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Bolsas de valores emergentes: início do sprint em 2022, Índia na liderança

Mumbai está agora perto dos máximos históricos: +6% desde o início do ano - Hong Kong e Brasil também estão entre as melhores bolsas de valores em 2022 - O caso da Mongólia é particular: +133% em 2021

Bolsas de valores emergentes: início do sprint em 2022, Índia na liderança

Touro parece ter decidido tirar férias exóticas, em busca de novos campos de caça. É este o sentimento que surge ao olhar para as bolsas internacionais, enquanto se espera perceber o quão robusta será a dieta anti-inflacionária a impor aos mercados dos EUA, Nasdaq na liderança, e aos da velha Europa. Enquanto isso, alguns mercados emergentes estão galopando, em linha com algumas surpresas da economia-mundo. As preocupações mais singulares a Bolsa de Valores de Ulan Bator, que comemorou trinta anos de atividade após a queda da hegemonia soviética com um impressionante até 132,7 por cento em 2021. Uma performance que, para demonstrar como as pessoas dos mercados têm impulsos semelhantes em todas as latitudes, partiu do generoso apoio à população face ao confinamento.

Na Mongólia, como em Wall Street, o fenômeno favoreceu a corrida à Bolsa por um novo público, iniciantes na tabela de preços, desertados pelas grandes matérias-primas internacionais. Daí o boom da Tumen Shivuut, líder na produção de ovos, que quadruplicou, seguida da Apu (refrigerantes) e da Suu (lácteos), ações que triplicaram de valor à frente das produtoras de couro e da Gobi, premiada empresa de caxemira. Agora, comente sobre Nikkei Times, o oficial jornal japonês que controla o Financial Times, cabe aos grandes bancos, aguardando o julgamento de fogo da cotação. E aí veremos se o desejo da Bolsa resiste a uma situação que não promete ser fácil nem mesmo para os emergentes.

Em suma, é difícil rever certos desempenhos: atrás da Mongólia a corrida do Sri Lanka e dell 'Uzbequistão (ambos acima de 70%). E quem sabe como a Kase, a Bolsa de Valores, vai reagir Cazaquistão, que subiu abundantes 50% em 2021, impulsionado pelo aumento do preço do gás, uma das causas dos protestos da semana passada. Como observa David Rees, da Schroders, “não há como escapar do fato de que crescimento econômico dos mercados emergentes será mais lento em 2022. A demanda por bens manufaturados deve diminuir este ano; portanto, é improvável que taxas estelares de crescimento das exportações continuem visto durante 2021. Por exemplo, se a atividade imobiliária reduzida levar a uma demanda mais fraca por commodities, como metais industriais, isso afetaria as exportações das economias da América Latina e da África subsaariana.

Mas a economia mundial tem muitos recursos, como evidenciado pelo estrondoso início de 2022. Entre as inovações mais interessantes no início do ano estão o amplo sinais de despertar das bolsas de valores emergentes. o Brasil fechou ontem com ganho de 1,8%, Bombaim está agora perto dos máximos históricos, +6% desde o início do ano, e também 香港 está entre as melhores bolsas de valores do mundo desde o início de 2022 com alta de 4,2%.

La bolsa de valores indiana, em particular, merece atenção especial dado o interesse de grandes operadoras em deixar o mercado chinês. Durante 2021, a Bolsa de Valores da Índia atraiu 40 bilhões de dólares, um recorde absoluto, e realizou IPOs de 15 bilhões (9,2 bilhões no ano anterior). Segundo o Morgan Stanley, os lucros corporativos aumentarão 20% este ano (contra +42% em 2021). Na semana passada confirmou-se a boa saúde do mercado com o sucesso da operação (4 mil milhões de dólares) lançada pela Reliance Industries, chefe do magnata Ambani, o homem mais rico do subcontinente indiano. Além disso, alguns IPOs tecnológicos alcançaram excelentes resultados, a começar pelo site de cosméticos online Nykaa e Zomato, que entrega comida em casa.

Tudo no contexto de uma economia que, segundo o Banco Mundial, crescerá 9,2% este ano, no auge do crescimento. Para 2023, o FMI indica um ligeiro abrandamento do crescimento para 8,5%, ritmo que deverá de qualquer forma ultrapassar o de todas as outras grandes economias. Certo, problemas não faltam. Algumas dúvidas sobre a sustentabilidade desta tendência de crescimento surgem quando se verifica que o investimento fixo bruto total representa menos de um terço do produto interno bruto, segundo dados do Banco Mundial. Na China esse item supera 40% do total. O governador do Reserve Bank of India, Shaktikanta Das, observou no início de dezembro que o investimento do setor privado "ainda está atrasado", o que poderia prejudicar a melhora da demanda agregada. Mas, se a Índia conseguir manter a pandemia sob controle (embora em alta, os números estão longe do pico de maio passado), a demanda do consumidor poderá compensar a lacuna.

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