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Trocas entre petróleo e Obama: dois colapsos que afetam os mercados

Petróleo está em baixa em quatro anos: perdeu quase 30% desde junho e as ações do petróleo estão sendo vendidas com as duas mãos nos mercados - A clara derrota de Obama nas eleições de meio de mandato dos EUA é outro evento que condicionará as bolsas ataques a Draghi em vista da diretoria do BCE - Hoje a diretoria do MPS sobre o aumento de capital - Utilities em recuperação

Trocas entre petróleo e Obama: dois colapsos que afetam os mercados

Borsa Incerte no final de uma sessão marcada por inúmeras novidades. Em primeiro lugar, a seca, embora derrota dos democratas nas eleições de meio de mandato. Os republicanos agora têm maioria em ambas as casas do Parlamento. O presidente Obama será forçado a governar por decreto sempre que possível. 

Novos sinais de desaceleração da economia chinesa. Depois da indústria, agora é a vez dos serviços. Mas o tema do dia para a economia global é a queda dos preços do petróleo, desencadeada pela notícia de que a Arábia Saudita ampliou o desconto aplicado ao seu petróleo premium. 

Os contratos futuros de petróleo do tipo Brent são negociados a 82,4 dólares o barril, uma queda de 2,7%, estamos nos mínimos dos últimos 4 anos. O WTI americano também caiu 2,8% para 76,50 dólares. Dos picos alcançados em junho a 116 dólares, a queda no que antes era chamado de ouro negro está próxima de 30%.

A bolsa de valores de Tóquio mostrou pouco movimento +0,21%, o índice da Ásia-Pacífico ligeiramente abaixo. As bolsas chinesas avançam aguardando a chegada de novos estímulos do banco central: Xangai +1,25%. 

Wall Street fraca, pressionada pelas vendas de petróleo: no final, o índice Dow Jones subiu 0,1% enquanto o S&P 500 caiu 0,3% e o Nasdaq 0,33%. Após o resultado da votação de recuperação esta manhã em Tóquio, os futuros nas bolsas de valores dos EUA subiram 0,3%. 

ITÁLIA RETÉM, BTP/BUND SCAP ALÉM DE 160

Os sinais de sofrimento, como sempre, vêm da economia europeia, a começar pela italiana. Das previsões de outono da Comissão Europeia, que reviram em baixa as estimativas de crescimento para Itália este ano e no próximo, elevando-as respetivamente de +0,6% para -0,4% e de +1,2% para +0,6%. Em 2015, apenas Chipre se sairá pior que Bel Paese. As Bolsas fecharam ontem no vermelho: Frankfurt perdeu 0,92%, Londres 0,52%, Paris 1,52% e Madrid 2,12%. A queda mais acentuada diz respeito a Milão: Piazza Affari fechou em forte baixa nos mínimos da sessão: o índice Ftse Mib perdeu 2,3% e voltou a cair abaixo do limite psicológico de 19 mil pontos.

Não menos preocupante foi o salto à tarde do spread entre o BTP e o Bund, que assim subiu para 161 pontos base, mais devido à performance da obrigação alemã do que ao crescimento da yield da obrigação italiana a XNUMX anos .

PERANTE A DIRETÓRIA DO BCE TORPELLES CONTRA O PRESIDENTE 

O humor dos mercados piorou após os rumores da Reuters segundo os quais há uma tempestade no Conselho do BCE. Draghi seria repreendido por alguns membros por não compartilhar as escolhas e pela decisão de ter comunicado ao público as metas de aumento do orçamento do BCE. Isso reduz a margem de manobra do governador nas próximas reuniões, a partir de amanhã.

A reação nos mercados foi imediata: as ações aceleraram em baixa, o euro recuperou face ao dólar enquanto as obrigações da periferia perderam sustentação e perderam um punhado de pontos face a um bund muito comprado. 

Previsões contrastantes sobre o resultado do confronto de amanhã na Eurotower. O Bnp Paribas publicou um longo estudo no qual declara que espera novas medidas para dezembro, possivelmente também um Quantitative Easing sobre títulos do governo, e que o movimento pode ser antecipado amanhã por uma linguagem particularmente complacente na coletiva de imprensa. A razão seria que o atual mix de política monetária não está funcionando, o que causa grande preocupação para Draghi e seus colegas.

Mas o conselheiro austríaco Ewald Nowotny já antecipou que o banco central não lançará este ano programas de compra de títulos do governo e que, se o fizer, no futuro, a desagregação das compras por país com base na participação no capital do BCE, será seria questionável, já que a maioria das compras seria relativa à dívida alemã. 

ESTOQUES DA OIT NO VERMELHO. ENI EM DIREÇÃO À SAÍDA DO SUL STREAM

Dia da paixão nas bolsas de valores por ações de energia. Em Wall Street, o setor de energia perdeu 2,67%. O índice do setor europeu é pior -3,8%. Na lista italiana, a Eni marca uma queda de 3,5%, a Saipem de 4,8%. O CEO do cachorro de seis patas, Claudio Descalzi, descartou um ensopado para a subsidiária, ao mesmo tempo em que anunciou que, caso o orçamento estimado para o projeto South Stream fosse ultrapassado, o grupo poderia considerar a saída do projeto.

Dia ruim para as demais ações ligadas à indústria petrolífera: Tenaris perdeu 3,92%, Saras perdeu 1,85% para 0,7945 euros e Erg 2,96% para 8,69 euros.

MPS AVANÇA AGUARDANDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: MAS CHINÊS NÃO TEM QUE JOGAR

Hoje é o dia da diretoria da Monte Paschi que deverá lançar o esperado aumento de capital. O Credito Fondiario atuará como assessor da operação que poderá servir de ponte para uma possível integração com outra instituição mesmo que, além do Banco de Santander, outras instituições de grande porte, como Intesa SP, Unicredit e BNP já tenham negado ter interesse na MPS Paribas que controla o Bnl na Itália.

Ontem o banco, contrariando a tendência do mercado, subiu 5,35% também na onda de rumores sobre uma hipotética oferta, negada pelo instituto, vinda de Hong Kong. Consob investiga. Exane elevou a recomendação para Outperform de Neutro. Banca Carige também ganha 7%.

O resto do setor está fraco, às vésperas dos relatórios trimestrais que começarão no dia 11 com dados do Intesa (-3,6%) e Unicredit (-3%). Ubi Banca (-5%, conselho de administração no dia 12), Banco Popolare -3,1%, Banca Popolare di Milano -4,5% também caíram. 

UTILIDADES, A AUTORIDADE SE CORRIGE. MAS A ENEL CAIU DE NOVO

Isso inclui em parte a emergência ligada às comunicações da Autoridade de Energia. Ontem foi divulgado um esclarecimento sobre os métodos de cálculo das tarifas, em particular, está esclarecido na nota que levará em conta a inflação real: esse trecho não constava do documento divulgado na noite de sexta-feira. A ameaça de revisão negativa do marco regulatório deve desaparecer. 

O Snam, que caiu 11% na segunda-feira, fechou em alta de 3,5%. O rebote do Terna +0,2% foi bem mais modesto (contra uma perda de 6,7% na véspera). Ainda em queda, a Enel perde 1,4% e a Enel Green Power -1,4%.

LUXO AINDA SOFRE APÓS CONTAS DE HUGO BOSS

Fiat Chrysler Automobiles caiu 1,5% ontem. Pesadas perdas, entre os industriais, também para a Finmeccanica (-3%). Enquanto isso, o recuo do luxo continua, também alimentado pelo alerta de Hugo Boss (-5,4%) sobre as vendas e lucros de 2014. Yoox -6%, Ferragamo -3,7%, Moncler -2%, Tod's -3,5%. 

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