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Sacos, ainda um dia vermelho escuro. A sombra da Dexia nas listas de preços europeias

O fantasma do Dexia, banco franco-belga à beira da falência, assusta as bolsas – Depois de um dia extremamente volátil, o Milan fechou com queda de 2,72% – Só a Impregilo contrariou a tendência: um investidor ainda desconhecido comprou ontem o 5 % - Influência negativa nos bancos também da revisão das metas pelo Deutsche Bank

Sacos, ainda um dia vermelho escuro. A sombra da Dexia nas listas de preços europeias

O FANTASMA DE DEXIA ASSUSTE AS SACOLAS
OUTRO DIA EM VERMELHO PROFUNDO

Depois de terem dançado por muito tempo à beira do precipício, as Bolsas reduziram suas perdas, porém muito pesadas. Em Milão, o índice FtseMib, depois de ter sofrido uma queda de cerca de 4%, reduz a queda para 2,72% em 14.243, Paris -2,5%, Frankfurt -2,7%. A sessão foi condicionada pelo colapso do Dexia, o grupo bancário público franco-belga, agora destinado a entrar para a história como a primeira vítima da crise da dívida soberana. A ação do banco desce 19% para 1,01 euros, depois de ter tocado numa perda que chega a duplicar, 38%, para chegar a 0,81 euros, o mínimo da sua história. A causa está na queda do valor das obrigações gregas que detém em carteira, cerca de 3,6 mil milhões de euros: em agosto o banco amortizou 20% cerca de 1,6 mil milhões de euros de obrigações com maturidades anteriores a 2020.

Se desvalorizasse em 50% o valor de todos os títulos do governo grego, é o que pedem holandeses e alemães, que querem renegociar as condições acordadas para os credores privados de Atenas, o prejuízo seria insuportável. Uma declaração formal chegou esta manhã na qual o Ministério das Finanças da França diz que a França e a Bélgica e seus respectivos bancos centrais tomarão todas as medidas necessárias para proteger os credores e depositantes.

Menos grave, mas não menos impressionante, é a revisão das metas do Deutsche Bank: o encouraçado de Joseph Ackermann, que está prestes a deixar a instituição na próxima primavera, não cumprirá as metas estabelecidas para 2011. E a ação sai do chão com alta de 9%. antes de se estabelecer em -5,5%. O diretor-geral do Banco da Itália, Fabrizio Saccomanni, em conferência em Bruxelas sugeriu a necessidade de uma trégua acordada nos mercados financeiros. Dar tempo aos devedores em troca de planos governamentais nacionais credíveis orientados para a estabilidade. "Com a globalização financeira passamos de um excesso a outro", disse Saccomanni. “Antes, todo investimento parecia seguro, de junk bonds a títulos do governo grego. Hoje estamos no extremo oposto, onde nenhum investimento parece seguro”.

A CORRIDA DO BPM ESTÁ TERMINANDO, HOJE O BOD
O MISTÉRIO CONTINUA SOBRE O ACIONISTA DA IMPREGILO

Neste ponto, a grande incerteza dos bancos também na Piazza Affari não é surpreendente. Em Milão, Unicredit caiu -4,5% e Intesa -6,2%. Banco Popolare -2,7%, Mps-5,22%, Ubi -2,86%. A corrida pelo Bpm pára: - 5,57% no dia de mais uma diretoria decisiva (ou quase). Ontem à noite a Investindustrial disse que tem 2,6% do capital. Vendas menos agressivas nas seguradoras: Generali (-0,7%) e a alta da Fondiaria Sai -1,2% encerraram. Fortes quedas da Fiat -7,47% e da Fiat Industrial -8,46%, em linha com o recuo da Buzzi - 7,28% e da Italcementi -5,7%. A Eni detém -0,2% as outras ações de petróleo caíram, com destaque para Saipem -4,4% e Tenaris -3,6%. A Impregilo +4,7% foi contra a tendência: um investidor ainda desconhecido comprou ontem 5% a vários investidores institucionais, pagando 1,97 euros pelas acções, mais 7% do que o preço de fecho. Telecom Italia também subiu +1,58%

BERNANKE: UM NOVO ESTÍMULO NÃO ESTÁ PREVISTO
OS BANCOS DE WALL STREET ESTÃO SOB PRESSÃO

Wall Street também continua em queda acentuada, pressionada pela queda das ações financeiras. Dow Jones -2%, S&P500 -1,6%, no menor nível desde março de 2010. O Nasdaq (-0,6%) contém perdas porque está substancialmente desprovido de ações financeiras, o mais atingido devido aos laços com as finanças francesas e alemãs. A tensão nos mercados é evidenciada pelo índice Vix, que mede a volatilidade dos mercados, que subiu para 45%, nos máximos desde agosto atingidos quando se temia o colapso de alguns países periféricos da zona euro.

Os dados dos EUA sobre pedidos industriais em setembro vieram piores do que o esperado, indicando um declínio de 0,2% de 2,1% no mês anterior. Analistas esperavam pedidos estáveis. Às 16h, começou a audiência do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Comitê de Previsão do Ciclo de Negócios da Câmara. Bernanke reiterou que a inflação está sob controle, mas também acrescentou que "nenhum aumento na flexibilização quantitativa está planejado". O euro está inalterado em 00, o nível mais próximo de ontem em relação ao dólar. O spread entre Btp e Bund subiu para 1,317 pontos base, piorando ligeiramente dos 382 desta manhã.

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