mercados de ações dos EUA e da Ásia fecharam no vermelho esta manhã: o índice MSCI Asia Pacific excluindo o Japão caiu 0,2%. O Nikkei de Tóquio perde 0,7%, enquanto o cruzamento dólar-iene cai para 104,9. CSI 300 das listas de preços de Xangai e Shenzen -1%.

FLY TENCENT: 100 MILHÕES DE ASSINANTES PARA UM DE SEUS JOGOS

O Hang Seng de Hong Kong também caiu (-0,3%), apesar dos +4% da Tencent. Os negócios de mídia social e jogos relataram um aumento de 89% no lucro, acima do esperado, para US$ 5,8 bilhões no último trimestre. Seu principal jogo, Honor of Kings, atingiu um recorde de 100 milhões de usuários ativos diários.

O Kospi de Seul subiu 0,5% (apesar de um escândalo envolvendo fundos de investimento), o Taiex de Taipei 0,2%, o Sensex de Mumbai 0,3%.

AUSTRÁLIA: O MAGNATA DA MINERAÇÃO APOSTA NO HIDROGÊNIO

Em paridade com a Bolsa de Valores australiana. O primeiro acionista da gigante de mineração Fortescue Metals, Andrew Forrest, anunciou que investirá uma parte significativa de sua fortuna pessoal na construção de uma planta de produção de hidrogênio verde com 235 GigaWatt de capacidade instalada, quatro vezes mais do que um programa semelhante anunciado pela BP para 2030.

Os futuros de Wall Street são ligeiramente positivos. Ontem, o Dow Jones fechou em -1,08%, o S&P 500 em -1%, o Nasdaq em -0,73%. Destaque para o salto da Moderna (+6,5%), que revelará sua vacina em poucos dias.

73 MILHÕES DE ASSINANTES PARA DISNEY+

Walt Disney desacelera, mas a plataforma Disney+ anuncia que chegou a 73 milhões de assinantes.

O dólar está pouco movimentado em relação aos seus homólogos de referência. A Nota do Tesouro de 1 anos, que chegou perto do rendimento de 0,86% no início das semanas, está voltando: esta manhã estamos em 27%. A curva de juros, como resultado dos novos bloqueios anunciados em Chicago, Detroit e Califórnia, voltou a se achatar, movimento que penalizou ontem os grandes bancos de Wall Street. Ontem, o leilão de 30 bilhões de dólares em notas do Tesouro de XNUMX anos teve um bom resultado: forte demanda e presença crescente de investidores estrangeiros.

PETRÓLEO QUEDA PARA 40,3 DÓLARES

O petróleo WTI caiu quase 2%, para US$ 40,3 o barril. Os estoques de petróleo dos EUA subiram mais de quatro milhões de barris na semana passada, enquanto o consenso esperava um declínio de 900.000 barris.

CEO da PFIZER VENDEU AÇÕES APÓS DESCOBERTA

Após oito dias de recuperação (+16% Piazza Affari) as tabelas de preços europeias permitiram-se uma pausa, aguardando novas confirmações na frente da vacina e sinais da Casa Branca, onde Donald Trump ainda promete batalhar, entre os primeiros fracassos leais ( incluindo Fox News). A ação rendeu algum lucro após o rali registrado nas sessões anteriores, o que não foi alheio à perplexidade com a notícia de que Albert Bourla, CEO da Pfizer, vendeu títulos por 5.6 milhões de dólares antes do anúncio da vacina.

Por outro lado, os anúncios se multiplicam: a vacina russa Sputnik 2, adotada pela Hungria, garante 92% de eficácia; O Brasil retomou os estudos da chinesa Sinovac. Os destaques estão voltados para a apresentação do medicamento Moderna, já promovido por Anthony Fauci. A atenção também se concentrou no fórum virtual com a participação de banqueiros centrais, incluindo Jerome Powell.

POWELL: VAMOS COMEÇAR MAS MESES DIFÍCEIS NOS ESPERAM

O presidente do Fed queria conter o entusiasmo na frente da vacina, sublinhando que “enfrentaremos desafios muito pesados ​​nos próximos meses. Vamos começar de novo – disse – mas a economia certamente terá mudado: haverá um grande número de trabalhadores que precisarão de ajuda para entrar em uma economia profundamente diferente”. Christine Lagarde, por outro lado, quis sublinhar a menor incerteza sobre o futuro após as eleições nos EUA e os progressos no Brexit.

LAGARDE PREOCUPADO COM O MASSACRE DO VISON DINAMARQUÊS

Mas muitas coisas ainda podem dar errado, como demonstrado pelo caso dos 17 milhões de visons que a Dinamarca terá que abater para impedir a propagação da infecção.

No entanto, sinais reconfortantes vêm do mercado de trabalho americano: o número de desempregados cai para 709 mil. Muito pouco para negar a urgência de estímulos fiscais e novas intervenções de política monetária.

A produção industrial nos 19 países que usam o euro caiu 0,4% em setembro em relação ao mês anterior, uma queda de 6,8% em relação ao ano anterior. Os economistas estimaram +0,7% no mês e -5,8% no ano.

A produção de bens de consumo duráveis, como televisores e máquinas de lavar, foi o componente mais forte do crescimento dos meses anteriores, mas houve queda de 5,3% em setembro.

PIAZZA AFFARI FREIA APÓS TRÊS DIAS DE RALLY

A Piazza Affari limita os danos a -0,84%, parando em 20.817 pontos, sob uma enxurrada de relatórios trimestrais. Frankfurt perde terreno, -1,21%. Em queda acentuada Siemens (-3,6%). Paris -1,52%, Valeo deixa 4,18% no chão. Madri -0,92%. Londres se sai um pouco melhor: -0,63%.

NOVO LEILÃO RECORDE PARA BTPs

A queda nos yields dos títulos públicos continua: o BTP de dez anos cai para 0,68% -5 pontos. Nos leilões de médio e longo prazos de ontem, as taxas do BTP de 3 e 15 anos registraram novas mínimas históricas, enquanto os títulos de 7 anos subiram uma fração, mas perto da mínima histórica. O Tesouro atribuiu o montante máximo de 6 mil milhões de euros, de um intervalo oferecido de 4,75-6 mil milhões. A terceira parcela do cupom zero de janeiro de 3 de 2024 anos foi atribuída a 3 bilhões a uma taxa bruta de -0,19%, novo recorde de baixa, de -0,14%, marcado na colocação de meados de outubro.

A nona tranche do empréstimo de sete anos com vencimento em setembro de 2027 e rendimento de 0,95% foi colocada por 1,75 bilhão a um rendimento de 0,35%, um centavo um pouco acima da mínima histórica de 0,34% atingida no mês passado. A relação oferta-demanda está em 1,58 de 1,76. Quanto ao março de 15 de 2036 anos, na sexta reabertura, o valor atribuído é de 1,25 bilhão à taxa bruta de 1,05% ante 1,91% no leilão de meados de junho.

UM DÓLAR DE OBRIGAÇÃO À VISTA

O Tesouro anuncia que mandatou um pool de bancos para emitir um novo título em dólar com vencimento em fevereiro de 2026, com possibilidade de uma segunda parcela em novembro de 2050.

ENEL: FECHAR VENDA DE FIBRA ABERTA, HERA BOM

A Enel (-1,61%) está perto de chegar a um acordo para vender sua participação na operadora de banda larga Open Fiber para o fundo australiano Macquarie e Cassa Depositi e Prestiti (Cdp). A Reuters escreveu observando a abordagem decisiva do conselho de administração da Enel marcada para 17 de dezembro: o governo está aumentando a pressão em ambos os lados para acelerar os planos de criar uma operadora nacional de banda larga.

Entre as utilidades, a Hera saiu-se bem (+1,74%), promovida pela Kepler Cheuvreux de hold to buy, com um preço-alvo a passar de 3,5 para 3,6 euros.

POSTE ITALIANE (+3,03%) TÍTULO DO DIA

O protagonista do dia foi Poste Italiane (+3,03%) no nível mais alto do trimestre. A performance foi influenciada pelas excelentes contas da empresa liderada pelo CEO Matteo Del Fante, mas também pelo acordo de dividendos referente às contas de 2020, igual a 0,162 euros por ação, uma alta de 5%. As receitas cresceram, chegando a 2,58 bilhões (+0,8% em base anual), com forte recuperação após os -13,1% do segundo trimestre.

GENERALI -0,5%, MEIO DIVIDENDO PAGO EM 2021

A Generali (-0,5%) fechou os primeiros nove meses de 2020 com 4 bilhões de euros de lucro operacional, cerca de 200 milhões de euros a mais que o consenso. A empresa informa que não vai pagar a segunda parcela do dividendo, conforme solicitado pelo órgão regulador, mas o plano de remuneração de três anos não muda.

CAMISA PRETA PIRELLI. JV ENTRE FCA E ENGIE

A Pirelli (-5,5%) superou as expectativas dos analistas no terceiro trimestre, com receitas caindo 7% ano a ano para 1,27 bilhão e Ebitda igual a 309 milhões de euros. Mas, ao mesmo tempo, há uma revisão para baixo das estimativas de rentabilidade.

A Fiat Chrysler (-2%) fechou um acordo com a Engie sobre sistemas de armazenamento de energia: a nova joint venture visa ser líder no setor de e-Mobility. CNH Industrial -1,61%.

A Tod's brilha com um salto de 10% após receitas trimestrais superiores às expectativas dos analistas. Por outro lado, Ferragamo está recuando (-1,9%) em um setor animado em toda a Europa, graças também ao trimestre acima das expectativas da Burberry.

Entre os bancos, as realizações prevalecem após a corrida dos últimos pregões, com os grandes Intesa e Unicredit recuando 1,6% e 2%, respectivamente.

MEDIOBANCA PROMOVE RESULTADOS "SÓLIDOS" DA MEDIASET

A Mediaset teve uma boa cobrança (+3,2%), na sequência dos resultados do trimestre, definidos como "rock solid" pela Mediobanca Securities, que "confirmam uma forte geração de caixa aliada a uma tendência de melhoria da parte das receitas publicitárias". Entre as outras corretoras, a Berenberg elevou o preço-alvo para 1,9 euros ante os 1,75 euros anteriores, o Barclays para 2 euros de 1,9 euros e o Credit Suisse para 2,05 euros de 1,95 euros.

3 BILHÕES DE PRESENTES DE IMPOSTOS PARA QUEM COMPRAR MPS

Qualquer comprador Monte poderá calcular o dote como capital, para a transformação, ope legis, de 3,7 bilhões de impostos diferidos ativos em recebíveis do Tesouro. Por enquanto, o texto do orçamento prevê: o patrimônio, que caiu para 6,77 bilhões por conta das perdas em setembro, está tão próximo do mínimo fiscal que já prepara um aumento de 2 bilhões, que no início de 2021 vai ver o Tesouro pagar pelo menos seus 68%. O n.º 1 da lei prevê que o “desconto” seja acionado se “de 1 de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021” realizarem “operações de combinação de negócios por fusão, cisão ou transmissão de empresas”, o que permitiria “aos sujeitos, respetivamente, resultantes da fusão ou incorporação, beneficiária e cessionária”, para aumentar seu capital utilizando certos prejuízos fiscais da presa.

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