A Fiat continua a perder na Piazza Affari, na sequência dos receios desencadeados pela luz do Consob sobre a liquidez do grupo: a ação Lingotto registou uma queda de 2,77% pela manhã, fixando-se nos 4,35 euros, depois de ter perdido mesmo nos 3%.
Enquanto a montadora se debate com a forte desaceleração das vendas na Europa, o quadro se complica hoje com a matéria do Il Messaggero, que informa que a Fiat está sob os holofotes do Consob pela liquidez declarada no semestre e igual a 22,7 bilhões euros.
Liquidez sobre a qual a Comissão do Mercado gostaria de esclarecer. A dívida, novamente no semestre, ficou em 5,4 bilhões. Sergio Marchionne, CEO do grupo, explicou que o 'tesouro' da empresa, formado por linhas de crédito e títulos corporativos, está guardado nos cofres porque será usado para três finalidades: primeiro, para assumir completamente a empresa norte-americana , Crhysler.
Além disso, até que a Fiat controle o capital da empresa norte-americana, não terá carta branca sobre a liquidez da casa no exterior (agora detém 58,8% do capital). Parte da liquidez também será utilizada para apoiar a venda de carros, na forma de parcelamento. Por fim, um terço irá para apoiar iniciativas voltadas para a Europa, como a ativação de parte do projeto Fabrica Italia.
A investigação do Consob, no entanto, alertou os investidores. Também hoje, o Corriere Economia noticiou que o Investindustrial, fundo liderado por Andrea Bonomi, estaria a estudar adquirir uma participação na Alfa Romeo, para participar no relançamento da empresa. Os títulos, porém, não esquentam com essa hipótese.
